Segunda-feira, 28 de Fevereiro de 2011
PARTE 1- O CONCEITO E O ESTADO ACTUAL
Todos conhecemos ou já ouvimos falar do estado de abandono em que se encontra o Projecto BUGA (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro). As bicicletas têm ferrugem, um aspecto degradado e os travões não funcionam. Há poucas ciclovias e vias ciclaveis, sendo que as existentes estão na sua maioria maltratadas, com o piso degradado e marcações quase sem tinta. Os pontos BUGA espalhados pela cidade estão abandonados tendo se deixado de se usar o moedeiro da Bicicleta podendo-se apenas levantar a BUGA num único ponto. Tudo consequência do pouco investimento que tem sido feito nos últimos anos num projecto com 11 anos de existência, pioneiro no país, como serviço de bicicleta de utilização gratuita que em tempos projectou a cidade de Aveiro por todo país e alem fronteiras e se tornou num ícone da cidade. Por tudo isto e muito mais é indispensável Repensar o Futuro da BUGA.
Não podemos pensar o seu futuro sem primeiro relembrar o passado, e essencialmente a sua génese. O conceito do projecto BUGA é inspirado nas “White Bikes“ de Amesterdão, criadas nos anos 60, um pouco relacionado com a cultura hippy, onde várias bicicletas, pintadas de branco, foram colocadas em vários pontos da cidade, para serem um veículo não poluente, gratuito e comunitário. Qualquer pessoa poderia servir-se da bicicleta e deslocar-se pela cidade. Após a utilização, a única recomendação era: que a deixassem num local público e de fácil acesso para poder ser utilizada por outra pessoa.
Na região de Aveiro o habito de andar de bicicleta já vem de alguns anos atrás, pois devido as características topográficas da região a bicicleta foi sempre um transporte bastante utilizando, A região tem vários fabricantes de velocípedes, factos estes que impulsionaram o executivo municipal liderado pelo Dr. Alberto Souto a criar a BUGA como uma componente de uma politica municipal de mobilidade, a BUGA foi produzida com o mesmo sistema utilizado por bicicletas comunitárias em Copenhaga – ainda hoje e funcionamento - com um moedeiro de carrinho compras. Com este sistema as Bicicletas estavam espalhadas por pontos estratégicos da cidade, onde estavam presas por uma corrente ao moedeiro, tendo de se colocar uma moeda para usar a bicicleta e para recuperar a mesma era necessário voltar a prender a bicicleta á corrente.
Como algumas bicicletas estariam a desaparecer, pois alguns utilizadores não as voltavam a colocar no ponto BUGA, o executivo municipal liderado pelo Dr. Élio Maia recolheu grande parte das BUGAS para um armazém, e as restantes foram colocadas na loja BUGA, abandonado assim o sistema do moedeiro. Sendo necessário deixar um documento para levantar a BUGA, tendo de se voltar a entregar a BUGA no ponto onde é levantada, indo contra o conceito de mobilidade para que foi criada, deixando de ser uma bicicleta comunitária com vista a promover uma mobilidade sustentável e gratuita pela cidade, para passar apenas a ser uma bicicleta de passeio turístico.
E assim se resume a história de 11anos de BUGA em Aveiro, onde começou por ser rainha e agora, parece mais um mendigo…. Para que está história acabe com um Final Feliz é urgente repensar o Futuro da BUGA.
BRUNO SOARES PEREIRA
REPENSAR O FUTURO DA BUGA
Parte 2- Repensar Soluções
Se o projecto BUGA continuar ao abandono como tem aparentado, irá acabar por morrer. Para evitar que este cenário aconteça é urgente Repensar o Futuro da BUGA, arranjando soluções para o problema e não fugir deles como este executivo municipal tem feito.
Em Oxford foi criado um sistema de bicicletas comunitárias em 1993 e no primeiro dia roubaram 300 bicicletas, foram bem mais do que as BUGAS que desapareceram e mesmo assim os ingleses não desistiram de fazer bicicletas comunitárias.
Em Cidades como Barcelona, Londres, Paris e Lyon, existem novos sistemas de bicicletas comunitárias, que não são um apêndice ao sistema de transportes públicos da cidade mas estão totalmente integradas no mesmo, sendo que nas duas ultimas cidades as bicicletas são “Made in” Águeda.
Para utilizar estas bicicletas é necessário ou um cartão de utilizador ou um Cartão de credito, sendo que as mesmas não são gratuitas, mas tendencialmente gratuitas. Devemos basear-nos em muitas destas boas práticas utilizadas nestes projectos para Repensar o Futuro da Buga pois são excelentes formas de contornar as falhas anteriores da BUGA, falhas essas que apenas surgiram devido ao facto de este projecto há 11 anos atrás ter tanto de ambicioso como de inovador, pena que essa ambição se tenha perdido no tempo e se tenha retrocedido em vez de ter evoluído, e em vez de solucionarem os problemas tenham fugido deles, temos mesmo de por os olhos nestes casos de sucesso estrangeiros e fazer uma BUGA do Século XXI È certo que a câmara municipal irá dizer que isto é tudo muito bonito mas não há dinheiro, mas poderia fazer uma parceria com a Universidade de Aveiro para que os alunos finalistas nas suas teses de fim de curso poderem Repensarem a BUGA e toda as suas componentes como o planeamento de mobilidade, a construção das vias para velocípedes, a própria bicicleta, desde do design da bicicleta passando pelos materiais e mecanismos até a implementação do projecto, com por exemplo projectos na área do turismo e da Marketing. E isto tem, um custo Zero, e a universidade de certeza que tem todo o interesse que os seus alunos se envolvam num projecto real da cidade que os acolhe e muito mais um projecto tão emblemático como a BUGA.
Gostaria de sublinhar a componente de markting, pois uma boa estratégia de marketing para a BUGA, iria identificar uma forma de suportar os custos da bicicleta com por exemplo através de publicidade e merchandising, mas também tornar a BUGA do Século XXI um produto desejável pelos aveirenses e pelos turistas.
Ao Repensar o Futuro da BUGA devemos reflectir se este projecto deve continuar apenas na cidade como era inicialmente ou se deve chegar as freguesias periféricas ou mesmo ir mais alem e pensar na BUGA como um projecto inter-municipal.
Pode parecer muito ambicioso, mas se Londres, Paris e Barcelona, que são cidades de uma grande dimensão tem projectos destes de grande sucesso porque não podemos por exemplo juntar ao concelho de Aveiro outros concelhos e pensar em grande? Provavelmente o projecto até iria ser mais apelativo para investidores externos, e iria ser uma mais-valia na mobilidade inter-municipal e tendo ainda como vantagem faze-lo de uma forma, barata e sustentável
A grande Bandeira deste mandato do presente executivo municipal de Aveiro é o Parque da Sustentabilidade é pena que o mesmo tenha posto de parte por completo a mobilidade sustentável, penso que a BUGA poderia estar par a par com o conceito deste parque
Mesmo que a nível de Bicicletas, e pistas para velocípedes o projecto BUGA fosse perfeito, continuaria a faltar uma parte muito importante para REPENSAR a BUGA. Mudar mentalidades, pois hoje em dia as pessoas vem o automóvel como uma forma de afirmação social, e tem preconceito de andar de bicicleta, e pior que isso é a falta de respeito pelas ciclovias por parte dos automobilistas, que estacionam os automóveis nas pistas de velocípedes , só para ficar mais perto do destino, enquanto na Holanda já existe uma cultura de ir de bicicleta até a cidade e deixar a mesma em parque de bicicletas enormes nas entradas das cidade e ir o resto do caminho a pé, por cá continua-se a utilizar o automóvel até ao destino a todo o custo. Mas como é difícil mudar mentalidades a solução pode passar por criar mentalidades e investir na sensibilização para o uso da bicicleta nos mais jovens, pois só assim todo o repensar do futuro da BUGA fará sentido
Bruno Soares Pereira
UA recebe apresentação do livro «Breve Ensaio sobre a Regionalização - um Exercício de Reflexão» dia 28 de Fevereiro
O lançamento do livro «Breve Ensaio sobre a Regionalização - um Exercício de Reflexão», de António Rocha, realiza-se no Auditório da Livraria da UA, no dia 28 de Fevereiro, pelas 18h00. Marcam presença, como palestrantes, o Professor Artur da Rosa Pires, Pró-Reitor da UA e o Eng.º Ribau Esteves, Presidente da CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro) e da Câmara Municipal de Ílhavo.
Domingo, 27 de Fevereiro de 2011
Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2011
Quarta-feira, 23 de Fevereiro de 2011
'Beneficiação da principal artéria da cidade estará associada a um programa de apoio à modernização do comércio tradicional'
http://www.diarioaveiro.pt/main.php?srvacr=pages_13&mode=public&template=frontoffice&layout=layout&id_page=9562
Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011
'A próxima sessão da Assembleia Municipal de Aveiro, que tem início marcado para esta quarta-feira, tem transmissão em directo pela Internet no site www.livestream.com/aveiromunicipal. '
http://www.oln.pt/noticias.asp?id=22660&secc=1
Sexta-feira, 18 de Fevereiro de 2011
Quarta-feira, 16 de Fevereiro de 2011
Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011
Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011
Quarta-feira, 9 de Fevereiro de 2011
Amigosd'Avenida lançam um 'Olhar sobre as freguesias do concelho de Aveiro'
um espaço de reflexão sobre as dinâmicas sociais, culturais, económicas e urbanísticas das freguesias do concelho de Aveiro (com enfoque particular sobre Aradas, Cacia, Eirol, Eixo, Nariz, Nossa Senhora de Fátima, Oliveirinha, Requeixo, São Bernardo, São Jacinto e Santa Joana)
http://www.facebook.com/pages/Olhar-sobre-as-freguesias-do-concelho-de-Aveiro/162955003757361
Amigosd'Avenida
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Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011
Todos os anos, a Orquestra Filarmonia das Beiras leva a música a milhares de crianças do 1.º Ciclo, com o Projecto Música na Escola, que tem como objectivo a divulgação, sensibilização e formação do público infantil para a música.
Na edição de 2011 deste projecto de acção educativa, apresentado pelo Professor Jorge Castro Ribeiro, a Orquestra Filarmonia das Beiras decidiu abordar duas obras do compositor Wolfgang Amadeus Mozart: a conhecida obra Pequena Serenata Nocturna (Eine Kleine Nachtmusik) e a Sinfonia nº 29 em Lá Maior, K 201. Estas duas obras reúnem ingredientes únicos que as tornam especialmente apropriadas para a exploração dos conteúdos definidos deste projecto.
As sessões pedagógicas irão realizar-se nos seguintes locais e datas:
9 e 10 de Fevereiro - Centro Cultural de Ílhavo - 09h30 e 10h45
23 e 24 de Fevereiro - Centro Cultural da Branca - Albergaria - 10h00 e 11h00
15, 16 e 22 de Março - Centro Cultural e de Congressos de Aveiro - 10h00
23 e 24 de Março - Cine-Teatro de Estarreja - 10h00 e 11h00
Depois das sessões pedagógicas é apresentado Concerto de Família, em que as crianças são convidadas a assistir a um concerto durante o fim-de-semana, na companhia das suas famílias, tendo aí o privilégio de serem elas próprias os guias dos seus pais e familiares numa oportunidade de partilhar novos conhecimentos, cultivar e desfrutar do prazer de ouvir música. Estes concertos irão realizar-se no dia 13 de Fevereiro, pelas 17h30, no Centro Cultural de Ílhavo; e no dia 27 de Fevereiro, pelas 16h00, no Centro Cultural da Branca, em Albergaria.
http://www.orquestradasbeiras.com
Segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2011
Mapa de 'blogues de cidades' (Cidades pela Retoma)
nomeado para Green Blogger Awards: Janeiro 2011
Sábado, 5 de Fevereiro de 2011
Sexta-feira, 4 de Fevereiro de 2011
Transformar Portugal, e as suas cidades, num 'laboratório vivo' dos diferentes 'clusters' e 'pólos de competitividade' (mobilidade eléctrica, construção sustentável, indústrias criativas, ...). Uma oportunidade para qualificar as cidades, estimular a actividade económica e a exportação!
(uma das ideias produzidas no quado de palestra de Carlos Zorrinho, ontem à noite em Ílhavo*)
Política de cidades (
http://www.dgotdu.pt/channel.aspx?channelID=4A8992B1-695B-4B13-83B2-1BC9B0139C91&listaUltimos=1 e
http://www.dgotdu.pt/pc/)
Pólos de competitividade e clusters (
http://www.pofc.qren.pt/PresentationLayer/conteudo.aspx?menuid=749&exmenuid=457&localid=749)
*
http://www.terranova.pt/index.php?idNoticia=7725
Quarta-feira, 2 de Fevereiro de 2011
O Facebook resolveu encerrar a página dos Amigosd'Avenida onde estavam 4.400 amigos.
Já abrimos num novo espaço (
http://www.facebook.com/AmigosdAvenida.Aveiro) com a mesma gerência!
O movimento 'Cidades pela Retoma' completa, por esta altura (seis meses após o seu arranque), a sua primeira fase de lançamento.
Este movimento é uma associação informal e voluntária de cidadãos e grupos de cidadãos e um desafio por uma reflexão colectiva sobre ‘o papel das cidades no nosso futuro comum’, em particular num momento de crise económica e de necessidade de equacionar uma mudança de paradigma (‘transição’).
O projecto surge inicialmente na sequência de reflexões que um grupo de cidadãos de Aveiro (Amigosd'Avenida, http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/) tem vindo a desenvolver sobre o futuro da sua cidade e no decorrer de investigação doutoral sobre questões de metodologia em planeamento do território.
Esta iniciativa não tem qualquer intenção comercial ou de procura de protagonismo mediático, sendo desenvolvida a título de mero voluntariado. Pretende-se que esta se afirme como uma experiência de 'inovação social', um ponto de encontro de cidadãos e organizações de cidadãos que reflectem sobre as 'cidades' e de projectos inovadores (‘boas práticas’), para que os seus métodos e resultados possam inspirar outras experiências, aprofundar diálogos, estimular aprendizagens colectivas, no fundo potenciar o papel das ‘cidades (e dos cidadãos) como motores efectivos do desenvolvimento das regiões e do País’.
Para o seu desenvolvimento foram pensados dois conjuntos de instrumentos.
Um primeiro, constituído por diversas plataformas virtuais de encontro:
[página de facebook] http://www.facebook.com/CidadespelaRetoma
[mailing-list] https://groups.google.com/group/cidadespelaretoma
Um segundo, que agrega as cinco iniciativas do 'Cidades pela Retoma' (mais informação em documento anexo):
[Newsletter 'Cidades pela Retoma'] espaço de divulgação das iniciativas cívicas pela retoma (ainda em estudo)
[Mapa ‘Cidade Global 2.0’] mapa georreferenciado de ‘blogues de ruas, bairros, vilas ou cidades’
(http://globalcity.blogs.sapo.pt/ e http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/30748.html )
[‘Rua das Ideias’] desafio informal para identificar iniciativas ou projectos 'de baixo custo e alto valor acrescentado' que visem contribuir para a animação social ou económica das cidades
(http://ruadasideias.blogs.sapo.pt/ e http://noeconomicrecoverywithoutcities.blogs.sapo.pt/28650.html)
[‘Think Tank Cívico’ sobre Cidades] repositório de conhecimento (documentos, estudos e investigações) sobre o tema das cidades e suas múltiplas linhas de observação/acção
http://citiescivicthinktank.blogs.sapo.pt/ (ainda em estudo)
[Agenda Local pela Retoma | Workshops Cidades pela Retoma] sessões de debate sobre 'como podem as cidades (e as suas comunidades) organizar-se para responder a este momento de crise económica?'
iniciativas em desenvolvimento: Porto (http://www.acdporto.org/cidades-pela-retoma/); Faro (http://www.faro1540.org/)
Como devem imaginar o projecto precisa de colaboradores e de dinamizadores. Se estiverem interessados em participar em alguma das iniciativas ou em dinamizar a reflexão na vossa cidade por favor enviem um email para cidadespelaretoma@gmail.com.
Caso não tenham oportunidade para dar um contributo solicitamos que remetam este desafio para outros potenciais interessados.
Um abraço
José Carlos Mota
http://www.facebook.com/josecarlosmota
Terça-feira, 1 de Fevereiro de 2011
'Espaços Públicos... a defesa de uma alternativa' (Miguel Pedro Araújo) artigo publicado na edição de hoje, 1.02.2011, do Diário de Aveiro.
link aqui