O ‘Roteiro Itinerante de Participação’ (https://www.facebook.com/EscoladaParticipacao & http://roteiroitinerantedeparticipacao.blogs.sapo.pt/) foi seleccionado em votação pública como um dos projectos do Orçamento Participativo de Aveiro.
Na reunião de ontem ao fim da tarde com o Sr. Presidente da CMA, onde tomámos conhecimento desta feliz notícia, tivemos oportunidade de nos congratular com a forma como a proposta foi concebida, num trabalho conjunto e profícuo entre técnicos municipais do Gabinete do Orçamento Participativo e da Educação e o colectivo de cidadãos, um exemplo de como a gestão de propostas de transformação da cidade pode ser feita de diálogos, entendimentos e partilhas.
Esta proposta cívica de reflexão sobre o futuro dos bairros e freguesias de Aveiro visa procurar valorizar os vastos recursos disponíveis na comunidade e identificar acções de baixo-custo e alto-impacto, desenvolvendo esforços para que um número restrito possa ser implementado e experimentado. Num momento de crise e de poucos recursos financeiros, é nosso dever experimentar fazer melhor com os recursos disponíveis.
A concretização desta proposta é um enorme desafio para nós cidadãos, mas também para políticos e técnicos. Se bem-sucedido pode ser inspirador de outros caminhos conjuntos. (Acho que) Vale a pena tentar!
Um abraço
José Carlos Mota
José Carlos Mota & Gonçalo de Sousa Santinha (Portugal)
Can social media promote a “meaningful” relationship between communities and local authorities? Lessons from Aveiro, Portugal
World Town Planning Day Online Conference
6-7 November 2012
http://www.planningtheworld.net/World_Town_Planning_Day_Online_Conference/Home.html
primeira versão preliminar de proposta de síntese da reunião da passada segunda-feira (15 NOV) promovida pelo Movimento Cívico Por Aveiro
Passados quase quatro anos após o lançamento da maling-list dos Amigosd’Avenida, entendemos que é importante promover uma pequena modificação.
Depois de termos conversado e reflectido sobre o seu papel nos últimos anos (*), entendemos que a lista deveria passar a designar-se ‘Pensar o futuro de Aveiro’. Pretendemos com esta mudança simbólica focar a nossa atenção no objecto - ‘o futuro de Aveiro’ - e não no promotor (Amigosd’Avenida) e com isso estimular uma maior participação de todos os seus membros (neste momento cerca de 340).
Esta alteração não significa qualquer mudança de filosofia ou de identidade, nem uma quebra de compromisso com os valores que sempre defendemos – exigência, rigor e respeito. Continuaremos a pugnar pela promoção de uma qualificada participação dos cidadãos na vida colectiva.
Vamos aproveitar esta oportunidade para lançar um convite a todos os cidadãos de Aveiro para se associarem a esta renovada plataforma cívica de debate.
Amigosd’Avenida
(*)
http://www.slideshare.net/amigosdavenidaaveiro/amigosdavenida-balano-3-anos
Como todos saberão a autarquia aprovou em reunião de Câmara (14 de Outubro 2011) uma proposta de alterações ao projecto "Reabilitação do Alboi e Largo José Rabumba" que previa três modificações ao projecto base. Uma delas passa 'pelo não atravessamento viário do actual jardim'.
É por isso estranho que um vídeo produzido em 20/09/2012 (deduz-se que seja pela empresa que está a trabalhar a comunicação do projecto do PdS para a CMA) considere uma imagem do projecto que não corresponde à proposta aprovada pela autarquia!
Recordo que na imagem disponibilizada pela autarquia após a aprovação da proposta é referido o seguinte na legenda:
1- Jardim da Praça Conselheiro Queiroz: a versão anterior considerava o atravessamento viário da praça; a versão actual substitui as zonas de pavimento preparadas para o atravessamento, por zonas ajardinadas.
Tendo em conta o enorme desfasamento entre a imagem virtual e a proposta aprovada, aguarda-se que numa eventual futura apresentação pública do vídeo esta situação seja corrigida!
JCM
NR. Aparentemente o vídeo foi colocado online de forma extemporânea pela empresa e não reflecte o projecto actual. Ainda bem!
A recente decisão da autarquia de ceder três linhas de transporte colectivo rodoviário à empresa Transdev merecia ter sido discutida com profundidade, por se tratar de uma matéria delicada que envolve um serviço de interesse público à comunidade, num contexto em que esta enfrenta particulares dificuldades económicas.
Antes de mais importa perceber a dimensão e momento da decisão. Estamos a falar da cedência (total ou parcial) das antigas linhas 1, 2 e 7 da MoveAveiro, representando aproximadamente 70% do número total de passageiros do sistema (1,1 dum total de 1,6 milhões por ano) e cerca de 50% da dimensão física da rede. De acordo com a informação disponível a cedência é feita sem qualquer contrapartida financeira para o município, ficando a empresa municipal com a responsabilidade de gerir a restante rede (cerca de 30% dos utentes e 50% da rede), o transporte escolar e toda a estrutura de apoio (motoristas, estrutura técnica e administrativa). Acontece que, neste momento, a autarquia tem em desenvolvimento um Plano de Mobilidade que deveria ser o palco da concepção de uma proposta coerente da rede de transportes (articulando o território, a população e as necessidades de mobilidade) e da eventual preparação da concessão do sistema, o que (aparentemente) não ocorreu.
Numa análise à distribuição espacial da nova rede (*) identificam-se vários problemas. Contrariando a lógica de rede que a MoveAveiro possuía, que unia as extremidades do concelho e que permitia, por ex., que quem estivesse em Cacia ou Esgueira pudesse deslocar-se para outro extremo da cidade, para o Glicínias ou o Mercado de Santiago, sem transbordo, nem acréscimo de custos, a proposta da rede da UrbAveiro não o irá permitir. A lógica desta nova rede será radial, partindo da periferia (Cacia, Eixo, Mamodeiro/Nariz) para o centro da cidade (Estação/Universidade), o que reduz ou dificulta o serviço a outras áreas, podendo a sua qualidade ser agravada pelas normais penalizações resultantes do transbordo para outras linhas ou modos de transporte. Ainda assim, nos últimos dias a rede tem sofrido alterações, pelo que seria importante tentar garantir uma maior coerência com o modelo anterior e articular a proposta com as conclusões do Plano de Mobilidade.
Por outro lado, a nova rede da MoveAveiro teve de se adaptar às falhas de serviço que a UrbAveiro não assegura, o que obrigou à definição de redes mais longas, penalizando os utentes de algumas linhas, sobretudo as que servem as freguesias mais distantes. A título de exemplo, refira-se os utentes das zonas de Taboeira/Quinta do Loureiro ou Póvoa/Quinta do Valado que aparentemente terão circuitos mais longos e demorados, por serem de sentido único, pelo que a deslocação ao centro da cidade passará a ser penalizada.
Analisando os horários das novas linhas da UrbAveiro é possível concluir que comparativamente ao serviço anterior existe uma penalização nos horários dos últimos autocarros, sobretudo no caso de Eixo, Mamodeiro e Nariz que passam respectivamente das 00:00 e 23:20 (nos dois últimos casos) para 22:30 e 20:15. É uma redução significativa em alguns casos de mais de três horas. Acrescenta-se que a existência de dois operadores de transporte irá dificultar a coordenação dos horários entre redes, penalizando a lógica intermodal, seja intra-municipal, inter-urbana ou inter-regional.
Quanto ao tarifário, a tabela da UrbAveiro apresenta vantagem pelo facto de considerar duas zonas com valores distintos para o valor do passe (37,40€ - concelho e 26,20€ - cidade e coroa envolvente), o que poderá ser um incentivo para uma maior utilização do transporte colectivo, sobretudo para a coroa envolvente da cidade (Alagoas, S. Bernardo, Esgueira e Aradas). O preço do bilhete urbano (deduz-se que comprado no autocarro) é consideravelmente mais baixo (1,85€ para 1€) o que, sendo eventualmente interessante para o utilizador eventual, pode constituir um entrave a um eficiente funcionamento do sistema, resultante dos atrasos provocados pelo serviço de venda de bilhetes a bordo feito pelo condutor.
No que concerne aos apoios para utentes especiais (idosos e jovens) não fica claro qual o valor do passe e se a MoveAveiro irá, de algum modo, compensar o operador privado pelo desconto efectuado. Para além disso, no caso do passe intermodal (MoveAveiro e Transdev), de valor 39,50€, seria importante perceber qual a repartição de receitas entre os dois operadores, isto é, qual a percentagem que cabe à MoveAveiro pela prestação conjunta do serviço.
Relativamente à venda de bilhetes e passes do novo operador não existe informação sobre os locais alternativos onde ela poderá ser feita, para além da sede da empresa. Existe o risco da centralização da venda poder penalizar os utilizadores e inibir o uso do transporte colectivo, quer para quem já usa, quer para quem gostaria de usar. Para além disso, não está disponível informação sobre os horários nas paragens de autocarro o que deveria ser rapidamente acautelado.
Em conclusão, tendo em conta os dados disponíveis, a nova rede e a forma como foi implementada reflecte uma visão fragmentada do sistema de transportes e aparenta penalizar os utentes das freguesias mais distantes, quer do ponto de vista dos horários (últimas carreiras), do preço (passageiros menos regulares que recorrem a bilhetes pré-comprados aumentam perto de 30%) e da duração da viagem, o que se afirma como um factor inibidor da coesão entre freguesias mais distantes e mais próximas do centro, circunstância tanto mais grave quando ocorre num momento de particular fragilidade económica das famílias mais carenciadas, as que mais usam o transporte colectivo. Seria importante desenvolver esforços no sentido dotar o sistema da coerência necessária e evitar que as alterações propostas prejudiquem o interesse público, quer da empresa municipal, quer das populações que mais necessitam do serviço.
José Carlos Mota (josecarlosmota@gmail.com )
(*) mapa aproximado da rede em http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/
Informação retirada de https://www.facebook.com/UrbAveiro
versão 2 Outubro 2012
versão 28 Setembro 2012
Versão 25 Setembro 2012
O Orçamento Participativo de Aveiro tem propostas a votação.
http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/tabTemplate.aspx?id_class=2757&TM=2757
A Proposta n.º 14 foi produzida por elementos dos colectivos cívicos Amigosd'Avenida e Movimento Cívico Por Aveiro.
Se gostarem votem e divulguem!
mecanismo de votação acessível neste endereço:
https://docs.google.com/spreadsheet/embeddedform?formkey=dDVOdzY5UUFZQk1FRm9lQVhEdXU1aVE6MQ
o endereço para aceder aos resultados da votação é:
https://docs.google.com/spreadsheet/viewanalytics?formkey=dDVOdzY5UUFZQk1FRm9lQVhEdXU1aVE6MQ
Entretidos pelas micro-ocorrências no espaço público (passadeiras e afins [*]) os cidadãos estão a perder as ocorrências verdadeiramente relevantes. Por estes dias, o executivo municipal vai tomar (ou está a tomar) três decisões que vão marcar o futuro de Aveiro nas próximas décadas: a adesão ao PAEL - o plano de resgate das autarquias, o lançamento da concessão por 60 anos de todo o estacionamento da cidade (para construir parques de estacionamento subterrâneo) e a atribuição de metade das linhas da MoveAveiro à Transdev. O conjunto destas decisões envolve largas dezenas de milhões de euros e a sua definição terá consequências profundas na vida da cidade e de cada um de nós.
Acontece que sobre cada uma delas sabemos muito pouco (ou quase nada). Qual o montante e a natureza do plano de resgate? Que penalizações daí advirão para a autarquia e cidadãos? Faz sentido construir quatro parques de estacionamento quando os estudos municipais mostram que não são necessários? Quais as contrapartidas para o município da cedência de metade das linhas dos TC? Sem receitas do estacionamento e das carreiras mais ‘rentáveis’, como será possível financiar o sistema de transporte colectivo (e amortizar a dívida)?
As decisões em causa condicionarão o futuro do concelho e as suas consequências irão atingir-nos a todos. Será possível que decisões desta natureza sejam tomadas sem que os cidadãos sejam devidamente informados e auscultados? Os sinais cívicos de descontentamento com as formas tradicionais de fazer política não têm sido suficientemente claros?
José Carlos Mota
[*] saliento em particular as discussões no grupo FB – Pensar o futuro – Aveiro 2020 (https://www.facebook.com/groups/ideiaslowcostcidades/)
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