A partir de amanhã na Culturgest inicia-se um ecléctico ciclo de debates com especialistas portugueses e estrangeiros para discutir a forma de transformar Lisboa num centro de criatividade e de negócios. Um ambicioso projecto cultural - A. M. Lisboa: Plataforma Lisboa Transcultural para o século XXI? - concebido por Luís Serpa, galerista, comissário e gestor de projectos culturais, pretende transformar a capital portuguesa num pólo cosmopolita e internacional nas áreas da criatividade e da cultura. "Lisboa tem imenso potencial para tornar-se uma cidade cosmopolita e internacional. Transformar-se numa plataforma transcultural para as indústrias criativas no futuro", avança Luis Serpa. Arquitectura, design, arte, fotografia, literatura, bem como cinema, moda, música, novas tecnologias, publicidade, escrita e publicação e mesmo gastronomia são algumas das muitas formas de arte que podem ser consideradas parte das indústrias criativas, conforme explicou Luis Serpa que, a partir de amanhã, inicia uma ampla análise e discussão do potencial económico que a cultura pode ter e a importância que a Área Metropolitana de Lisboa - com seus 18 municípios - pode assumir como região capaz de atrair novos talentos e projectos inovadores. "Esta possibilidade tem que ser assumida pelos próprios agentes culturais que, frente a um mercado global, precisam repensar seus objectivos estratégicos de forma a criar um novo perfil de competitividade nos projectos e produtos culturais", continua Luis Serpa, que convidou alguns agentes culturais pioneiros no mundo todo, como o indiano Vinay Dharwadker, que criou o conceito de Novas Geografias Cosmopolitas. Tanto o agente cultural indiano como o inglês Ken Hogg - um dos arquitectos "senior" da célebre empresa de arquitectura Fostner and Partners de Londres, que inclusive tem dois projectos em Lisboa - vão discutir a importância das indústrias criativas como factor de desenvolvimento da cidades. "As indústrias criativas são veículos de identidade cultural e têm um importante papel também na promoção da diversidade cultural", é uma afirmação que consta da apresentação do painel que se realiza a 29 de Maio com estes especialistas. É considerando este cenário transformador de Lisboa e sua área metropolitana que Luis Serpa lança uma Agência para as Indústrias Criativas. "Seremos uma agência criada 'por' e 'para' os agentes culturais que queiram contribuir para que a região de Lisboa se transforme numa verdadeira Plataforma Transcultural para o século XXI", adianta o galerista avançando o lema Conhecimento, Competitividade e Consumo. Serpa quer liderar um projecto de mudança para Lisboa e acredita que novas organizações serão capazes de servir como intermediários no diálogo entre as instituições públicas e privadas. "Algumas entidades públicas - como a Câmara Municpal de Lisboa e a CCRLVT, Comissão Coordenadora da Região de Lisboa e Vale do Tejo - corresponderam às nossas expectativas, integrando este projecto na elaboração de planos e conteúdos no âmbito do Plano Tecnológico e da Regenração Urbana", confirmou Serpa, dizendo que a cidade tem de ter condições materiais para atrair artistas de todo o mundo. Esta parceria vai reflectir-se na presença dos autarcas de Lisboa, Almada e Cascais que vão compor o painel de oradores das conferências que terão lugar nos dias 28 e 29 de Maio, no Pequeno Auditório da Culturgest, sob o tema Para uma política sustentável das cidades."´É necessário realizar intervenções na cidade a fim de evitar a desertificação dos centros históricos e a descaracterização da periferia", conclui Luis Serpa .
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