Notas soltas sobre uma visita às obras do Museu de Aveiro
Não há muitos momentos como este em Portugal.
Uma cidadã lança, num blogue, um conjunto de dúvidas sobre a natureza da recuperação de um momento de grande importância da sua cidade. A directora desse monumento, responde no blogue a algumas dessas dúvidas e manifesta disponibilidade para mais esclarecimentos.
A comunidade organiza uma visita de trabalho onde a responsável do monumento se dispõe a explicar, expressar as suas ideias, ouvir as críticas.
Quinze pessoas respondem ao repto lançado.
Apesar da leve crispação inicial com as explicações e a partilha das opiniões as razões de ambas as partes são melhor percebidas, algumas dúvidas ficam dissipadas, outras permanecem.
Existem sensações contraditórias. Uns queixam-se que parte do museu perdeu "alma", que as opções estéticas são questionáveis, que as opções funcionais (energia) não foram devidamente tratadas... Mas é um "novo" espaço cultural que a cidade ganha, uma nova sala para exposições temporárias.
Com a visita todos passámos a perceber um pouco melhor o projecto e as razões que estiveram por detrás das opções. Fica a noção de que, face a algumas dúvidas levantadas e opções tomadas, a comunidade acordou tarde para o projecto e para a obra.
O meu voto é que, independentemente de alguns aspectos menos conseguidos do projecto, saibamos valorizar e fruir este novo equipamento da cidade e saber tirar partido dele.
Como cidadão os meus agradecimentos à Maria Rosário Fardilha por ter levantado a questão e à directora do Museu, Ana Margarida Ferreira, pela forma se disponibilizou para abrir o museu e explicar as razões.
Não há muitos dias assim!
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