Fonte: Galitos 1960
“Em 6 de Dezembro de 1909, o Clube dos Galitos por deliberação da sua Directoria, resolveu erigir um obelisco à memória dos aveirenses que morreram, sofreram e combateram pela Liberdade, associando-se de tal modo às festas comemorativas do primeiro centenário do nascimento de José Estêvão.
O local escolhido foi a então Praça do Comércio, exactamente onde, em 16 de Maio de 1828, numerosos cidadãos, unindo-se às forças de Caçadores 10, se rebelaram contra o regime absoluto.
A colocação da primeira pedra efectuou-se logo a 19 do mesmo mês, pelas 14 horas, lavrando-se da solenidade o respectivo auto, que foi assinado por muitas dezenas de personalidades.
O notável historiador João Augusto Marques Gomes, no opúsculo «Aveirenses que sofreram e combateram pela Liberdade — Monumento levantado à sua memória pelo Clube dos Galitos», descreve assim a inauguração do Obelisco;
«Por ocasião da passagem do grande cortejo cívico com que a cidade glorificou a memória de José Estêvão, no dia 26 de Dezembro, 1.º centenário do seu nascimento, pela Praça do Comércio, tendo-se a Câmara Municipal aproximado do monumento, o Sr. Dr. Joaquim de Melo Freitas, descendente em primeiro grau de um daqueles aveirenses a quem o mesmo é consagrado.... tendo dito:
«Entre os festejos do dia, este obelisco, devido ao lápis e ao cinzel de Ernesto Korrodi, avulta, já pelo seu pensamento generoso, já porque se ergue neste local, onde a 16 de Maio de 1828, um núcleo de cidadãos, unindo-se às forças de Caçadores 10, de guarnição nesta cidade, soltaram o grito de revolta e iniciaram esse grande movimento, que dotou o País com as instituições constitucionais!
«Nem o exílio, nem o ergástulo, nem a forca, nem os combates, a miséria e as desgraça, detiveram esse punhado de bravos patriotas, que se propunham fundar uma pátria nova, impregnada de luz, de progresso e de amor!»”
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