Esta história é muito interessante porque é uma boa metáfora do que precisamos fazer quando se trata de pensar o futuro e que passa por pedir aqueles que já viveram 'futuros diferentes' (e que conhecem alguns dos seus 'segredos') que partilhem connosco essas histórias.
JCM
(*) vale a pena ver o trabalho que Ana Carla Fonseca tem feito neste domínio (http://www.garimpodesolucoes.com.br/)
(***) https://groups.google.com/group/industrias-culturais-e-criativas & http://industriasculturaisecriativas.blogs.sapo.pt/& https://www.facebook.com/CidadesCriativas
'Movimento cívico quer Avenida como montra, palco e residência' (Diário de Aveiro)
http://www.diarioaveiro.pt/main.php?srvacr=pages_13&mode=public&template=frontoffice&layout=layout&id_page=10330
'Sobre Ponte do Rossio'
Na Assembleia Municipal foi um pouco evasivo acerca da polémica ponte pedonal que a Câmara tenciona construir no canal central. Afinal, essa ponte faz ou não sentido à luz do estudo que fez para a avenida?
A nossa proposta de desdobrar o Rossio para o lado das Pirâmides pressupõe construir uma nova ponte e não nesse local [proposto pela Câmara à
luz do Parque da Sustentabilidade], mas próximo de onde estava prevista pelo Polis. A ponte que a Câmara se propõe realizar é-nos relativamente indiferente.
É importante para este projecto?
Não é. Se fosse nociva, eu diria à Câmara que o estaria a comprometer. Diria que não é mau ter várias pontes. Mas a ponte preocupa-me por causa da Ponte-Praça, que é um projecto infeliz - há ali toda uma agressão topográfica na relação com a envolvente.
Aveiro tem ali um problema grave a resolver. Um dia isso terá de ser estudado e acredito que a solução terá de passar por demolir a Ponte-Praça tal como hoje existe. Quando pensamos em soluções possíveis, tenho medo que a ponte que a Câmara quer construir iniba uma solução boa.
1.º MOMENTO DE INFORMAÇÃO PÚBLICA DO PROJECTO DE INTERVENÇÃO PARA A AV.ª DR. LOURENÇO PEIXINHO
Comentário e Sugestões - Amigosd’Avenida - 12 Julho 2011
1.
Passados dois anos da apresentação à Assembleia Municipal de Aveiro dos 30 princípios para a requalificação da Avenida Lourenço Peixinho (e onde os Amigosd’Avenida expuseram ‘seis ideias chave e uma proposta metodológica’ 26Junho2009*) e seis meses depois do trabalho da nova equipa de coordenação do projecto, os cidadãos tiveram finalmente a oportunidade para conhecer e discutir os objectivos da intervenção e as primeiras propostas.
Como recentemente alertámos (‘Pela qualificação do debate público sobre o futuro da Avenida‘ 17Maio2011 *) é fundamental que estes processos de planeamento promovam, logo desde o seu início, canais de auscultação e envolvimento da comunidade, para garantir que os projectos respondem aos seus anseios e necessidades e para mobilizar energias e apoios para a defesa e implementação das propostas (algo que temos vindo a desenvolver há algum tempo, recolhendo contributos de cidadãos *). É pois importante que a seguir a este debate se abra um período para recolha de contributos e para posterior avaliação da sua pertinência e consideração na proposta.
Os Amigosd’Avenida aproveitam a oportunidade para disponibilizar os seus canais de comunicação (mailing-list, blogue e redes sociais *) para apoiar a reflexão que o projecto deverá, naturalmente, desenvolver e estimular.
2.
Duas das preocupações manifestadas oportunamente pelos Amigosd’Avenida estavam relacionadas com o programa-base, isto é com a natureza dos objectivos definidos, muito centrados no ‘espaço público’, e com a escolha do instrumento de intervenção - um ‘projecto’ sem um perceptível enquadramento num ‘processo de planeamento’ onde se produzisse a devida articulação com um ‘instrumento de planeamento’ global - ‘um plano’ ou um ‘programa’. Esta necessidade é tanto mais evidente quanto o facto do ‘projecto’ prever modificar o uso e transformação do território, quer na Avenida, quer no Rossio e Estação, contrariando, em alguns casos, planos existentes (por ex. PU Pólis).
Após a apresentação da equipa projectista é importante referir que, apesar das dúvidas, o programa base revela várias preocupações importantes, nomeadamente a significativa redução do trânsito de atravessamento, a valorização do modo pedonal e a qualificação do espaço público para a vivência urbana, questões que vão ao encontro de alguns dos princípios que os Amigosd’Avenida subscreveram na sessão da Assembleia Municipal atrás referida (*).
O esboço da proposta apresentada, apesar de se centrar sobretudo no ‘arranjo do espaço público’ da Avenida, contém também aspectos muito interessantes e relevantes, quer de forma quer de ambiência urbana, que vão ao encontro das preocupações já manifestadas.
No entanto, importa lembrar que existe evidência relevante que mostra que a intervenção no ‘espaço público’ (centrada na regulação da circulação, pavimentos e mobiliário urbano) não é suficiente para assegurar uma adequada revitalização das funções económicas e sociais e da vivência urbana da cidade. São exemplos claros desta situação o inêxito das intervenções realizadas na Praça Marquês de Pombal e na Rua Direita.
No que concerne ao desenho do ‘novo Rossio’ importa sublinhar que a proposta de localização da Ponte Pedonal aqui considerada é diferente da prevista, e actualmente em fase de concurso para construção. Tendo em conta essa circunstância, o seu elevado custo (‘próximo de um milhão de euros’) e a avaliação que a equipa faz da sua pertinência (considerando-a ‘inócua’), talvez fosse sensato suspender o seu processo de construção, aguardando pelo desenvolvimento dos estudos.
Para além disso, ainda no que concerne à intervenção no Rossio, será importante procurar avaliar o impacto que a construção da nova frente urbana proposta poderá ter na entrada Poente da cidade, para evitar o ‘efeito traseiras’ que a proposta considerada poderá, eventualmente, proporcionar.
3.
Neste sentido, apesar dos méritos que a proposta apresentada revela, parece-nos ser fundamental (re)equacionar o programa base da intervenção e a natureza das actividades necessárias para o concretizar.
Como referimos oportunamente, mais do que a concepção de um instrumento de planeamento centrado no desenho de um novo ‘plano de chão’ ou na regulação do edificado esta é uma oportunidade única para iniciar um processo de requalificação urbana do centro da cidade. Para isso é fundamental que o programa base inclua ou detalhe outras dimensões (por exemplo a social, a económica e a institucional), mobilize outros recursos, competências e vontades locais, e acentue a capacidade de diálogo e concertação com agentes e comunidade, com o objectivo de definir um quadro global de orientação à transformação da Avenida.
Nesse sentido, e partindo dos princípios que os Amigosd’Avenida identificaram como centrais para o futuro da Avenida (AMA, 26Junho2009), sugerimos que seja dada maior atenção a três dimensões: o papel da Avenida Lourenço Peixinho enquanto ‘montra’, aproveitando a estrutura edificada da Avenida (sobretudo ao nível dos pisos térreos - montra) como ‘espaço de divulgação, promoção e comercialização’ das funções económicos, sociais e culturais onde a cidade de Aveiro se distingue e se pode afirmar no contexto nacional (por exemplo nos domínios das tecnologias, arte e cultura, lazer); o papel enquanto ‘palco’, utilizando o espaço público que se prevê qualificar para a realização de um conjunto de actividades de animação cultural e artística (que valorizem a rede de agentes do sector cultural e criativo da cidade); e o papel enquanto ‘espaço de residência para todos, valorizando a Avenida para a função residencial, combatendo o efeito de utilização sazonal das funções económicas e assegurando uma vivência permanente do espaço.
Para a concretização do princípio ‘montra’ julgamos ser fundamental desenvolver um trabalho prévio de identificação das instituições (públicas e privadas), agentes e funções económicas, sociais e culturais relevantes da cidade que poderão necessitar desse ‘efeito montra’, aprofundar o diálogo e concertação com esses agentes e identificar a tipologia de programas funcionais e modos de implementação (desde regimes efémeros e ‘low-cost’ até formas mais exigentes e duradouras). Por último, deverão identificar-se os edifícios/conjuntos urbanos que poderão ser os mais adequados para acolher esses programas funcionais e iniciar a negociação com os proprietários.
Para a concretização do princípio ‘palco’ entendemos ser importante identificar os agentes e instituições do sector cultural e criativo com experiência no desenvolvimento de actividades artísticas e culturais em espaço público (arte, design, comunicação e tecnologia), devendo procurar identificar-se os espaços públicos adequados ao seu desenvolvimento e os projectos e iniciativas a desenvolver, num quadro de um programa de animação do espaço público não intrusivo e equilibrado. Finalmente, deverá haver o cuidado de avaliar os impactos sociais e económicos e prevenir efeitos perversos (‘carácter efémero’, ‘excesso de eventos’ ou ‘disneyficação’).
Para a concretização do princípio ‘espaço de residência para todos’ propomos que se avaliem as necessidades e ofertas de habitação no centro da cidade (em particular no Plano de Pormenor do Centro), se discuta a pertinência e viabilidade de novas áreas habitacionais (Avenida e nos novos Rossios), se avalie o interesse dos promotores para responder às diferentes necessidades, e, por último, se estude as medidas de apoio ao repovoamento do centro da cidade e Avenida.
4.
Tendo em conta a necessidade de se encontrarem meios de financiamento municipais para este projecto, é fundamental que se aprofundem e tornem públicos os estudos de viabilidade financeira da operação (em particular os que envolvem o hipotético parque de estacionamento subterrâneo), se avalie o impacto no mercado imobiliário da abertura de duas novas áreas de construção, quando áreas próximas (por ex. PP do Centro) se encontram ainda por construir e vender e, por último, se reequacionem os investimentos previstos que contrariam o proposto neste estudo (nomeadamente a Ponte do Rossio).
Amigosd'Avenida, 13 de Julho 2011
[*]
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[*]
‘Testemunhos de cidadãos’
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‘Seis ideias chave e uma proposta metodológica’26Junho2009
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‘Pela qualificação do debate público sobre o futuro da Avenida‘ 17Maio2011
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DOCUMENTÁRIO 'Alboi - Um Canto de Mundo (Parte I)' LEGENDADO EM INGLÊS
[um agradecimento especial ao Tiago CASTRO e João TORRES pelo excelente trabalho]
o anátema* d’a Avenida
(publicado hoje no Diário de Aveiro)
Em Aveiro toda a gente sabe do que se fala quando se diz a Avenida? Sim e não. “Sim” porque não é necessário dizer todo o topónimo Avenida Dr. Lourenço Peixinho para se perceber que artéria é. “Não” porque, no fundo, a conhecemos mal. Mal como conhecemos quem ignoramos, ou até desprezamos, aqueles por quem passamos e cujo sofrimento, degradação, decadência nos é indiferente. Por vezes até pensamos que não, pois até tivemos um ato caridoso, mas no fundo o que fizemos foi espiar a nossa má consciência, a ligeireza da atenção. Mas a verdade é simples: sem atenção, sem um plano, sem acreditar, falhamos.
É o mesmo com a Avenida. Já há muito que, de vez em quando, responsáveis municipais apelam para a atenção de alguns sobre o problema. De forma mais ou menos solene, mais ou menos pública, mais ou menos auspiciosa lá se desenvolve mais uma ação de caridade misericordiosa sobre a Avenida. Já lá vão mais de 20 anos desde a primeira que nos lembramos. Entretanto a Avenida passou ao lado das maiores oportunidades de regeneração urbana que Aveiro desejou, mas mal aproveitou, para não falar daquelas de que nem sequer se deu conta. Sim, Aveiro habitualmente deixa passar as oportunidades que o Estado e/ ou entidades externas como a Comunidade Europeia proporciona às urbes do velho continente. E a razão é simples: não planeia, não define prioridades e estratégias, não sabe o que, coletivamente, quer. Vai andando a reboque das oportunidades em vez de estar pronta à espreita delas.
Foi por isso que o Polis Aveiro em vez de seguir e executar o que era estratégico executou o que estava em carteira, sendo que deixou a Avenida de lado. O mesmo sucedeu com as candidaturas aos programas da Política de Cidades Polis XXI inseridos no QREN, no qual Aveiro encontrou meios para desgraçar uma área consolidada, viva, simpática e sustentada da cidade — o Alboi — à conta de um insustentável e especulativo Parque da Sustentabilidade. E, claro, não vamos falar de coisas como o que o paquidérmico estádio pôs de lado e que eram, de facto, estratégicas e bem mais em conta. Aí o provincianismo e a parolice cegaram a lógica e a evidência. Venceram e destruíram por décadas o parco equilíbrio financeiro municipal, para não falar do brio e honradez.
O atual executivo municipal esforça-se por encontrar um novo rumo para a Avenida. Porém está a seguir fórmulas já gastas que não permitem acreditar no sucesso, ou seja, na necessária mudança de paradigma. As experiências similares, bem como a doutrina das políticas urbanas e os consequentes projetos urbanos de sucesso, partiram de outros pressupostos e agentes. Uma das regras básicas é, desde logo, definir coletivamente um conceito — pode mesmo ser uma simples, mas forte ideia estratégica — desenvolvido em plano antes de encomendar um projeto. Nunca se deve encomendar um projeto com o qual surja o conceito, pois isso só serve alguns, a começar pelos projetistas e outras clientelas. Casos recentes têm-nos demonstrado como para um grande projeto tanto quanto um bom autor é necessário um bom cliente, sendo que, nestes casos, o cliente é, necessariamente, a comunidade. Sem o compromisso de todos — consenso é pouco e não serve para nada — não há ações urbanas de sucesso. Quando muito caprichos bem executados e com bom aspeto, mas que não alavancam o desenvolvimento sustentado. Até do futebol sabemos como a estratégia tem sempre de preceder a tática…
O último episódio desses esforços do Município para a regeneração d’a Avenida consistiu na realização de uma apresentação pública, mas pouco publicitada, na passada 6ª Feira à noite, na qual foi dado a conhecer o que se pretende levar a cabo para, ou melhor, em torno d’a Avenida. É um projeto, não um plano e por isso mais uma vez não tem estratégia. É apenas mais um conjunto de boas intenções, cheio de lugares comuns, alavancado num modelo de financiamento que ignora a situação atual e bem instalada do imobiliário em Portugal e na Europa, que continua a querer resolver os problemas d’a Avenida com a continuação da destruição dos seus valores, que entende que a chave da sua regeneração é o investimento público, especialmente em espaço público e equipamentos, não nas atividades e pessoas, etc.
Por trás dos dois “rossios” a criar longe de cada extremo d’a Avenida (um inclui a necessidade de mais uma ponte sobre o canal central!), de um caríssimo e inútil parque de estacionamento subterrâneo (em Aveiro quais são usados?), de um plano de mobilidade que imobiliza e separa, da criação de áreas pedonais de grandes dimensões, de acreditar que a viabilização imobiliária para além da já excedente será a melhor forma de tudo financiar, quais são os mecanismos para a vivência, quais os meios e agentes da regeneração? Por outras palavras: quem faz, quem se instala, quem vai, quem usa? Há compromissos firmes sobre isso? Como se estimula a reabilitação, refuncionalização e ocupação do edificado existente? Será mesmo necessário construir mais? Porque não orientar os recursos para tal no sentido da reabilitação? Como é que duas intervenções pesadas situadas bem além dos extremos d’a Avenida resolvem os problemas em causa? Não será que os aumentam? E n’a Avenida propriamente, nada? Como projeto(s) que é (em vez do plano por onde se deveria ter começado) ignora princípios operacionais hoje básicos como a governância e as parcerias público-privadas, a necessidade de um planeamento baseado na análise e gestão dinâmicas, a aposta nos sistemas de ecologia urbana e na valorização do património urbanístico. Também ignora instrumentos de incentivo potentes e disponíveis. Isto para apenas enumerar algumas “ignorâncias”.
Mais grave do que tudo isso — será que nada se aprendeu com o Alboi? — é a ausência de envolvimento, desde o primeiro momento, da comunidade. Note-se como o projeto ignora algumas ideias já consensuadas em iniciativas de cidadania. O urbanismo não é uma questão eminentemente técnica, mas cívica e política. Já foi mas como dava mau resultado deixou de ser. Também não é uma questão dos políticos, mas da política em plena vivência democrática. Quem são os principais agentes da regeneração urbana? Os cidadãos. Então como a podemos promover sem o seu envolvimento, sem deles fazer clientes em vez de uns beneficiários tidos como tontos e incapazes?
É por tudo isso que aqui vimos apelar ao desenvolvimento do conhecimento, da divulgação e do debate, pois tememos que, uma vez mais, tudo não passe de mais um enorme e bem intencionado esforço do qual serão muito parcos, senão perniciosos, os resultados. Esse mais que simbólico espaço da identidade urbanística de Aveiro tem vindo a sofrer um conjunto de intervenções públicas e privadas avulsas que, por o serem, são erros. Propomos ainda que, humildemente, se comece pelo início: conhecer a Avenida e assim lhe prestar efetiva atenção, reconhecimento e homenagem. É necessário quebrar o anátema* de falta de estima, sob a forma de caridade, lançado sobre a Avenida.
Walter Rossa
Sara Ventura da Cruz
cidadãos
*Valerá mesmo a apena ver em dicionários o significado profundo do termo.
conclusões parciais provisórias
Do conjunto das conclusões alcançadas destacamos, por agora, as que seguem; as totalidades das disponíveis serão apresentadas na reunião abaixo referida.
X
(…)
- A maioria das áreas recreativas (…) é central
- Aumento de violência e distúrbios aos fins-de-semana e a partir das 4h da manha (…), em particular (…) em cidades sem transportes públicos nocturnos e com poucos os táxis (…).
- Aumento do ruído ao fim da noite com perturbação dos vizinhos (…)
- Aumento do tráfico de substâncias ilegais nas áreas estudadas.
- Aumento da sinistralidade e internamentos hospitalares envolvendo jovens (noites de sexta-feira e sábado)
- Descrito pouco impacto da vida nocturna na economia da cidade. Excepção para a área do Bairro Alto e as semanas académicas.
- Queixas generalizadas de falta de policiamento
(…)
Frequentadores de discotecas
. 66% dos jovens vivem com a família
. 52% dos jovens frequentam ou concluíram o ensino superior
. 83 % Estudantes
(…)
- Nas últimas 4 semanas quantas vezes saíste à noite? o5,9 vezes
- Quando sais à noite, quantas horas costumas sair de cada vez? o5,6 horas
Transporte usado para sair e para regressar a casa, à noite?
Transporte privado (ex. Carro, mota) 74.10% e 68,63%
Quantos acreditam que o efeito de drogas ou álcool lhes suscitam relações sexuais desprotegidas
45.63%
Nas últimas 4 semanas quantas vezes te embriagaste? o1,77 (média)
Consumo de substâncias
- Com que idade iniciaram os consumos; menores de 18 anos
Álcool 15 anos
Cannabis 16 anos
Ecstasy 18 anos
LSD 17 anos
(…)
- As medidas de redução de riscos são importantes e necessárias mas não são suficientes porque não questionam a lógica da cultura recreativa
Estudo da Cultura Recreativa como Instrumento de Prevenção
conduzido e apresentado por
Fernando J.F. Mendes e colaboradores
IREFREA - European Institute of Studies on Prevention
A busca da Cidade Querida faz-se, também, estudando usos e suas correlações com a estrutura, forma e vida urbanas.
A Diversão Nocturna em Aveiro tem um enorme impacto, quer na qualidade de vida dos cidadãos, quer nas expectativas de quem a pratica, quer, finalmente, nos processos socioeconómicos e culturais que lhe estão associados.
A Plataforma Cidades e a Associação Comercial de Aveiro (ACA) promovem – no Salão do Edifício Sede da ACA (*), no próximo dia 6 de Julho (Quarta-feira), das 18h30 às 19h45, uma reflexão sobre os resultados do Estudo em título, centrando-a no caso de Aveiro e no modo como isso interfere na vida urbana.
O Estudo será apresentado pelo Dr. Fernado Mendes – responsável nacional e co-responsável europeu pelo Projecto –, e pelo Dr. Emídio Abrantes – responsável pelo caso de aveiro.
objectivos do projecto
Do conjunto de objectivos gerais do projecto vamos procurar centrar-nos nos que seguem
- Conhecer as melhores medidas de prevenção associadas ao contexto recreativo
- Produzir informação para diagnosticar as áreas de lazer, nas cidades ou arredores
- Diagnosticar e avaliar em que fase está cada cidade.
- Definir problemas e associá-los à respectiva iniciativa de prevenção. Propor acções preventivas para cada cidade. Elaborar um "manual de boas práticas preventivas" para um modelo integral
(…)
conclusões
Do conjunto das conclusões alcançadas destacamos [que]
- As medidas de redução de riscos são importantes e necessárias mas não são suficientes porque não questionam a lógica da cultura recreativa
Convite
Certos do V/ interesse por estas matérias, vimos convida-lo(a) a participar na reunião acima.
(*), R. Conselheiro Luís de Magalhães, 25
Aveiro; 30JUN11
Direcção da Associação Comercial de Aveiro & Pompílio Souto e Emídio Abrantes
Mais informação: http://plataformacidades.blogspot.com/
Pela qualificação do debate público sobre o futuro da Avenida
(17 de Maio 2011)
1. A Avenida Lourenço Peixinho representa para muitos aveirenses e para a cidade um espaço de particular relevância simbólica e funcional que tem vindo a sofrer nos últimos anos um profundo processo de desqualificação e descaracterização que se traduz numa crescente desvalorização como espaço residencial, comercial, de serviços e de lazer, com impactos significativos na vida da cidade e da região.
2. A conferência organizada pela autarquia em Novembro de 2008 sobre o ‘futuro da Avenida’ foi recebida com expectativa e particular interesse, pois respondia a uma preocupação colectiva, propunha a definição de um novo instrumento de planeamento para aquele território e manifestava o desejo de envolver a comunidade na construção colectiva desse ‘projecto’.
3. Em consequência dessa conferência foi produzido um documento (‘30 princípios’) que sendo um esforço relevante foi também entendido como um resultado redutor do potencial de envolvimento da comunidade que a conferência indiciava.
4. No final do ano passado a autarquia deu conhecimento da criação de uma nova equipa técnica de coordenação do projecto, liderada pela Universidade de Aveiro. Desde então têm sido realizados alguns momentos de inquérito e auscultação de grupos de interesse, como se pode constatar pela publicação de algumas notícias na comunicação social.
5. Passados alguns meses sobre o arranque dos trabalhos, existe a expectativa de que em breve possa decorrer um primeiro momento de debate público, com a participação de todos os cidadãos interessados e com os responsáveis técnicos e políticos do projecto.
6. Esse momento de debate é tanto mais importante quanto o facto de notícias recentes (‘Requalificação da Avenida vai rondar os quatro milhões’, Diário de Aveiro, 21 de Abril 2011 – notícia disponível em http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/644739.html; ‘A avenida mais criticada também é a mais estimada’, Público 1 Abril 2011) terem levantado algumas de dúvidas quanto à natureza da encomenda e seus objectivos (‘projecto de espaço público’ ou ‘plano(s) urbanístico(s)’?), área de intervenção (‘Avenida e envolvente imediata’ ou ‘Rossio/Avenida/envolvente Estação’?), metodologia e faseamento das actividades (‘projecto entregue em Agosto’ e ‘obra no último trimestre’) e momentos e carácter da participação pública (‘a CMA conta divulgar amplamente a intervenção’).
7. As dúvidas colocam-se, em particular, nos seguintes aspectos:
8. Algumas destas dúvidas foram já colocadas por alguns dos cidadãos auscultados no processo técnico de elaboração do ‘projecto de requalificação da Avenida’ e enviadas oportunamente à Presidência do Executivo Municipal.
9. A publicação destas dúvidas pretende dar um contributo para a reflexão técnica e política do processo e para o arranque do debate público sobre o futuro da Avenida Lourenço Peixinho, envolvendo todos os cidadãos e forças vivas da cidade.
[reflexão continua aqui https://www.facebook.com/home.php?sk=group_210534045644503 (Grupo Faceboook) e aqui https://groups.google.com/group/amigosdavenida (Mailing-lits)]
José Mota, Gil Moreira, Filipa Assis, Joaquim Pavão, Anabela Narciso, Tiago Castro, António Morais, Cristina Perestrelo, João Martins, Gaspar Pinto Monteiro
TESTEMUNHOS SOBRE AVENIDA (http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/).
Leia os contributos já recebidos (Artur Salvador, Manuel Cartaxo, Alberto Souto, Manuel Janicas, Joel José Ginga, Fernando Nogueira, Nuno Sousa, José Carlos Mota e João Martins)
http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/659524.html (AS)
http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/658263.html (MC)
http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/656413.html (AS)
http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/653222.html (MJ)
http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/652982.html (JJG)
http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/652224.html (FN)
http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/652010.html (NS)
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