Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2009
“A intenção é boa, mas alguém consegue andar de bicicleta em segurança em Aveiro? Especialmente a população escolar e sénior? Neste caso a infraestrutura é fundamental”.

João Margalha

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“Receio pelos meus filhos qd. dizem querer circular pela cidade e arredores na bike, pois há muita falta de solidariedade e compreensão por parte dos automobilistas, e ainda existe uma falta de apoios ao n´vel do território e de equipamentos urbanos para que estas deslocações sejam realmente cómodas e sem sobressaltos.

É pena porque este é um dos investimentos fulcrais para uma cidade saudável e com vitalidade comunicacional. Mas temos ainda que fazer muitíssimo...rever os pavimentos, a sinalética, criar percursos com conexão entre si e não com partes interrompidas e sem tratamento das vias, ver se é possível colocar luz a modelar esses percursos para os finais de tarde no inverno... colocar reflectores em curvas e cruzamentos, não sabem que neste país até a taxa de mortalidade referente a peões que passam nas passadeiras e fora destas é atroz??? Usar a bicicleta é crucial mas com uma forte manutenção da cidade e da periferia urbana capaz...é preciso que todos possamos colaborar também, concordo”.

LUZ Nolasco

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“Efectivamente a adopção e a promoção de novas formas de transportes nas nossas cidades é cada vez mais um desafio que se coloca a todos, quer utilizadores, quer responsáveis.

De facto esta preocupação está bem patente na Resolução da Assembleia da República 3/2009 que apresenta e promove o Plano nacional de promoção da bicicleta e outros modos de transporte suaves.

A Resolução da Assembleia da República 4/2009 Recomenda ao Governo a promoção de redes de modos suaves a integrar nos planos de mobilidade urbana, no âmbito do Decreto -Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, e da Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres, aprovada pela Lei n.º 10/90, de 17 de Março.
Por certo concordamos todos que muito há a fazer para adoptarmos uma nova cultura de mobilidade urbana, mas este tipo de iniciativas são de facto de elogiar e reforçar como exemplo de boas práticas que se vêm fazendo”.

Inês Marrazes

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“Fico contente com a intenção (pois tem que começar por algum lado) em relação á segurança é um dado que Aveiro é das menos más, mas como costumo dizer é apenas usar a imaginação para fazer com que os automobilistas menos sensibilizados para as bicicletas sejam previamente "assustados", ou seja aconselho sempre a sair da bicicleta em locais com passadeiras (sim só aqui poderemos ter alguma razão) e previamente insinuar com a roda da frente que vamos abordar a passadeira, com um movimento brusco em vez de passivo(o que geralmente se faz) criando no condutor uma reacção diferente daquela que se faz quando alguém simplesmente fica estático a espera que uma alma caridosa(ou utilizador de bicicleta ao volante se digne a parar).

este procedimento alem de ser seguro, pois o utilizador da bicicleta tem sempre o controle da situação, cria um susto danado a quem vai ao volante. eu sei que a primeira reacção a isto é "este fulano está maluco" mas digo-vos que não pois a experiência diz-me que é o movimento cruzado que mais reacção provoca nos condutores e que provoca uma reflexão mais nítida cada vez que se aproxima de uma passadeira.

este e muitos outros tópicos que ao longo de quase 2 anos de utilização das BUTE pelos universitários deram alguns resultados como este e que brevemente serão publicados.

também já que estamos a falar de bicicletas em Março a IDEIABIBA a partir da sua micro empresa WISE U, dedicada a novos produtos de mobilidade, vai lançar um novo conceito de bicicleta finalmente 100% MADE IN PORTUGAL, 85% reciclavel e de baixo custo. não é um estudo utópico ou apenas mais uma moda é de facto uma realidade.

em relação á Aveiro foi de facto mais uma vez aqui que se concebeu esta nova ideia, pois enquanto vocês andam por ai de bicicleta, nós ficamos a observar e claro tiramos tudo o que nos permita para criarmos novas ideias para melhorar esta cidade...e as outras.............por isso já sabem "nós estamos de olho em vocês".....

já agora deixem-se desses "anti corpos" de é preciso ter uma boa bicicleta....eu passo a vida a montar bicicletas diferentes e originais mas quando tenho que usar apenas preciso de uma que tenha os pneus cheios....como diriam os mais novos....lol... vá lá toca a andar de bicicleta....

JOSÉ NUNO AMARO

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“É claro que se consegue andar em segurança em Aveiro. Aliás, esse é um dos maiores mitos que existe: a insegurança...
Eu ando de bicicleta diariamente, vou para o trabalho em bicicleta, vou às compras em bicicleta, treino regularmente e só cai uma vez (porque ia depressa demais com chuva...)
Ando pela Avenida (dá para andar pelo meio e no normal, só temos que ter atenção aos carros estacionados) ou por outras vias, circulo com capacete e sem ele, etc, etc...
Sabe quem vejo mais de bicicleta? Duas comunidades - seniores e estudantes - em especial aqueles velhotes que sempre andaram de bike ;) as de uma velocidade.
Convido-o a levantar-se e ir de bicicleta, manhazinha de domingo, por Verba, Requeixo, Sarrazola, Eirol, Carregal, cumprir as pessoas e perguntar quando andam de bicicleta. Veria que o problema da segurança é nosso, de malta de meia idade...”

João Oliveira

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“Sempre que posso, trago a minha bicicleta para o trabalho, que é no centro da cidade (Praça Marquês de Pombal). Vivo a cinco quilómetros de distância, sem transportes públicos fiáveis, pelo que só me posso dar a estes "luxos" da bicicleta em tempo de férias escolares. De contrário, há que dar boleia aos filhos, vizinhos, etc...

Como a distância ainda é considerável e não há pistas com protecções, trainéis e percursos a pensar em nós, trago o carro até meio, ao local onde guardo a bicicleta, sensivelmente na coroa urbana da cidade (centro de Esgueira).

A partir daí é mais simples, pois arriscamos menos nortada e menos tráfego "estradal".

Só que:

a.. o pavimento das poucas pistas que restam está cheio de ratoeiras, ficando sem saber se não será mais seguro utilizar a faixa de rodagem comum e esperar que os automobilistas estejam atentos
b.. o "mobiliário" que sinalizava as ditas pistas é escasso e banalizado
c.. não existe continuidade entre pistas (as que restam...) devidamente protegida
d.. não são são cumpridas as regras de circulação por parte dos próprios ciclistas (nem vejo qualquer autoridade a dedicar-se a corrigir isso) que, sem noção dos perigos a que se sujeitam e que podem provocar, usam sentidos proibidos, atravessam velozes ruas de forte afluência pedonal, não respeitam semáforos nem passadeiras...
e.. os locais de estacionamento são impensáveis (as barras de suporte dos pneus são mais estreitas que os pneus e torna-se difícil equilibrar as bicicletas... resta amarrá-las a postes de sinalização, bancos, grades indiferenciadas, etc...)
Enfim. Anunciar estas intenções acaba por ter contornos de ingenuidade, pelo menos para "quem está no terreno". Ou a informação técnica que chega aos decisores é inconsistente, ou há calendários eleitorais que pesam excessivamente.

Espero que não gastem dinheiro a publicitar medidas. O que espero é que as medidas sejam concretizadas. A seguir, nós nos encarregaremos de as publicitar... de graça!!!

Ana Paula Martins

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“Hoje está de facto um bom dia para dar umas pedaladas, o sol brilha como grande inspirador de uma mudança de atitude, surge um acreditar que é desta que se deixa para trás o conceito "que não vai dar" transformado em preconceito e que se vai a pedalar a todo lado e a sitio nenhum.
Quase que parece uma afirmação de liberdade e individualidade, mas estou só a falar de uma atitude pró activa traduzida num facilitador de mobilidade e potencializador de bem-estar físico e mental, a bicicleta!
Sei que cabe a cada um de nós a decisão de pedalar e de fazer pressão sobre os players da mobilidade para que se reúnam as condições para que as nossa pedaladas sejam feitas em segurança e com a frequência e consistência desejadas.
Estas iniciativas servem de "rastilho" para isso mesmo, para vencer a inércia e criar uma capacidade de por em movimento algo que faz todo o sentido.
A algum tempo atrás, numa "aventura" na UA, procurei responder a uma pergunta, vivendo em Aveiro, estando um dia maravilhoso, tendo até uma Bike XPTO, porque é que não a utilizo?
A resposta que encontrei levou-me ao desenvolvimento de um projecto, a firStep, e a uma vontade enorme de o concretizar, pois acredito que cada um de nós o vai validar através da sua atitude, da mudança de comportamentos ou da consolidação dos mesmos, aliando mobilidade, bem estar físico e emocional e promoção da eco-eficiência e sustentabilidade.
Como?
Pondo a tecnologia como indutor de mudança e promotor de proveitos.
Ou seja, o que eu acredito é que cada um de nós tem de sentir e acreditar num proveito, isso sim faz-nos mudar a atitude.
Encontrei respostas para não quero ir trabalhar todo transpirado!, é muito longe!, para lá até se faz e para cá? e o resto da família? não acho nada fashion!, se mais gente fizesse o mesmo! e de verão nas praias, isso é que era fabuloso! na minha empresa ninguém pensa nisto... de facto podia aproveitar a eco-eficiência, "poupo dinheiro, reduzo emissões, ganho bem-estar", e no meu prédio até podíamos fazer alguma coisa! até na escola! mas eu não quero uma "pasteleira"! e quando quiser ir para o monte?
Essas respostas estão na integração tecnológica e na atitude, isto sim é poderoso!
Tudo o resto podemos e devemos construir.
É isso que eu quero e acredito que é isso que nós queremos.
Miguel Condesso

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“Quando leio estas notícias fico sempre sem saber se ficar satisfeita ou preocupada. 50.000€ é considerável mas gostaria muito de confiar na utilidade do seu uso. Como medida prioritária, não será "meter a bicicleta à frente dos bois"? Já que o utilizador de bicicleta em Aveiro é um verdadeiro corredor de gincanas, entre descontinuidades de traçados, conflitos com peões e automóveis, e acima de tudo um piso completamente impróprio para passeio. Uma emoção, portanto!

Eu, enquanto isto se resolve, só ciclo à noite... muito mais calmo (pelo menos evito algumas incompatibilidades mas não me safo do piso). Curioso e pertinente a atribuição do dito seguro. Mais vale prevenir, não é?!"

Joana Lima


publicado por amigosdavenida às 00:16 | link do post | comentar | favorito

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