[enviado por Jorge Pinto, Tiago Monge, Ana Jervis Pinto, Gaspar Monteiro, Décio Portela e Fernando Barbosa, membros da Massa Crítica de Aveiro]
Estivemos ontem na MC a discutir este assunto e as nossas ideias são as seguintes:
- a travessia da ponte tem de permitir a passagem de peões e ciclistas e ter sinalização vertical a indicar a possibilidade de utilização pelos mesmos;
- o piso da pista para os ciclistas terá de ser feita num material técnico próprio para o efeito - tem de ter muito boa aderência mesmo nos dias com chuva. Numa imagem que se vê do 1ª prémio, parece-nos que o chão é de madeira e assim sendo seria muito perigoso circular de bicicleta num dia de chuva.
Os argumentos para que a ponte permita também a travessia de ciclistas devem estar actualmente claros na cabeça de todas as pessoas.
Quanto à sinalização vertical, achamos importante para que as coisas fiquem bem claras. Segundo o código da estrada não podemos circular em zonas pedonais como nos passeios ou praças pedonais. Eu costumo andar muito pela baixa da cidade nas zonas pedonais, como no Rossio (mas nunca nos passeios).
A questão do piso é importante, já que vão fazer uma obra, que seja bem feita de raíz ou então ficará mal para sempre (pois a câmara não tem dinheiro, basta ver que nunca fez manutenção às ciclo-vias existentes em Aveiro e que a maior parte delas estão muito perigosas devido à má concepção e/ou falta de manutenção).
Como exemplo de um mau piso, temos a pista que passa em baixo junto ao fórum comercial, em que temos de passar por uma ponte de madeira, que em dias de chuva o piso é extremamente escorregadio, o que torna impossível uma paragem rápida caso seja necessário, e isto poderá implicar um acidente entre ciclista e peão.
Por fim existe a questão dos objectivos da ponte. Se for apenas para lazer, turismo, então poderá ser longa a travessia, como o exemplo do 1º prémio. Caso seja vista também como útil para quem se desloca diariamente de um lado para o outro quando vai para o trabalho, por exemplo, então não faz muito sentido que a travessia seja demasiado longa.
Presenciei com agrado a mostra dos projectos a concurso para a ponte sobre o canal presente na casa Major Pessoa. Envio os meus parabéns à equipa vencedora do concurso, aparentemente conseguem introduzir um elemento de continuidade dos espaços com pouco impacto sobre os mesmos. Gostei No 1ºandar está presente uma mostra fraquíssima relativamente a projectos a realizar no Parque da Sustentabilidade. É pena, para ser assim mais vale não mostrar nada, porque é que os projectos apresentados são "sustentáveis"? gostava de o entender, mas com os elementos presentes não dá para perceber, nem tão pouco adivinhar... Pedro Aguiar
Em relação à eventual faixa para velocipedes, quero referir que sou da opinião de que não é fundamental. Penso que é uma exigência de alguma forma exagerada, pois se virmos bem as coisas, os ciclistas que querem ir do Rossio ao Alboi, circulam pela estrada e demoram 1min. A ponte faz ligação entre dois passeios, e as bicicletas não circulam no passeio. Para fazer uma verdadeira ciclovia a utilizar a nova ponte, seria necessário ligar a Rua João Mendonça à rua Clube dos Galitos.
Pedro Moreira
Há muitas prioridades. Aquilo vai estragar o Rossio e a parte mais bela da ria.
Façam NOUTRO SÌTIO!!!!!
Clara Sacramento
c.4
Em relação à estética, havemos de nos habituar. A Ponte dos Botirões também chocou e agora já é um ex-libris daquela zona.
c5.
O que vão fazer é o mesmo que fizeram na Costa Nova,estragando-a para sempre, quando mexeram na melhor que tinha e aterraram a ria junto às casas.
Aquela imagem de Aveiro É O MELHOR DA CIDADE!!
Por favor façam o raio da ponte noutro lado. POR FAVOR:
Clara Sacramento
c6,
Na sequência do envio da documentação sobre projecto da Praça Melo Freitas, fomos contactados para estar numa reunião, hoje ao fim do dia, com a Presidência da Mesa da Assembleia Municipal de Aveiro (Dr. Capão Filipe, Professor Jorge Arroteia e Dr.ª Ângela Saraiva de Almeida).
As propostas para a nova ponte pedonal entre o Rossio e o Alboi podem ser consultadas na Casa Major Pessoa, ao Rossio, no seguinte horário: 10:00 - 12:30 e das 14:00-17:30. A exposição terminará esta semana (não sei se está aberta ao fim de semana). Os posters da proposta vencedora do concurso de ideias encontra-se no último piso, junto à janela virada para o Rossio (ver imagem anexa). A proposta classificada em segundo lugar, da autoria da Arq.ª Paula Santos, tem um poster e maquete junto à janela do lado contrário (virada para a Praça do Peixe). JCM
Inscreva-se na lista de discussão electrónica dos Amigosd'Avenida e participe na reflexão sobre o futuro da cidade e do concelho de Aveiro. Envie um email para amigosdavenida@gmail.com (assunto: inscrição mailing-list).
[problema de partida/historial]
A questão do abaixo-assinado surge como um alerta para a forma como a autarquia planeava intervir, no curto prazo, na Praça JMF, lançando um concurso de arranjo do espaço público – Vazio da antiga Sapataria Loureiro - com contrapartida publicitária, num período máximo de cinco anos, feito através dum concurso com prazo muito curto (14 dias úteis) e lançado entre o Natal os Reis.
Acontece que a Praça JMF não é uma praça qualquer. Todos lhe reconhecemos um elevado valor histórico, cultural e social, está localizada na zona central na cidade, e tem presença marcante na imagem da cidade.
Para além disso, para este movimento cívico esta praça é ainda mais especial, pois temos vindo a dedicar-lhe uma atenção muito particular, por via do nosso envolvimento nas comemorações dos 250 anos da cidade. No âmbito dessa participação, produzimos um conjunto de ideias e imagens para o espaço, apresentámos propostas exploratórias de intervenção física e desenvolvemos iniciativas de dinamização e animação cultural, que envolveram largas dezenas de agentes culturais da cidade e que mobilizou, durante nove meses, a comunidade.
Pretendemos, com actividades mencionadas, trazer as pessoas para a rua, para nela se encontrarem mas, também, para encontrarem novos motivos de interesse, participando ou assistindo a actividades artísticas e culturais que se desenvolvam no espaço público. Com isto estamos a contribuir para que a comunidade conheça melhor a sua cidade, valorize a sua história e os seus valores contemporâneos, reforce o seu sentido de pertença, tenha uma postura menos passiva. Uma comunidade com estas qualidades é uma comunidade mais forte e inovadora, melhor preparada para responder aos desafios do futuro!
Nesse sentido, quando tivemos conhecimento do lançamento do concurso, entendemos ser nossa responsabilidade chamar a atenção para a importância de uma cuidada abordagem à Praça JMF e organizámos um abaixo-assinado que solicitava a ponderação do lançamento da iniciativa.
Como resposta, a CMA referiu que a iniciativa visava apenas resolver, de forma transitória, a má imagem que o espaço apresentava e que estava já a ser preparado um concurso de ideias para a Praça MF. Acontece que a construção das cidades, é ela própria um processo transitório, em permanente mudança, e os cinco anos propostos para esta solução pareciam-nos exagerados. Nessa sequência, o movimento de cidadãos entendeu insistir num novo pedido de ponderação que, neste momento, recolheu perto de 100 assinaturas, e que será entregue no final desta semana ao Executivo e à Assembleia Municipal. E insistimos pelo seguinte conjunto de razões.
Primeiro, o concurso (em particular o seu caderno de encargos) é omisso em considerações importantes sobre o papel do vazio e da Praça Melo Freitas na vida da cidade, questão fundamental para a orientação do projecto (e dos projectistas), e na referência a contributos (projectuais e de planeamento) que foram produzidos para aquele vazio e para a Praça, no passado recente (por exemplo, os Amigosd’Avenida, no âmbito das actividades dos 250 anos, sugeriram o conceito de ‘Jardim Vertical’; e o Manifesto).
Segundo, essa ausência de reflexão sobre o que pretendemos para a Praça fragiliza o programa funcional da intervenção, que se centra, excessivamente, na preocupação cénica de tapar a empena. Esta situação é ainda agravada pelo facto da empresa fornecedora do serviço ser, ao mesmo tempo, quem vai explorar a publicidade do espaço, podendo, eventualmente, questionar-se se esta metodologia garante a qualidade (estética e funcional) da solução.
Terceiro, ignorando a participação cívica na sua formulação, elimina um dos potenciais de mobilização da comunidade para reflectir sobre a cidade e para participar na resolução dos seus problemas (por exemplo, equacionando soluções alternativas), uma questão fundamental num momento de escassez de recursos.
Finalmente, se a Praça JMF se encontra naquele estado de degradação há alguns anos, não se percebe a razão dum processo tão expedito.
Nesse sentido, a exposição final, que iremos entregar aos responsáveis municipais, propõe a organização de uma sessão pública de apresentação e discussão do conceito de intervenção, do seu programa funcional e das propostas resultantes do Concurso lançado pela autarquia, e o início da reflexão pública sobre o Caderno de Encargos (objectivos e programa funcional) do ‘Concurso de Ideias para a Praça Melo Freitas’ a lançar nos próximos meses.
[contexto]
Convém esclarecer que esta iniciativa (abaixo-assinado sobre PMF) é uma intervenção cívica, uma proposta de acção, não é oposição partidária (como recordava o Gil Moreira). Faz parte do sentido de responsabilidade social deste movimento. Esta intervenção não é contra ninguém é, genuinamente, pela cidade, por uma cidade melhor e mais bem planeada.
Importa informar que este movimento cívico surgiu de uma forma muito particular, à volta de um blogue - Amigosd’Avenida - e na sequência da conferência que a CMA organizou sobre o futuro da Avenida, e que tem procurado aprofundar a sua legitimidade pela forma transparente e aberta como tem actuado (todas as opiniões, posições e documentos produzidos estão disponíveis no blogue), sempre aberta ao contraditório, pois não temos a pretensão de ser donos da razão, pelo olhar global que sugere para a cidade, e que é um movimento apartidário e constituído por pessoas de diferentes filiações e/ou ideologias políticas (que subscrevem as várias posições públicas sobre este assunto).
A vocação do grupo passa assim por participar proactivamente na decisão de fazer cidade, dando contributos e sugestões, procurando melhorar e qualificar a decisão sobre o espaço que afinal é de todos nós (como a Raquel Pinho lembrou).
Obviamente que reconhecemos que o executivo foi eleito com uma larga maioria e tem toda a legitimidade para tomar as decisões. Contudo, julgamos ser nossa responsabilidade chamar a atenção para decisões que, na nossa opinião, podem contrariar os princípios que têm defendido.
Por um lado, a proposta que se pretende implementar negligencia os princípios do ‘Manifesto por uma política de animação e qualificação do espaço público’, produzido pelos Amigosd’Avenida e que mereceu o apoio e aplauso do então e actual Presidente da CM de Aveiro, que manifestou concordância com os seus princípios e referiu que desejava ‘assiná-lo e implementá-lo com uma política transversal que, envolvendo os diferentes serviços do Município e a participação da comunidade, cumpra os princípios enunciados’ (Diário de Aveiro, 8OUT09). Se eles fossem realmente importantes, deveriam ter sido referenciados no Caderno de Encargos do Concurso. E por outro lado, assim que se defende como princípio de actuação uma ‘governação participada’ e se aposta num maior ‘envolvimento cívico’, a postura autárquica deveria ir nessa linha, e procurar ser mais proactiva ou receptiva (promovendo esclarecimentos sobre assunto).
Nós temos a consciência que não existe tradição recente em Aveiro de movimentos cívicos a questionar o modelo de desenvolvimento urbano e os processos de transformação da cidade. E, por isso, existe alguma resistência e desconforto com estas tomadas de posição.
Mas importa lembrar três coisas: que este movimento deu provas, no passado recente, de se mobilizar com esta autarquia num conjunto de iniciativas no âmbito dos 250 anos; que esse envolvimento nos dá uma responsabilidade e legitimidade maior para podermos discordar das opções e apontar alternativas; e lembrar que foi (e é) deste modo que grandes alterações positivas em prol do planeamento das cidades se fizeram noutros países da Europa. Exemplo: a criação de zonas de muito baixa velocidade em zonas residências (que hoje em dia prolifera pelo mundo) partiu da proposta de um grupo de cidadãos na Holanda (como bem lembrava a Anabela Narciso).
Acontece que, em Aveiro, os órgãos institucionais (sessões públicas da CM e da AM) são espaços onde se privilegia muito pouco o debate público; Os partidos políticos ao nível local só actuam em momentos pré-eleitorais e de forma muito fragmentada.
Por isso, temos que encontrar espaços e instrumentos para tornar habitual este envolvimento cívico, que é um recurso indispensável das nossas sociedades, e que tem sido desperdiçado ou indevidamente utilizado. E isso pode acontecer na discussão de projectos desta natureza ou em iniciativas de maior alcance – por ex. o Plano Estratégico do Concelho que a CMA tem em elaboração e que justificava uma maior atenção e debate.
José Carlos Mota, com contributos de Gil Moreira, Joaquim Pavão, Tiago Castro, Cláudia Luz, Anabela Narciso e Raquel Dora Pinho
[sobre a forma de pensar o futuro da cidade]
Julgamos que é nosso dever aproveitar esta oportunidade para alertar para a necessidade de mudar o paradigma que tem caracterizado algumas decisões de transformação da cidade, mudando de uma abordagem baseada na concepção do projecto (arquitectura ou engenharia) para uma abordagem de planeamento.
Há duas formas de o fazer: A partir de uma visão global da cidade para discutir-mos os projectos pontuais. Ou a partir dos projectos pontuais questionarmos o modelo global de cidade.
O caso da Praça JMF é um exemplo claro da segunda situação. A mudança não passa por encomendar um projecto (para resolver um problema), mas por discutir previamente o conceito da intervenção (objectivos da acção, o que queremos alcançar), o seu programa funcional (que funções/actividades ou iniciativas temos de desenvolver) e a metodologia a utilizar (qual o instrumentos (s), como envolver os cidadãos e os agentes económicos, sociais e culturais). Esta clarificação tornará o projecto particular mais sólido, consequente e adequado e demonstra uma prática de planeamento e gestão urbanística qualificada.
[sobre o papel da participação e da CMA]
Os cidadãos e os agentes da nossa comunidade são um recurso para a acção, que devemos mobilizar, desde o início, na definição da visão para a cidade (que cidade queremos ter).
Acontece que esta metodologia é muito exigente em termos do papel da autarquia (na coordenação e mobilização de esforços). E isso pode colocar um problema à nossa cidade, que necessita de uma maior intervenção pública que assegure uma "dinâmica de transformação qualitativa, ponderada, participada e sustentável".
E quando falamos de intervenção não falamos de recursos financeiros, mas sobretudo de capacidade de identificar projectos mobilizadores, de cativar os cidadãos e os agentes locais e de os envolver no planeamento e execução das iniciativas.
[sobre a praça/espaço público]
Também aqui estamos perante a necessidade de uma mudança de paradigma, que assenta na necessidade de pensar a qualificação física (o arranjo do espaço) com a criação de condições e actividades que valorizem a sua fruição - animação do espaço púbico (que já irei explicar melhor o que pretendo dizer com isto).
Isto implica pensar políticas de animação e qualificação do espaço público, que equacionem uma rede contínua de espaços públicos (nós identificámos o conceito de ‘circuito cultural’, que é uma rede que liga os principais valores patrimoniais e equipamentos culturais e espaços públicos da cidade e que justificam uma acção integrada).
Estas políticas envolvem iniciativas culturais no espaço público, o apetrechamento desses espaços com as comodidades adequadas (tecnologia, infra-estrutura, …), o envolvimento dos agentes culturais e das escolas, a organização de um programa de actividades regular que cative os cidadãos para ganharem uma ‘cultura de vivência da rua e da praça’.
Temos também de encontrar as oportunidades – os marcos históricos ou simbólicos – para promover e mobilizar, criar hábitos (o ano passado foram as comemorações dos 250 anos, este ano temos as comemorações dos 100 anos da república, para o ano os 150 anos da chegada do caminho de ferro a Aveiro), mas também para afirmar Aveiro no contexto nacional, como uma cidade de referência.
[sobre o futuro da praça Melo Freitas e da cidade]
Pensar o futuro da praça implica pensar o futuro do Vazio. Na minha opinião, e nos Amigosd’Avenida essa opinião também é significativa, esse vazio deve ser temporário (aliás, a cidade é ela própria uma entidade em permanente transformação) e deve ser reequacionado.
Existe assim um grupo importante de pessoas que defende que devemos voltar a ter um edifício que ajude a reconfigurar a praça, que se afirma, cada vez mais, como o verdadeiro centro cívico e criativo da cidade.
Isto significa que este espaço deve ser uma oportunidade para mostrar o que de mais relevante (e único) a nossa cidade tem para oferecer. Vários estudos apontam para a necessidade de Aveiro se afirmar como uma cidade criativa (que é um chavão um pouco gasto, mas que justifica aqui um aprofundamento), uma referência nas artes, design e tecnologia.
Aveiro tem fortes recursos no domínio das artes contemporâneas (design, teatro, música, pintura, fotografia, cerâmica artística), com investigação e formação (UA), com empresas e projectos relevantes. Para além disso, é um dos centros reconhecidos pela competência nos domínios das tecnologias (cluster das TICE ligado à INOVARIA). Infelizmente, não temos sabido tirar partido das interfaces entre estes domínios e o espaço físico da cidade (o desígnio - uma cidade do design, das artes e das tecnologias).
A praça Melo Freitas e o seu edifício do Vazio poderia ser uma peça relevante deste cruzamento entre a história e a contemporaneidade, entre as artes e as tecnologias, podendo funcionar como uma mostra da energia criativa que a cidade/região são capazes de produzir e que muitos de nós desconhecem.
[sobre os amigosd’avenida]
É um movimento cívico construído por pessoas de diferentes percursos profissionais, ideologias partidárias e que não se conheciam. Os que as fez juntar foi a vontade de fazer algo pela cidade onde habitam.
É um processo de construção sobre pontos de vista diferentes, que se aproximam tendo como base questões comuns – princípios que devem obedecer o desenvolvimento da cidade – e por isso produziram um ‘manifesto pela qualificação e animação do espaço público’. E que tendo acordado num conjunto de princípios, entenderam mostrar como ele poderia ser posto em prática – actividades na Praça Melo Freitas.
[conclusão]
A cidade tem de ganhar um novo fôlego, um novo protagonismo a nível nacional. Isto implica encontrar um rumo, um novo discurso e novas práticas de planeamento e gestão (e a praça Melo Freitas pode ser uma poderosa oportunidade para o começar a fazer).
Os Amigosd’Avenida querem fazer parte da solução e não do problema, convidando todos os aveirenses a participar neste exercício colaborativo único que é participar na construção de uma cidade melhor.
José Carlos Mota, com contributos de Gil Moreira, Joaquim Pavão, Tiago Castro, Cláudia Luz, Anabela Narciso e Raquel Dora Pinho
[mobilizar os vizinhos para falar dos bairros onde vivemos...]
'Esta actividad, que La Ciudad Viva organiza y ha comenzado a llevar a cabo en los barrios y centros andaluces, tiene como objetivo que los vecinos cuenten su visión del barrio, su manera de vivirlo, qué cambiarían o que propuestas harían en la búsqueda de soluciones en la rehabilitación urbana y social, favoreciendo el diálogo entre las administraciones, los vecinos y demás agentes implicados en la mejora de la calidad de vida en la ciudad'.
http://www.laciudadviva.org/03_actividades/congconf/congresos/camara/index.html
A exposição final foi enviada, por email, à Presidência do Executivo Municipal, da Assembleia Municipal e aos membros do executivo e da assembleia municipal.
JCM
(mensagem 1)
Ex.mo Senhor Dr. Capão Filipe
Sent: Sunday, January 24, 2010 11:58 PM
'As propostas apresentadas ao concurso de ideias para criar uma ponte pedonal entre o Rossio e o Alboi vão ficar expostas a partir de sexta-feira na Casa Major Pessoa, informou a Câmara de Aveiro.
No mesmo dia, às 14:30, será dado a conhecer o gabinete de arquitectura vencedor entre 18 propostas de atravessamentos sobre o canal.
O projecto faz parte das acções a executar no âmbito do Parque da Sustentabilidade.
A ligação entre duas zonas verdes da cidade de Aveiro pretende servir a circulação a pé e a qualidade de vida dos residentes.
O projecto representa um investimento de 560 mil euros, comparticipado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em 70%'.
notícia retirada de Notícias de Aveiro
...
Uma boa medida da autarquia!
JCM
Hoje, às 19h, na Rádio Aveiro FM, os Amigosd'Avenida vão falar da cidade, da Praça Melo Freitas e dos desafios que se lhe colocam. link Rádio Aveiro FM
excertos da conversa na AveiroFM/Diário de Aveiro
(hoje às 19h na AveiroFM)
(...)
'Temos a consciência que não existe tradição recente, em Aveiro, da actuação de movimentos cívicos que questionem o modelo de desenvolvimento urbano e os processos de transformação da cidade. E, por isso, existe alguma resistência e desconforto com estas tomadas de posição [Praça Melo Freitas]'.
(...)
'Em Aveiro, os órgãos institucionais (sessões públicas da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal) são espaços onde se privilegia muito pouco o debate público. Os partidos políticos ao nível local só actuam em momentos pré-eleitorais e de forma muito fragmentada. Por isso, temos que encontrar espaços e instrumentos para tornar habitual este envolvimento cívico, que é um recurso indispensável das nossas sociedades, e que tem sido desperdiçado ou indevidamente utilizado. E isso pode acontecer na discussão de projectos desta natureza [Projecto para Praça Melo Freitas] ou em iniciativas de maior alcance [por exemplo no Plano Estratégico]’
(…)
'Quando falo de mais intervenção [da autarquia] não falo de recursos financeiros, falo sobretudo de capacidade de identificar projectos mobilizadores, de cativar os cidadãos e os agentes locais e de os envolver no planeamento e execução das iniciativas. Acontece que esta metodologia é muito exigente em termos do papel da autarquia (na coordenação e mobilização de esforços)’.
JCM
'Na parede do barreiro, existem fósseis de animais e vegetais que revelam um ambiente tropical que existiu nesta zona há cerca de 65 a 70 milhões de anos. Tratam-se de “dinossauros, crocodilos, tartarugas e peixes de grandes dimensões”, o “único e último testemunho” daquela época existente na região, explica o paleontólogo Galopim de Carvalho, divulgador de conhecimento científico e muito popular pelas suas intervenções sobre dinossauros'.
notícia do Diário de Aveiro
A Associação Comercial de Aveiro e o seu presidente, Jorge Silva, entenderam subscrever a Exposição Final sobre a Praça Melo Freitas que, neste momento, tem mais de noventa subscritores.
No final da semana a exposição irá ser entregue ao Executivo e Assembleia Municipal de Aveiro.
Se a desejar subscrever envie um email para amigosdavenida@gmail.com.
(imagens enviadas por um cidadão de Aveiro) O barreiro da Fábrica Jerónimo Campos é um elemento natural relevante da cidade, onde há alguns tempos começaram a nidificar várias espécies de aves. Acontece que este espaço, foi alvo, muito recentemente, de vários depósitos de entulho que o deixaram com o aspecto que as imagens retratam.
EXPOSIÇÃO
Abaixo-assinado pela reponderação do ‘concurso de requalificação do vazio da Praça Joaquim de Melo Freitas’ – Exposição final
Ex.mo Senhor Dr. Élio Maia, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro,
Ex.mo Senhor Dr. Capão Filipe, Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro,
Ex.mos Senhores Membros do Executivo Municipal de Aveiro,
Ex.mos Senhores Deputados Municipais de Aveiro
Aveiro, 12 de Janeiro de 2010
A Câmara Municipal de Aveiro lançou no final do ano passado (18 Dezembro) um concurso para ‘a requalificação do vazio da Praça Melo Freitas’ (espaço antigamente ocupado pela Sapataria Loureiro), cuja contrapartida oferecida ao vencedor do concurso é a exploração publicitária do espaço, por um período máximo de cinco anos. As propostas foram entregues no passado dia 7 de Janeiro (o que perfaz um total de catorze dias úteis para a elaboração das propostas).
Em resposta a esta situação, e tendo em conta a importância cultural e história da Praça Joaquim de Melo Freitas, para onde se perspectiva a intervenção, meia centena de cidadãos de Aveiro subscreveram um abaixo-assinado (enviada à autarquia a 6 de Janeiro) onde se manifestava apreensão face ao objecto de concurso (arranjo do espaço público em face de contrapartida publicitária) e metodologia seguida (período curto entre Natal e os Reis), e se solicitava ao executivo municipal a ponderação de todo o processo de concurso acima referido e o lançamento de uma nova iniciativa que se afirmasse ‘como uma verdadeira oportunidade de mobilizar a energia criativa da comunidade aveirense’.
Em resposta a este abaixo-assinado a autarquia informou o seguinte (através de um email enviado pelo Sr. Presidente da CMA):
“O ‘Concurso de Ideias’ que referem já está a ser preparado pelos Departamentos Jurídico e Obras Municipais, de acordo com as indicações que lhes foram transmitidas há cerca de um ano. Logo que ultrapassadas todas as viscosidades legais, o concurso será imediatamente lançado.
A presente "requalificação do vazio", pretende apenas, de forma transitória, dar uma resposta mais célere à actual péssima imagem urbana do local, enquanto não for possível a intervenção que todos pretendemos seja definitiva”.
A adopção da metodologia proposta pela autarquia levanta-nos várias questões:
Face a esta situação, vimos por este meio sugerir que a Câmara Municipal de Aveiro promova:
Subscritores
1. José Carlos Mota
2. Gil Moreira
3. Cláudia Luz
4. Tiago Vinagre Castro,
5. António Morais
6. Joaquim Pavão
7. Zétó Rodrigues
8. Anabela Narciso
9. Raquel Dora Pinho
10. Luísa Matias
11. Tânia Oliveira
12. Manuel Oliveira de Sousa
13. João Vargas
14. João Margalha
15. Joana Santos
16. Fernando Nogueira
17. João Dias
18. Maria José Valinhas
19. José Carlos Marinho
20. Cristina Perestrelo
21. Pompílio Souto
22. Pedro Gomes
23. Pedro Aguiar
24. Luís Madail
25. José Gonçalves
26. Florbela Gonçalves
27. João Neves
28. Ana Martins
29. Hugo Leite
30. Luís Roldão
31. Jorge Assis
32. Pedro Neto
33. João Marques
34. João Almeida Marques
35. Nuno Sacramento
36. Gonçalo Gomes
37. Rui Daniel Amorim
38. Jorge Assis
39. Ângelo Ferreira
40. Susana Moreira
41. Paulo Mendes Ribeiro
42. Nelson Peralta
43. Mário Cerqueira
44. Myriam Lopes
45. Gracinda Martins
46. Paula Maria Santos
47. Maria Pedro Silva
48. Maria de Lurdes Ventura
49. Gonçalo Avelâs Nunes
50. Ana Margarida Costa
51. Carla Candeias
52. Alexandra Monteiro
53. João Paulo Cardielos
54. Cristina Miranda
55. Carlos Fernandes da Silva
56. Manuel Pereira
57. Joana Lima
58. João Figueiredo
59. Rosa Amélia Martins
60. Nuno Lima
61. Pedro Campos
62. Gaspar Pinto Monteiro
63. Isabel Ribeiro
64. Ana Margarida Ferreira
65. Carlos Teixeira
66. Carlos Fragateiro
67. Ana Patrícia Marques
68. Isabel Pereira
69. Joana Valente
70. Rafael Silva
71. Isabel Marques
72. Miriam Reis
73. José Vitória
74. Pedro Oliveira e Silva
75. Susana Pereira
76. Melissa Ferreira
77. Manuel Janicas
78. Carlos Faustino
79. Ronaldo Tavares
80. M. Pedro Gonçalves
81. Jorge Reis
82. Daniela Ambrósio
83. Graça Amaral
84. Diana Lima
85. Carlos Naia
86. Marília Teixeira
87. Pedro Antunes
88. Cláudia Daniela Melo
89. Joana do Vale Pereira
90. Jorge Silva
91. Associação Comercial de Aveiro
Se desejar subscrever envie um email para amigosdavenida@gmail.com.
Os Amigosd'Avenida foram convidados para participar no programa 'A uma só voz' que irá ser emitido na próxima 5ª feira na Rádio Aveiro FM.
Room In The City: A Forum for the Civic Square (link)
'A gathering of specialists in the field of urban design, town planning and architecture will provide an opportunity to explore issues relating to the urban square as a vital component of a healthy city. With Glasgow's principal civic space, George Square, running through the conference as a leitmotiv, but encompassing design initiatives that have been developed internationally, the
speakers will address a variety of topics relating to the multitude of diverse roles a civic space can perform in the context of a modern city.
The conference is for anyone inter- ested in the challenge of re- imagining and re-designing dynamic urban spaces for civic engagement, and will enable all those with an interest in George Square and other civic spaces to engage in an invigorating open debate'.
>
Um exemplo de como se pode pensar o futuro de um espaço público central da cidade de Glasgow (Escócia).
JCM
Notícia aqui
'O movimento cívico Amigos d’Avenida defendeu, ontem, a realização de uma sessão pública organizada pela Câmara Municipal destinada à apresentação e discussão do modelo de requalificação da Praça Joaquim de Melo Freitas.
Este grupo de cidadãos propõe, ainda, o “início da reflexão pública” sobre os objectivos e programa funcional do concurso de ideias que o líder do município, Élio Maia, prometeu para aquele largo situado no centro da cidade'.
ler notícia no Diário de Aveiro
'O presidente da Câmara de Aveiro revelou que está em preparação um concurso de ideias para a requalificação da Praça Joaquim Melo Freitas, localizada no centro da cidade. Em resposta ao movimento cívico Os Amigos da Avenida, que lançou um abaixo-assinado para contestar o modelo escolhido pela autarquia para a beneficiação da praça, Élio Maia anunciou que o concurso está a ser aprontado pelos departamentos Jurídico e de Obras Municipais “de acordo com as indicações transmitidas há cerca de um ano”.
“Logo depois de ultrapassadas todas as viscosidades legais, o concurso será imediatamente lançado”, acrescentou o edil eleito pela coligação PSD/CDS'.
notícia aqui
Vimos por este meio dar-vos conta da resposta do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Aveiro ao abaixo-assinado.
Na qualidade de primeiro subscritor, vimos informar:
1. o "Concurso de Ideias" que referem já está a ser preparado pelos Departamentos Jurídico e Obras Municipais, de acordo com as indicações que lhes foram transmitidas há cerca de um ano.
Logo de ultrapassadas todas as viscosidades legais, o concurso será imediatamente lançado.
2. a presente "requalificação do vazio", pretende apenas, de forma transitória, dar uma resposta mais célere à actual péssima imagem urbana do local, enquanto não for possível a intervenção que todos pretendemos seja definitiva.
Ao dispor,
Élio Maia
Na próxima segunda-feira (9:30), a Rádio Terra Nova (105.0) vai discutir o Abaixo-assinado pela reponderação do concurso de requalificação do vazio da Praça Melo Freitas no Programa 'Expresso da Manhã'.
'Município recebeu esta sexta-feira abaixo-assinado com meia centena de subscritores a criticar a medida'.
mais informação aqui
Convém relembrar que os Amigosd'Avenida deram vários contributos para ajudar a pensar o vazio. Começando no Manifesto pela qualificação e animação do espaço público (http://manifestopelacidade.blogs.sapo.pt/), passando pelas actividades organizadas na praça (http://programadasfestas.blogs.sapo.pt/), e acabando nas várias propostas de arranjo daquele espaço - o jardim vertical (*) foi uma delas (que convém esclarecer se tratava de uma proposta experimental que carecia de aprofundamento).
C1
Ponham a concurso com prazos normais! Que pressa é essa?
C2
Um concurso com um prazo de sete dias, dos quais só quatro são úteis, parece que foi aberto para uma proposta já elaborada!
C3
Não me agrada o pagamento em publicidade uma vez que assim a CMA, e a esfera pública, deixam de ter uma palavra a dizer sobre o ordenamento e gestão da publicidade num espaço público. Aliás, mesmo sem este sistema já existe um anúncio sobre a ria (da mediamarkt) que estraga toda a paisagem do centro de Aveiro.
C4
Não me repugnam ideias como estas quando todos sabemos que a CM está sem dinheiro e louvo a criação de soluções alternativas para resolver problemas.
No entanto, não concordando com todos os pressupostos da proposta que agora tive conhecimento desejo assinar a petição, no sentido de pedir nova ponderação ao executivo.
Numa pequena leitura de alguns documentos que encontrei on-line, esta solução aparentemente serve parar recuperar um edifício da CMA adjacente tapando um aspecto visual decadente daquele espaço. Não se prevê contudo o problema mais importante: o que se vai fazer depois de passar o prazo previsto na praça que é afinal o mote que dão?
Era essa ponderação que gostava que fosse também feita !
C5
Quero agradecer a V. preocupação em travar a teimosia, que desde há longos anos se verifica nessa cidade, em ocupar todos os espaços, sem ter em conta a necessidade de fazer de Aveiro uma cidade aberta onde todos possamos sentir que estamos em casa. Sendo provavelmente impossível redesenhar a cidade e corrigir (ou simplesmente "apagar") todos os monstros urbanísticos que a vão asfixiando, que se possa, pelo menos ir fazendo a "vacinação que previna futuras doenças graves".
C6
Boa notícia teria sido a Câmara anunciar que, tendo negociado com os proprietários, tinha conseguido "ampliar" a Praça Melo Freitas até às imediações da Igreja da Nossa Senhora da Apresentação.
C7
Por acaso discordo da ampliação da Praça. Penso que deveria ser construído um edifício que se se integrasse com os demais e mantivesse a Praça com as características de aconchego que sempre apresentou. A criação de avenidas amplas nem sempre é solução, descaracterizando muito, muitas vezes, muitas zonas das nossas cidades. Não será de tirarmos ensinamentos de preservação de espaços, com as suas características peculiares, como acontece com outras cidade europeias em países, por acaso, muito mais desenvolvidos que nós?
C8
Esta questão da requalificação de parte (ou será toda?) da Praça Melo Freitas é no mínimo insólita, pois ficamos a saber que, pelo menos, nos próximos 5 anos ali nada se fará pois será necessário cumprir com o contrato de publicidade. Já imagino os turistas a tirarem belas fotos ao(s) reclamo(s) que cobrirão a empena ou parte dela...
Será assim tão caro dar um ar minimamente apresentável àquele espaço sem descaracterizar A ZONA HISTÓRICA E TÍPICA da cidade e que já tantos atentados tem sofrido?
A reflexão e discussão são imperativas, caso contrário é um erro que perdurará por 5 anos!
Acredito piamente que as ideias que em tempos os Amigos tiveram e até conceptualizaram devem ir a concurso mas acho que, antes disso e mais importante é exigir um alargamento do prazo de entrega de propostas.
C9
De facto, seria bom reflectir um pouco mais, mas como solução agrada-me naquele espaço o jardim suspenso (dando cor, cheiro e um pouco da natureza ao espaço) e um palco (para acolher actividades de dimensão mais pequena às que ocorrem pontualmente no Rossio e que já lá ocorreram e quem sabe "organizadas" pelo comércio aí existente para dinamizar).
C10
um concurso com um prazo tão curto .... usualmente é porque a solução já está na mesa pronta a avançar.
C11
Faz todo o sentido a intervenção, reflexão e mesmo a interpelação por parte dos Amigos d’Avenida sobre este assunto. Afinal, se reflectirmos um pouco, esta repentina vontade camarária de requalificar o vazio da Praça Melo Freitas surge apenas e logo após o trabalho de dinamização do mesmo espaço feito … durante 2009!
(sobre a ideia do jardim suspenso) continuo a defender a ideia do jardim suspenso… traz beleza ao espaço, promove a preocupação ambiental, pode tornar-se numa opção económica se trabalharmos o projecto com patrocínios e apoios de entidades do sector como já na altura se tinha sugerido. Neste caso a publicidade poderá coexistir de uma forma mais discreta e harmoniosa aos olhos dos turistas e curiosos. Também com esta solução, muitas outras iniciativas poderiam ser desenvolvidas com a iniciativa da câmara ou de terceiros.
A ampliação da praça também não me parece boa ideia. Nem todas as soluções devem passar pelas grandezas de espaços. A dita ampliação seria o fim de uma praça com tanta história para contar. E aqueles senhores utentes dos bancos de jardins sentir-se-iam perdidos num espaço que lhes roubou a “sombra e o encosto” das suas tardes de convívio ou mesmo de solidão que caracterizam o seu quotidiano.
C12
Gostava que o “miolo” de casas ainda existentes fosse demolido e se criasse uma ampla praça central, que estaria relativamente bem protegida do vento. Que nela fossem construídos 1 ou 2 edifícios de 1 piso para cafetaria, artesanato, quiosque de jornais. Que as casas da envolvente fossem requalificadas, pois algumas estão em avançado estado de degradação. Não me repugna que temporariamente sejam tapadas as empenas cegas dos edifícios ali existentes com publicidade. Qual é o problema da publicidade? Conseguem imaginar Picadilly Circus ou Times Square sem publicidade?
envie os seus comentários para amigosdavenida@gmail.com
*No Passeio Publico*
A charanga transuda uma _gavotte_:
Dois caturras discutem acirrados,
E com bengalas corneas d'estoque
Vibram politica em medonhos brados;
Um coronel solemne, um D. Quichotte
Exige a continencia d'uns soldados,
E trauteando a polka da Mascotte
Giram damas a passos alquebrados;
As _lorettes_ com artes de raposa
Perseguem os alferes; conjecturo
Que não seja talvez p'ra boa cousa.
Finalmente um burguez, nedio, maduro
Ri do estado inter'ssante de sua esposa
Porque se julga o pae do nascituro.
(Mello Freitas, Garatujas, 1882)
Fonte: Galitos 1960
“Em 6 de Dezembro de 1909, o Clube dos Galitos por deliberação da sua Directoria, resolveu erigir um obelisco à memória dos aveirenses que morreram, sofreram e combateram pela Liberdade, associando-se de tal modo às festas comemorativas do primeiro centenário do nascimento de José Estêvão.
O local escolhido foi a então Praça do Comércio, exactamente onde, em 16 de Maio de 1828, numerosos cidadãos, unindo-se às forças de Caçadores 10, se rebelaram contra o regime absoluto.
A colocação da primeira pedra efectuou-se logo a 19 do mesmo mês, pelas 14 horas, lavrando-se da solenidade o respectivo auto, que foi assinado por muitas dezenas de personalidades.
O notável historiador João Augusto Marques Gomes, no opúsculo «Aveirenses que sofreram e combateram pela Liberdade — Monumento levantado à sua memória pelo Clube dos Galitos», descreve assim a inauguração do Obelisco;
«Por ocasião da passagem do grande cortejo cívico com que a cidade glorificou a memória de José Estêvão, no dia 26 de Dezembro, 1.º centenário do seu nascimento, pela Praça do Comércio, tendo-se a Câmara Municipal aproximado do monumento, o Sr. Dr. Joaquim de Melo Freitas, descendente em primeiro grau de um daqueles aveirenses a quem o mesmo é consagrado.... tendo dito:
«Entre os festejos do dia, este obelisco, devido ao lápis e ao cinzel de Ernesto Korrodi, avulta, já pelo seu pensamento generoso, já porque se ergue neste local, onde a 16 de Maio de 1828, um núcleo de cidadãos, unindo-se às forças de Caçadores 10, de guarnição nesta cidade, soltaram o grito de revolta e iniciaram esse grande movimento, que dotou o País com as instituições constitucionais!
«Nem o exílio, nem o ergástulo, nem a forca, nem os combates, a miséria e as desgraça, detiveram esse punhado de bravos patriotas, que se propunham fundar uma pátria nova, impregnada de luz, de progresso e de amor!»”
Google, 2009
Praça, foto IMAGOTECA
Créditos - 1940
Créditos - Raul Marques de Almeida - Aveiro, 1938
Créditos- Entre 1910 e 1920
Créditos - 1910
A propósito da questão do vazio da Praça Melo Freitas vale a pena relembrar o
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