[divulgamos]
'Foi abandonado este cão que irá parar ao canil se não encontrar novo dono. Juntamos as fotos do bichinho, que terá o nome Manel, é preto, tem 40/50 cm, meigo e orelhas grandes. Alguém interessado deverá enviar email para amigosdavenida@gmail.com'
https://www.facebook.com/barreirofabricaJeronimoPereiraCampos.
O Prof. Galopim de Carvalho diz hoje no DA que o 'arranjo museográfico do barreiro é o mais barato de todos os que já se fizeram em Portugal... basta rapar 20 a 30 cm à superfície hoje coberta por materiais escorridos ao longo dos anos, para mostrar a beleza dessa que foi a frente de exploração do barro... depois é só ajardinar o local do fosso...todo este trabalho pode, perfeitamente, ser feito pelo pessoal da Câmara'
https://www.facebook.com/barreirofabricaJeronimoPereiraCampos
Câmara sem dinheiro para preservar fósseis com 70 milhões de anos
(Foto: Largo do Alboi em obras, por Milene Matos)
‘Movimentos cívicos de Aveiro fundamentam artigo de investigadores da UA’
http://uaonline.ua.pt/detail.asp?lg=pt&c=24584
Uma singela homenagem aos moradores do Alboi, cidadãos do movimento cívico por Aveiro e aos Amigosd’Avenida, no fundo a todos os cidadãos de Aveiro engajados na participação cívica por uma cidade melhor.
JCM
Partilhando histórias sobre o engajamento cívico em Aveiro através do uso das novas tecnologias [uma (pequena) homenagem ao trabalho cívico dos moradores do Alboi, da Plataforma Cidades, do movimento de cidadãos por Aveiro (Ponte Pedonal) e, claro, dos Amigosd'Avenida]
JCM
'Social media technologies create a context in which citizens can have access to more detailed information and, through a collective dialogue, mutually share and develop their sights effectively in order to form quality local public policies'
Mota, José Carlos, Santinha, Gonçalo, ‘Social media and civic engagement: Discussing the case of Aveiro, Portugal’, European Journal of ePractice · www.epracticejournal.eu - Nº 16 · June/July 2012 · ISSN: 1988-625X
O artigo pode ser lido em: http://www.epractice.eu/en/document/5377051 e a revista completa em formato eletrónico (vol. 16) no seguinte link: http://www.epractice.eu/files/Journal_Volume%2016-Final_0.pdf.
[Apelo do Prof Galopim de Carvalho pela preservação do barreiro da fábrica Jerónimo Pereira Campos]
A ANTIGA FÁBRICA DE CERÂMICA DE JERÓNIMO PEREIRA CAMPOS E O RESPECTIVO BARREIRO
(DOIS TIPOS DE PATRIMÓNIO QUE SE COMPLEMENTAM)
A cidade de Aveiro tem no seu centro urbano um belo exemplo de conjugação de dois bens patrimoniais importantes na sua história.
Um deles, entendido e preservado como património construído, é a antiga fábrica de cerâmica de Jerónimo Pereira Campos, uma pérola da arquitectura industrial, em barro vermelho, do primeiro quartel do século XX. De grande relevância na história da economia local, esta grande e desactivada unidade fabril foi inteligentemente adaptada a Centro Cultural e de Congressos, em 1995.
O outro bem deve ser entendido e preservado como património natural. Trata-se do barreiro anexo, do qual se extraiu, durante décadas, a matéria-prima, ou seja, a argila ali trabalhada na produção de telhas e tijolos.
Barreiro nos anos 60 do século XX. Foto de Carlos Romariz
Conheci este barreiro, nos anos 60 e guardo dele uma bela fotografia, na qual se pode ver um conjunto de camadas de argila, paralelas e horizontais, alternadamente brancas e acinzentadas, por vezes rosadas, devido a impregnação ligeira de óxido de ferro.
Estas argilas são sedimentos muito finos trazidos por via fluvial e acumulados numa área plana, próxima do mar, que caracterizou toda esta região, no final
da Era dos Répteis, mais precisamente, no topo do Cretácico, há cerca de 70 a 65 milhões de anos.
No seio destas argilas foram encontrados fósseis animais e vegetais, que nos permitem reconstituir uma paisagem tropical, alagadiça, onde, entre outros, viveram dinossáurios, crocodilos, tartarugas e peixes de grandes dimensões.
Entre os fósseis daqui retirados destaca-se a carapaça de uma tartaruga, até então desconhecida, descrita em 1940 pelo Prof. Carrington da Costa, da Universidade do Porto, como espécie nova para a ciência, a que deu o nome de Rosacea soutoi, em homenagem ao seu achador, Alberto Souto, um aveirense curioso das coisas da natureza, um exemplo que não tem encontrado seguidores.
O barreiro em causa é o único e último testemunho, na região, desse tempo antigo, imediatamente anterior à grande extinção que marcou o fim da Era Mesozóica e o começo dos tempos modernos, com grandes mudanças no clima, na flora e na fauna.
Foto do autor, obtida em 2009
Foto do Prof. António Correia, obtida em 26 de Junho de 2012
Em inícios de 1999, o meu colega Britaldo Rodrigues, geólogo e então professor catedrático do Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro, tomou conhecimento de que o executivo camarário aprovara o plano urbanístico de pormenor do centro da cidade, que abrangia a área envolvente do novo Centro Cultural e de Congressos.
Entre outros equipamentos, este plano previa a construção de imóveis sobre o dito barreiro do qual ainda resta um vulgaríssimo talude, parcialmente oculto pela vegetação bravia, e um imenso fosso cheio de água estagnada, num conjunto, cuja imagem, inestética e desagradável à vista, oculta a sua real e natural beleza.
Neste sentido, este meu colega promoveu uma sessão de esclarecimento que intitulou “Património Geológico de Aveiro – O barreiro da Fábrica Jerónimo Pereira Campos e a Extinção dos Dinossáurios”, que teve lugar na Biblioteca Municipal, no serão de 22 de Abril de 1999.
Para conferencistas e orientadores do debate previsto, convidou-me a mim e ao Prof. Telles Antunes, da Universidade Nova de Lisboa.
Nesta sessão marcaram presença o então Presidente da Autarquia, Alberto Souto (neto do achador do fóssil de tartaruga, atrás referido) e alguns vereadores.
Reafirmo o significado pedagógico e cultural deste património geológico e paleontológico que, para além desse nível de importância, acumula o grande significado que teve como fonte da matéria-prima que deu azo à edificação do belo imóvel fabril, com o qual se conjuga lógica e harmoniosamente.
Da conversa que, no final da sessão, travámos com os ilustres autarcas, ficámos esperançados na boa resolução deste caso. Entretanto mudou a vereação e, lamentavelmente, este propósito adormeceu algures, numa gaveta da autarquia, e, o certo, é que já passaram treze anos.
Em 2008 publiquei num jornal local um artigo versando o essencial das considerações que ora apresento.
Na sequência desse artigo, o Vereador, Dr. Miguel Capão Filipe dirigiu-me convite para me deslocar a Aveiro para uma reunião visando esta problemática.
O barreiro, cuja desejável musealização se limita, praticamente, à limpeza do escarpado, a fim de evidenciar as camadas de argila, e ao ajardinamento e embelezamento do “lago” que ali se formou (em resultado da lavra), ainda ali se conserva, parcialmente oculto, mas intacto.
Só falta vontade política de o transformar num pólo de atracção cultural e pedagógica associado ao magnífico Centro Cultural e de Congressos.
M. Galopim deCarvalho
Lisboa, 27 de Junho de 2012
A insustentável forma de um jardim
Venho falar-vos do jardim da minha casa. Mas que, não por acaso, não é só meu, é vosso também. Mesmo que nunca tenham passado, brincado ou descansado lá, ele é vosso. Mas também é da Câmara e, talvez por isso, tenha deixado de ser um jardim de todos.
Um jardim entre o Parque da Cidade e o Alboi. Um jardim que teve o privilégio (ou o azar) de fazer parte do “Parque da Sustentabilidade”.
Um dia, acordei sem este jardim. Tinha sido fechado. Selado. Intransitável.
Foi em Outubro. Há mais de 10 meses. Há 3 estações do ano atrás.
Nada aconteceu durante estes 10 meses em que deixámos de ter jardim.
Não houve mais crianças a correr, bebés a passear, nem casais de namorados. Não houve mais jogos de bola, nem jogos sem bola, nem corridas na ponte, nem sem ser na ponte. Não houve mais conversas na relva, não houve mais…parque.
Apenas num dos cantos deste jardim há máquinas escavadoras e estruturas a serem montadas. No resto dele, que se vê apenas de janelas altas vizinhas, nada foi feito. Nem mesmo cortado. A relva, e outras plantas mais intrusivas cresceram em plena liberdade, ao contrário dos patos, que o abandonaram logo depois de terem sido, também eles, abandonados. Mas isto, como disse, apenas pode ser visto de longe. Porque de perto os buracos das redes não são largos o suficiente para o espreitar.
Há pouco tempo o jardim vizinho, mesmo ao lado deste, foi alvo de abate total. Este não chegou a ser vedado. Foi abatido. Talvez para uma reforma sustentável, para dar lugar a um melhor jardim. Talvez…
Mas o que esperar deste jardim fechado há quase um ano? Como se pode fechar algo público durante tanto tempo se não há nada a acontecer?
No dia a seguir a acordar sem jardim questionei a autarquia sobre os planos camarários e os seus prazos. Disseram-me que fazia parte do projecto para o “Parque da sustentabilidade”, que iria proceder-se a uma requalificação do parque e que a sua conclusão seria em Maio de 2012.
Estamos em Julho de 2012 e nada ainda foi terminado. Perdão, nada foi iniciado.
Não venho contestar a requalificação, palavra tão nobre e valiosa, venho apenas pedir que deixem este espaço público ser público enquanto as obras “privadas” não teem lugar.
Espero sinceramente que o nosso Rossio, que por azar (ou privilégio) também faz parte do “Parque da Sustentabilidade”, não tenha o mesmo destino que este jardim… há tanto tempo insustentável.
Alexandra Monteiro
Divulguem e Subscrevam a
Provocação Cívica 'Fazer melhor com os recursos que temos!'
https://www.facebook.com/FazerMelhorComOsRecursosQueTemos
Águeda (Agitágueda)
Que locais em Portugal ou no mundo estão a desenvolver formas inovadoras de 'fazer melhor com os recursos disponíveis'?
http://www.facebook.com/FazerMelhorComOsRecursosQueTemos
Fonte: http://www.facebook.com/groups/aveiro.aveiro/
Como podemos 'fazer melhor' com este recurso?
JCM
‘Fazer melhor com o que temos’ é uma provocação cívica para repensarmos as políticas públicas e a acção colectiva a nível local, nesta época de escassos recursos financeiros. Ao contrário do que muitos defendem, a ausência desses recursos públicos não deve ser paralisadora, nem desresponsabilizadora da acção municipal, mas deverá exigir uma maior capacidade de mobilização de outros recursos menos escassos que as nossas comunidades dispõem, nomeadamente ideias e conhecimento, redes e organizações, espaços devolutos ou desaproveitados e disponibilidade e vontade. Isto significa fazer melhor no seu bairro, cidade ou município, fazer melhor com os recursos que temos!
http://www.facebook.com/FazerMelhorComOsRecursosQueTemos
Partilha e mostra como ‘podemos fazer melhor com os recursos que temos’!
JCM
Não podemos estar sempre com desculpas para não agir, só porque não há dinheiro. Está na altura de exigir de nós, dos responsáveis e dos actores da nossa comunidade uma mobilização em prol da cidade e dos cidadãos valorizando e potenciando os recursos disponíveis (ideias e conhecimento; redes e organizações; edifícios devolutos ou desaproveitados; disponibilidade e vontade). Precisamos urgentemente de ‘fazer melhor com o que temos’!
JCM
Aveiro e Viseu, que diferença!
O estudo sobre ‘a qualidade de vida em cidades portuguesas’ produzido pela DECO (*1), e que o Diário de Aveiro divulga hoje (*2), permite comparar as pontuações entre as diferentes cidades.
Partindo dos dados disponíveis no site da DECO (*3) e comparando Aveiro (11.º) com Viseu (1.º) identifica-se uma diferença média de 11% na avaliação global dos indicadores. Do conjunto é possível assinalar cinco (mais um) temas onde as classificações mais diferem (em favor da melhor classificada):
1.º Paisagem urbana (16%), com destaque para ‘número e área dos espaços verdes’ (26 %), ‘desenho do espaço público’ (23%), ‘eliminação de barreiras arquitectónicas’ (23 %), ‘limpeza das vias públicas e passeios’ (20%), ‘ciclovias’ (18 %), ‘manutenção de edifícios’ (17%);
2.º Meio Ambiente (13%), com destaque para ‘qualidade do ar’ (21%) e ‘poluição visual’ (19%);
3.º Cultura, lazer e desporto (12%), com destaque para ‘parques’ (20%) e ‘equipamentos desportivos’ (16%);
4.º Mobilidade (11%), com destaque para ‘sistema viário da cidade’ (17%) e ‘estacionamento’ (16%);
5.º Segurança e criminalidade (11%), com destaque para ‘vandalismo’ (19%) e ‘prostituição de rua’ (15%).
6.ª Planeamento e gestão municipal, com destaque para ‘horários’ (14%) e ‘coordenação entre diferentes serviços’ (13%).
Por outro lado, nos aspectos onde a classificação é favorável a Aveiro, salienta-se um dos indicadores de Saúde a ‘facilidade em encontrar um hospital privado’ (31%).
Nos indicadores globais Habitação, Saúde, Comércio e Serviços e Educação a diferença é mais reduzida (entre 3 a 5%, sempre favorável à 1.º classificada) e no Emprego o valor é semelhante.
Talvez valha a pena tentar perceber as razões que explicam estes resultados e começar a discutir o que se pode fazer para melhorar a situação.
José Carlos Mota
(*1) http://www.deco.proteste.pt/casa/qualidade-de-vida-em-124-cidades-de-5-paises-s714001.htm
(*2) http://www.diarioaveiro.pt/noticias/qualidade-de-vida-estudo-remete-aveiro-para-11o-lugar
(*3) admitindo que a amostra recolhida é representativa da população
‘Entre setembro e novembro de 2011, enviámos um questionário a uma amostra representativa da população de cada capital de distrito de Portugal continental. Incluímos ainda Funchal, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. A mesma investigação foi feita pelas associações de consumidores de Espanha, Itália, Bélgica e Brasil. Para os vários critérios analisados, indicamos a avaliação dada pelos inquiridos, com o máximo de 100’ (site da DECO)
'Qualidade de vida: Estudo remete Aveiro para 11.o lugar'
http://www.diarioaveiro.pt/noticias/qualidade-de-vida-estudo-remete-aveiro-para-11o-lugar
'Em 2007, esta entidade realizou um estudo semelhante e uma amostra representativa da população de cada capital de distrito de Portugal já tinha elegido a cidade de Viseu como a que tem mais qualidade de vida. Seguia-se Castelo Branco e, em terceiro, a cidade de Aveiro'
Estudo disponível em http://www.deco.proteste.pt/casa/qualidade-de-vida-em-124-cidades-de-5-paises-s714001.htm
Uma análise comparativa entre Viseu (1.º) e Aveiro (11.º) permite perceber as seguintes diferenças:
(laranja - diferenças onde Viseu tem mais pontuação e é superior a 15%; verde - diferenças onde Aveiro tem melhor pontuação)
|
Viseu |
Aveiro |
% |
Índice de qualidade de vida |
64 |
56 |
13% |
Classificação internacional |
10 |
45 |
-350% |
Habitação |
|||
casa ou apartamento |
76 |
74 |
3% |
vizinhança |
74 |
72 |
3% |
avaliação global |
73 |
69 |
5% |
Saúde |
|||
centro de saúde |
67 |
64 |
4% |
hospital público |
67 |
60 |
10% |
facilidade em encontrar um médico de clínica geral privado |
70 |
67 |
4% |
facilidade em encontrar um médico de especialidade privado |
72 |
73 |
-1% |
facilidade em encontrar um dentista |
84 |
80 |
5% |
facilidade em encontrar um hospital privado |
59 |
77 |
-31% |
disponibilidade de meios de diagnóstico |
76 |
78 |
-3% |
avaliação global |
73 |
70 |
4% |
Educação |
|||
avaliação global |
74 |
72 |
3% |
Mobilidade |
|||
acesso à cidade |
79 |
76 |
4% |
sistema viário da cidade |
78 |
65 |
17% |
transportes públicos para outras localidades |
67 |
59 |
12% |
transportes públicos dentro da cidade |
65 |
59 |
9% |
trânsito |
66 |
60 |
9% |
estacionamento |
57 |
48 |
16% |
avaliação global |
71 |
63 |
11% |
Paisagem urbana |
|||
densidade dos edifícios |
70 |
59 |
16% |
arquitetura dos edifícios |
69 |
61 |
12% |
manutenção dos edifícios |
65 |
54 |
17% |
limpeza das vias públicas e dos passeios |
81 |
65 |
20% |
número e área dos espaços verdes |
80 |
59 |
26% |
desenho dos espaços públicos |
77 |
59 |
23% |
ciclovias |
76 |
62 |
18% |
Eliminação de barreiras arquitetónicas |
71 |
55 |
23% |
avaliação global |
79 |
66 |
16% |
Emprego e mercado de trabalho |
|||
facilidade em encontrar emprego |
33 |
33 |
0% |
avaliação global |
38 |
38 |
0% |
Meio ambiente |
|||
qualidade do ar |
77 |
61 |
21% |
qualidade da água da torneira |
66 |
60 |
9% |
ruído |
65 |
59 |
9% |
poluição visual |
69 |
56 |
19% |
recolha do lixo |
76 |
69 |
9% |
avaliação global |
76 |
65 |
14% |
Segurança e criminalidade |
|||
crime |
48 |
45 |
6% |
consumo de drogas |
44 |
43 |
2% |
prostituição de rua |
52 |
44 |
15% |
vandalismo |
58 |
47 |
19% |
avaliação global |
66 |
59 |
11% |
Comércio e serviços |
|||
restaurantes |
85 |
81 |
5% |
supermercados |
82 |
79 |
4% |
centros comerciais |
82 |
74 |
10% |
lojas |
80 |
76 |
5% |
avaliação global |
80 |
77 |
4% |
Cultura, lazer e desporto |
|||
equipamentos desportivos |
73 |
61 |
16% |
teatros |
56 |
50 |
11% |
salas de espetáculos |
52 |
53 |
-2% |
atividades culturais |
54 |
54 |
0% |
parques |
71 |
57 |
20% |
avaliação global |
68 |
60 |
12% |
Planeamento e gestão municipal |
|||
horários dos serviços municipais |
66 |
57 |
14% |
eficiência dos serviços municipais |
58 |
51 |
12% |
coordenação entre diferentes serviços |
54 |
47 |
13% |
avaliação global |
66 |
44 |
33% |
Promover o empreendedorismo criativo em Aveiro
[balanço a propósito da palestra de Tom Fleming]
Tom Fleming, um conceituado especialista em regeneração urbana e indústrias criativas, deixou-nos ontem pistas muito interessante para pensarmos o futuro da nossa cidade centradas na promoção do empreendedorismo criativo (*).
A propósito da capacidade dos territórios atraírem ou fixarem empreendedores criativos, deixou-nos três ideias fortes, a reter:
Acontece que a história recente da promoção do ‘empreendedorismo criativo’ tem tido alguns problemas ou equívocos, nomeadamente:
Por tudo isto, segundo TM, é necessário:
Ilustrando alguns destes conceitos, TF deixou-nos as seguintes pistas inspiradoras:
No final, e partir das sugestões de TF, deixo algumas questões para reflexão, a propósito do futuro da nossa comunidade:
José Carlos Mota
[*]
http://ieuasharingjulho.eventbrite.com/
Cidadania activa
Por Paulo Trigo Pereira
Agostinho da Silva achava que Portugal, para renascer, tinha que ser a partir do município. E tinha razão, mas para isso é preciso que haja muito mais cidadania local. Como é que os cidadãos, mesmo não enquadrados partidariamente nem particularmente interessados em política, podem intervir na Polis de forma a melhorar a qualidade da democracia? Participando mais nos espaços de debate público da freguesia e do município, e exigindo mais transparência, informação e deliberação pública.
O poder baseia-se na informação e muitas vezes esta não existe, outras é sonegada pelos poderes públicos, e às vezes existe, mas não é inteligível. Relembre-se que há uma lei de acesso a documentos administrativos, e uma Comissão de Acesso a Documentos Administrativos (CADA), pelo que nenhuma entidade pode legitimamente sonegar essa informação. A Lei das Finanças Locais (LFL) tem um artigo sobre publicidade dizendo que todas as câmaras têm que disponibilizar, no seu sítio online, as taxas, tarifas e preços e algumas, mas nem todas, fazem-no. Os munícipes e as empresas têm o direito de saber não só quanto pagam (IMI, IMT, taxa de retenção de IRS, taxa de derrama), mas por que pagam esses impostos e essas taxas, que devem ter uma justificação económico-financeira. Fala-se muito que as tarifas e preços de bens e serviços essenciais (água, saneamento e resíduos) devem cobrir os custos. Mas a LFL acrescenta algo que muitas vezes é esquecido: em condições de eficiência técnica. Ou seja, se existe má gestão ou desperdício de água, acima do que se considera uma taxa de perda aceitável, não devem ser os munícipes a pagar essa ineficiência. E, se pagam, devem penalizar politicamente quem o faz. Os munícipes de Mafra têm o direito de saber por que é que têm uma das mais caras águas do país (7.ª posição em 2009 para 60 m3 (1)). Será que é por um executivo camarário ter feito um contrato de concessão a um privado (Societé Géneral des Eaux) em condições de preço e tarifário que a beneficiam a si, em prejuízo dos munícipes? Não se percebe por que é que os munícipios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, associados da AMTRES, que detém o capital da empresa intermunicipal Tratolixo, tinham tarifas muito diferentes que iam de 6,04€ em Oeiras ao máximo de 43,67€ em Cascais. Também não se percebe, porque uma mesma empresa a Valorsul, trata os resíduos urbanos de 19 municípios e uns não cobram nada (Lisboa, Amadora e Caldas), outros cobram pouco (Vila Franca) e outros cobram mais (Odivelas e Loures). Os munícipes, aqui e no resto do país, que não pagam tarifas de resíduos devem questionar-se. Como não há almoços grátis, ou alguém paga por eles (transferências intergovernamentais) ou das duas uma: estão a pagar hoje através de impostos acrescidos, ou está a aumentar a dívida municipal, que pagarão amanhã. Uma análise comparativa da Valorsul com a Tratolixo, em termos de eficiência, seria bastante útil.
Para além dos preços, há a questão dos serviços municipais. Na freguesia da Parede, concelho de Cascais, há três escolas públicas e uma privada relativamente próximas. Estamos a falar de milhares de jovens numa população de cerca de 18.000 residentes. A biblioteca municipal da Parede foi anunciada por José Luís Judas para um local. Mais tarde, António Capucho escolheu outro local e lá esteve durante vários anos dos seus mandatos (2001-2011) um grande outdoor anunciando a futura biblioteca. Desconheço a história da não-biblioteca da Parede que deverá envolver burocracias, indemnizações, contratos, promessas e interesses. Mas sei os custos intangíveis da sua não-construção. São milhares de crianças que não tiveram acesso a livros, material didáctico, sobretudo as mais carenciadas, cujos pais não têm recursos para os obter. São milhares de idosos, muitos deles sós, que têm tempo livre e que não puderam ter acesso a um espaço cultural e de convívio. Há perguntas que nós, munícipes, temos a obrigação de fazer. Por que não foi contruída? Têm os futuros candidatos autárquicos o projecto de a construir? Com que meios financeiros e com que prazos? Como estas há muitas perguntas, em cada freguesia e município deste país, que os cidadãos podem e devem fazer.
(1) Os dados dos tarifários de consumidores domésticos são de 2009 e foram retirados do sítio online da entidade reguladora (ERSAR) que aliás tem funcionado muito bem e que se espera que não seja extinta.
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