Embora o MEP Aveiro tenha apenas candidatura à Assembleia Municipal, e não ao órgão executivo, julgo dever dar um contributo:
1. Mais do que para os fins para os quais foi criado, deveria servir outros fins, por forma a tornar-se rentável. O mal foi pensá-lo apenas para o futebol profissional. Devia ser possível encontrar múltiplas valências para aquele espaço, que o tornasse atractivo e também ponto de passagem para além da prática desportiva e assistência a jogos de futebol. Esta estratégia teria de ser concertada com várias instituições, desportivas e outras, procurando dinamizá-lo. Só o "campo de futebol" não gerará interesse suficiente. Mas acoplando outras valências e iniciativas, nomeadamente culturais, já poderá eventualmente tornar-se rentável, e servir também melhor o futebol, desde que o Beira-Mar também faça alguma coisa para atrair pessoas.
2. A primeira coisa a fazer é identificar, com rigor, as valências existentes, as vontades em participar numa gestão colaborativa global das disponibilidades, assim como identificar as necessidades de requalificação e as zonas de carência, quer em termos das diversas modalidades, quer em termos geográficos. Procurar igualmente uma gestão multi e inter municipal, partilhando, na medida do possível, recursos de proximidade. Depois é fazer disso uma promoção nacional e internacional. As instituições aderentes poderiam ter apoios feitos através de créditos pelas horas de utilização, nº de praticantes, etc. o modelo deveria ser desenvolvido por todos os parceiros desta estratégia e desenvolvimento do desporto em Aveiro.
Os munícipes que não estejam integrados em clubes ou associações poderiam ter um cartão de munícipe que lhes desse acesso às infraestruturas, responsabilizando-os pelo uso. E devia ter um custo, ainda que controlado. Isto deveria ser bem publicitado. As escolas deviam posicionar-se, como algumas já fazem, para ganhar dinheiro com esta medida.
3. Sim, a Câmara deve apoiar os clubes na sua importante função social, pelo que devem ser definidos critérios de equidade no tratamento das instituições, que tenham em conta sobretudo o n.º de participantes. O desporto de competição, para menos pessoas, deve ter outro tratamento, mais tendente a apoiar objectivos específicos, contratualizados (por exemplo: conquistar tantas medalhas no remo, tantos recordes regionais, tantos nacionais, etc.). Se os objectivos falharem, deve repensar-se o apoio. Em todos os casos, mesmo no "desporto para todos" deve ser feita uma avaliação periódica e ajustados os apoios e corrigidas as falhas.
4. Respondido nas anteriores.
5. Sim, claramente. O desporto é fonte de riqueza, além de bem-estar. provas que tragam muitos visitantes devem ser enquadradas numa estratégia de promoção de Aveiro no país e no mundo. deve fazer-se um levantamento de provas a organizar ou co-organizar, ou simplesmente apoiar, fazendo uma selecção, em vez de ir a todas. Deve apostar-se naquelas em que temos condições para nos especializarmos e termos uma marca distintiva, como sejam os desportos náuticos, o atletismo (pista na UA), mas também a promoção das caminhadas com guia para observação do magnífico ecossistema da ria, o cicloturismo, o desporto dito de aventura. A definição de percursos, como por exemplo, a rota dos azulejos, a rota dos museus ou património edificado, a rota das aves, a rota do salgado, a rota dos sapais, ou outros, mesmo mistos, sem esquecer o gastronómico, ajudaria a promover a região para turistas mais activos.
Ângelo Ferreira
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