Excerto do artigo de opinião de Miguel Pedro Araújo hoje publicado no DA. O artigo completo pode ser lido em http://debaixodosarcos.blogs.sapo.pt/464123.html
'O governo, em vez de criar mecanismos para uma fiscalização mais assertiva às finanças locais e para promover uma estruturação das contas municipais, limitou-se a impor um conjunto de contrapartidas e exigências para a atribuição do referido empréstimo que resultam no asfixiar e aniquilar do exercício de gestão e acção das autarquias junto dos seus munícipes e nos seus concelhos, no imediato.
É que as autarquias vão ter de inventar muitas formas e engenharias que permitam não só fazer face aos seus compromissos com os munícipes, mas também com as obrigações dos cumprimentos financeiros. E no caso de incumprimento destes o acordo permite ao governo a retenção imediata das transferências das verbas previstas no Orçamento de Estado.
Para além disso, e de um claro limite à liberdade e ao exercício legítimo do poder (anulação das providências cautelares que foram interpostas, por causa da retenção dos 5% do IMI), as autarquias terão, obrigatoriamente, que alienar património municipal e não poderão contratar novas parcerias público-privadas, o que representa uma óbvia limitação ao desenvolvimento municipal.
Mas não são apenas as autarquias a “sofrer” com esta medida proposta pelo governo. Há, no acordo assinado, claros aumentos encapotados de impostos para os munícipes, para além de todos os recentemente aplicados.
É que a celebração do empréstimo implica o aumento nos preços da água, saneamento e recolha de resíduos (aumento da facturação). E mais ainda… contrariando, por exemplo, o que sempre foi defendido pelo Executivo da Câmara Municipal de Aveiro (minimizar os impactos do IMI nos munícipes, promover a construção e a instalação de empresas no concelho, com a redução da taxa da Derrama), o empréstimo contratado implica, sem margem negocial, que as câmaras aumentem as taxas da derrama e do IMI para os valores máximos previsto nas lei. Para além de condicionar a acção da gestão das autarquias e revogar compromissos assumidos com os eleitores municipais (para além do governo manter a retenção de 5% deste imposto que é municipal), estas regras implicam um maior esforço de alguns cidadãos em relação às suas contribuições fiscais'
Muito preocupante.
JCM
[uma notícia muito preocupante...]
'Para acederem à linha de crédito de mil milhões de euros, as autarquias com problemas financeiros terão de encostar as taxas dos impostos municipais ao limite máximo. Na lista dos 10 municípios com maior divida há vários com uma derrama de IRC abaixo daquele teto, mas apenas três (Lisboa, Aveiro e Funchal) não cobram o IMI pelo valor mais elevado. Quem reside num destes concelhos pode, por isso, arriscar uma subida do IMI no próximo ano'
notícia JN
Consultando os dados recolhidos pela Joana Santos na sua Tese de Mestrado sobre 'Design de informação e intermodalidade nos transportes em Aveiro' (http://ria.ua.pt/bitstream/10773/1201/1/2010000426.pdf) é possível concluir que 'a oferta de parques pagos subterrâneos no centro de Aveiro ultrapassa os 2.500 lugares (Fórum, Marquês de Pombal, Manuel Firmino, entre outros), com uma taxa de ocupação de 27%', existindo por isso uma capacidade instalada não utilizada próxima dos 1.800 lugares.
Para além disso, a oferta de estacionamento da cidade é composta por um conjunto de zonas de estacionamento à superfície, umas pagas, outras não. No caso do estacionamento pago, e segundo o mesmo estudo, a taxa de ocupação situa-se acima dos 80%.
Do conjunto de zonas de estacionamento à superfície importa salientar que na Avenida Lourenço Peixinho estão disponíveis, segundo o estudo, cerca de 90 lugares e os dois maiores parques de estacionamento informais não pagos totalizam cerca de 750 lugares (Senhora dos Aflitos - 600 lugares; terreno próximo da Fábrica Campos - 150 lugares).
Tendo em conta esta informação, e a previsão de construção de um novo parque de estacionamento subterrâneo na Avenida (200 ou 400 lugares segundo Projeto Avenida), seria importante tentar perceber porque se justifica construir quatro novos parques de estacionamento quando os dados apresentados mostram que eles não são necessários, mesmo num contexto de manutenção da tendência de utilização do transporte individual, que não me parece ser a orientação defendida publicamente (em bem) pela autarquia (*). Ou estará a faltar-me algum dado?
JCM
(*)http://www.cm-aveiro.pt/www/Templates/TONewDetail.aspx?id_object=37489&indexnew=5
A interpelação cívica dos Amigosd'Avenida sobre a Política de Estacionamento (http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/754197.html) foi ontem enviada ao Sr. Presidente da CMA, Dr. Élio Maia, com uma solicitação para o lançamento de um amplo debate público sobre a matéria, antes da tomada de decisão da abertura do concurso de concessão do estacionamento. Aguarda-se a resposta.
A proposta da Câmara Municipal de Aveiro de criação de quatro novos parques de estacionamento subterrâneos e de concessionar o estacionamento da cidade por um período de sessenta anos, iniciativa com a qual a autarquia prevê gerar 50 milhões de euros de investimento, é uma proposta com profundas implicações no futuro da cidade.
Ao propor a criação de quatro parques de estacionamento subterrâneos a autarquia induz a utilização do transporte individual na deslocação para o centro, o que contradiz o que têm sido as orientações de promoção da mobilidade sustentável que a autarquia diz defender (*1) e que tem privilegiado no discurso sobre as intervenções mais recentes, em particular no Parque da Sustentabilidade, na Ponte Pedonal e no projecto Avenida, contrariando também os objectivos do Plano de Mobilidade que tem em execução (*2) e o que a literatura internacional sobre mobilidade urbana recomenda (*3).
Para além disso, existem dúvidas sobre a necessidade destes investimentos, quando se sabe que os vários parques de estacionamento da cidade têm taxas de ocupação baixas, e receios sobre as implicações da perda de receitas do estacionamento no funcionamento da MoveAveiro e do sistema de transportes colectivos.
Ao concessionar a operação por um prazo tão alargado numa área significativa da cidade, sem que se conheça qual o planeamento detalhado das intervenções e os seus fundamentos, existe o receio do que se esteja a tomar uma decisão precipitada que comprometa o futuro da cidade e das futuras gerações.
Por tudo isto, os Amigosd’Avenida vêm por este meio solicitar ao Executivo Municipal o lançamento de um debate público sobre esta matéria, apelando desde já à disponibilização prévia aos cidadãos da seguinte informação:
Amigosd’Avenida
(*1)
AVEIRO - UMA VISÃO INTEGRADA DA MOBILIDADE URBANA (CMA)
(site da CM Aveiro) 21 e 22 de Setembro de 2011
Perante os desafios ambientais e energéticos, procurar alternativas de mobilidade sustentável e activa exigirá uma profunda alteração do espaço público, elemento central do planeamento, palco da vida urbana e da integração social.
A cidade de Aveiro (Portugal), pelas suas características naturais e pelos projectos em curso, encontra-se bem posicionada para enfrentar os desafios da mobilidade urbana sustentável. Particularmente, Aveiro tem condições ímpares para o encorajamento dos modos activos de mobilidade (pedonal e ciclável), encontrando-se agora a desenvolver uma visão integrada da mobilidade de modo atingir uma maior eficiência no funcionamento da cidade, com redução de custos ambientais e financeiros e óbvias vantagens para a vida dos seus cidadãos e empresas.
(...)
'Da análise destes documentos, conclui-se ... que o pensamento estraégico aponta sempre para a diversificação dos modos nos movimentos pendulares, diminuindo a dependência do automóvel privado, e apostando no transporte coletivo e a promoção dos modos ativos'
http://www.cm-aveiro.pt/www/Templates/TONewDetail.aspx?id_object=37489&indexnew=5
(*2) http://www.noticiasdeaveiro.pt/pt/20279/camara-de-aveiro-coloca-em-marcha-plano-de-mobilidade/
(*3) http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/site/en/com/2007/com2007_0551en01.pdf
(documento da CMA)
21 Out 2010, 16:08
Arrancou hoje a elaboração do Plano Municipal de Mobilidade de Aveiro (PMMA) com uma reunião entre o vice-presidente da Câmara Carlos Santos e o representantes da empresa WAY2GO – Consultores Associados Lda. que foi escolhida após concurso.
O plano apresentado terá uma vigência de 10 anos e ambiciona "encontrar soluções sustentadas de transporte que viabilizem a adopção de políticas de gestão de mobilidade redutoras de hábitos de deslocação baseados no uso de automóvel".
http://www.noticiasdeaveiro.pt/pt/20279/camara-de-aveiro-coloca-em-marcha-plano-de-mobilidade/
(site da CM Aveiro) 24-05-2012
'A Câmara Municipal de Aveiro aprovou, por maioria, a abertura de um processo para concurso público para a constituição do direito de superfície para conceção, construção e exploração de quatro parques de estacionamento público no subsolo e concessão de exploração de um parque de estacionamento existente (Mercado Manuel Firmino) e lugares de estacionamento pago na via pública da cidade, nas zonas onde vierem a ser construídos os referidos parques'
http://www.cm-aveiro.pt/www/Templates/TNewDetail.aspx?id_object=38110&indexnew=0&totalnews=9
(site da CM Aveiro) 21 e 22 de Setembro de 2011
Perante os desafios ambientais e energéticos, procurar alternativas de mobilidade sustentável e activa exigirá uma profunda alteração do espaço público, elemento central do planeamento, palco da vida urbana e da integração social.
A cidade de Aveiro (Portugal), pelas suas características naturais e pelos projectos em curso, encontra-se bem posicionada para enfrentar os desafios da mobilidade urbana sustentável. Particularmente, Aveiro tem condições ímpares para o encorajamento dos modos activos de mobilidade (pedonal e ciclável), encontrando-se agora a desenvolver uma visão integrada da mobilidade de modo atingir uma maior eficiência no funcionamento da cidade, com redução de custos ambientais e financeiros e óbvias vantagens para a vida dos seus cidadãos e empresas.
(...)
'Da análise destes documentos, conclui-se ... que o pensamento estraégico aponta sempre para a diversificação dos modos nos movimentos pendulares, diminuindo a dependência do automóvel privado, e apostando no transporte coletivo e a promoção dos modos ativos'
http://www.cm-aveiro.pt/www/Templates/TONewDetail.aspx?id_object=37489&indexnew=5
Vamos construir colectivamente ideias para o Orçamento Participativo de Aveiro?
Têm de ser ideias para projectos de pequena dimensão, que não poderão ultrapassar os 50.000€.
Envie os seus comentários ou sugestões de novas ideias para aveiro2020@gmail.com.
Mais informações:
http://aveiro2020.blogs.sapo.pt/
https://www.facebook.com/groups/ideiaslowcostcidades/
https://www.facebook.com/opaveiro
É muito preocupante o ritmo a que estas novas 'lojas de penhores' se multiplicam no centro das nossas cidades. Tratam-se de ‘lojas’ muito estranhas pois não vendem mas compram, não sabemos bem a que preço. Longe de penhores discretos do passado, estes novos 'franchisings da desgraça' agridem a paisagem visual das cidades e ‘abusam’ de quem delas lamentavelmente precisa. Preocupa-me que nos comprem 'o ouro, as pratas e as jóias', mas entristece-me que nos comprem 'outros valores'. A quanto estará a cotação do orgulho ou da esperança?
JCM
[artigo publicado no Diário de Aveiro]
Aveiro e o Projecto para a Avenida, ou
“A Avenida amarrada em si”.
(comentário à proposta apresentada)
Depois de mais de dois anos de discussão à volta da necessidade de requalificar a Avenida Dr. Lourenço Peixinho em Aveiro, a Câmara Municipal apresentou a proposta desenvolvida pela equipa designada pela autarquia. Pelo seu significado na cidade e pela sua importância urbana, o projecto merece ser “desmontado”.
Quando Lourenço Peixinho imaginou a Avenida Central para ligar o novíssimo Caminho-de-ferro com a cidade, imaginou-a ligada ao futuro, imaginou-a ligada ao exterior, moderna e fluida, com um perfil largo capaz de atrair novos habitantes, comércio e vida.
Aveiro viveu bem com o perfil romântico da avenida, durante quase 100 anos. Mas a cidade cresceu, e a placa central já por demais “roída” não serve nem peões nem automóveis, desperdiçando espaço.
Num tempo em que as relações “em rede” estão mais presentes que nunca, a avenida quer continuar a fazer parte da contemporaneidade. A qualificação urbana só faz sentido se mantendo as qualidades do espaço onde se intervém, ainda se promovam outras. A avenida Dr. Lourenço Peixinho foi desenhada como corredor de ligação, primeiro com a cidade tradicional, mais recentemente com cidade contemporânea, dispersa a sudeste. Ambas construíram Aveiro.
É necessário que a avenida continue a ser um espaço de confluência, onde os usos “colidam” entre si para gerarem mais histórias e experiências. E que ela se torne um grande íman gerador de tensões produzindo mais vida urbana.
A proposta que foi apresentada prevê uma avenida rematada por duas “praças” tampão e um corredor rodoviário central, com uma faixa de rodagem em cada sentido. Propõe que a entrada na avenida apenas se possa fazer lateralmente e que os topos nascente e poente deixem de a ligar à cidade. Propõe aos futuros utilizadores um verdadeiro exercício de adivinhação: a nascente, o túnel rodoviário por baixo da estação deixará de dar entrada para a avenida e conduz a um parque de estacionamento enterrado do qual se sai pelo mesmo túnel. As “Pontes” deixam de dar acesso ao lado poente da avenida. Essa será uma avenida transformada em largo… Opções a fazer lembrar outros exercícios de inversão urbana, como foram os casos de Lisboa nos anos 80, quando a equipa do então presidente Engº Nuno Abecassis se lembrou de inventar “contra-sentidos” nas avenidas novas, gerando o caos, ou ainda quando se tentou transformar a Rua do Carmo numa grande esplanada…erros que a história das cidades se encarrega de corrigir, mas por vezes a preços demasiadamente elevados!
No desenho urbano, à forma corresponde um nome. Uma avenida não é um largo, uma rua não é uma praça, uma alameda não é um beco!
O que se apresenta seria a subversão da cidade enquanto estrutura construída.
Um projecto assim rígido seria contrário à cidade contemporânea flexível, miscigenada de usos e fluxos. Com a intensificação da mobilidade os lugares ganham múltiplas escalas, e isso é bom! Imaginar a avenida desligada, é esquecer que Aveiro vai muito para lá dela. E essa opção é contrária ao desígnio urbano: juntar para libertar. Com liberdade e segurança podemos ter conexão e igualdade. A avenida assim proposta tornaria a cidade injusta porque se isolaria, tornando-se exclusiva dos seus moradores rejeitando a cidade distante. Um enorme desperdício!
Pedonalizar da forma como o estudo o prevê (reduzindo o perfil rodoviário a uma faixa em cada sentido) significaria tornar mais difícil a vida de quem quotidianamente a utiliza para habitar ou trabalhar. A avenida não é só dos seus comerciantes ou moradores, também não se destina apenas aos turistas que procuram as suas esplanadas. Nenhuma rua, nenhuma avenida é só do seu bairro…
Seria muito mau formatar uma avenida contra a cidade, contra o plural e o colectivo. A cidade é sinónima de convivência, de tudo e de todos. Ninguém pode acreditar que seja possível substituir a Avenida por um anel de oito quilómetros de comprimento e dez rotundas que só funcionará apenas num sentido, porque o futuro nó da A25, junto à “Vitasal” apenas permitirá a saída da auto-estrada.
Lisboa não fechou a Avenida da República quando abriu o eixo norte/sul, o Porto não encerrou a Avenida da Boavista quando inaugurou a VCI, Braga não bloqueou a Avenida da Liberdade quando construiu a sua circular. E é de bloqueio que se trata a proposta apresentada, desenhando a avenida como um lugar de exclusão, com fronteiras intransponíveis a nascente e poente.
O modelo de crescimento de Aveiro assentou na auto-mobilização dos seus munícipes que se viram forçados a procurar a periferia da cidade. Com a dificuldade dos transportes públicos em conviverem com essa cidade dispersa, a condição periférica seria ainda mais penalizada afastando mais o centro. A acessibilidade da Avenida é parte da sua sustentabilidade! Não há Avenida se não se puder entrar nela! Restringir o uso da avenida desse modo pode significar a sua asfixia. A cidade deve viver como um todo, integrado. A Avenida foi desenhada para unir e não para separar. Resolver a Avenida com este modelo viário significaria transformar a Avenida numa fronteira que dividiria a cidade em dois (o norte e o sul)
Nenhum Aveirense quer a avenida como está, mas duvido que a queiram do avesso! A avenida não necessita de transformações violentas que a isolem, antes precisa de medidas mais amigáveis e sustentáveis que promovam a sua procura: diminuir a contribuição autárquica na área central da cidade, promover a flexibilização dos horários comerciais, aumentar os passeios retirando a faixa central e repondo arborização frondosa, seriam verdadeiras soluções: rápidas, eficazes e económicas. Custariam uma pequena fração do que propõe a equipa encontrada para o projecto.
E é de sustentabilidade que se trata, sustentabilidade financeira e sustentabilidade urbana. Mas ambas parecem estar fora das preocupações da actual Câmara quando promove e suporta um projecto desenvolvido em direcção oposta.
Ricardo Vieira de Melo,
Arquitecto, Professor Universitário
Pensar o futuro em 2020 - https://www.facebook.com/groups/ideiaslowcostcidades/
O futuro da Avenida - https://www.facebook.com/groups/avenidapeixinho/
Pensar o futuro do Bairro da Beira-mar - https://www.facebook.com/futurodobairrodaBeiramar
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Amigosd'Avenida - https://www.facebook.com/AmigosdAvenida.Aveiro
Ideias para o futuro
Park 2.0 - http://thecity2.org/ideaDetails.php?id=427
Edifício Manifesto 2.0 - http://thecity2.org/ideaDetails.php?id=348
A CMA tem em discussão pública uma proposta que prevê o alargamento do horário de funcionamento dos bares para as 4 da manhã durante todos os dias da semana (http://files.cm-aveiro.pt/XPQ5FaAXX31357aGdb9zMjjeZKU.pdf).
No âmbito dessa discussão pública surgiram várias preocupações, das quais retive as seguintes (para mais informação ver *1 e 2):
- as dificuldades de fiscalização e implicações já hoje existentes (lixo, destruição e vandalismo);
- o facto do horário proposto para os bares poder ser lesivo do devido descanso dos moradores (e lesiva de outras actividades similares, nomeadamente as discotecas);
- a circunstância dos preços baixos das bebidas e do tipo de álcool consumido poderem potenciar desavenças ou distúrbios pondo em causa a segurança;
Curiosamente estas afirmações corroboram o ‘Estudo da Cultura Recreativa como Instrumento de Prevenção’ realizado em várias cidades portuguesas, entre as quais Aveiro (* 3). O estudo, apresentado há um ano em Aveiro na Associação Comercial de Aveiro pela Plataforma Cidades, dinamizada pelo arquitecto Pompílio Souto, conclui o seguinte:
- Aumento de violência e distúrbios aos fins-de-semana e a partir das 4h da manha (…), em particular (…) em cidades sem transportes públicos nocturnos e com poucos os táxis (…).
- Aumento do ruído ao fim da noite com perturbação dos vizinhos (…)
- Aumento do tráfico de substâncias ilegais nas áreas estudadas
- Aumento da sinistralidade e internamentos hospitalares envolvendo jovens (noites de sexta-feira e sábado)
- Queixas generalizadas de falta de policiamento
Julgo que antes de se deliberar sobre o alargamento dos horários seria importante discutir que modelo de cultura recreativa nocturna queremos para a nossa cidade.
JCM
(*1)
(*2)
(http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N24470)
(*3)
http://plataformacidades.blogspot.pt/2011/07/estudo-da-cultura-recreativa-como.html
http://www.appsp.org/sites/appsp.org/files/084_Bloco3-MariaRosarioMendes.pdf
Porque não entra Aveiro no mapa?
JCM
Laboratórios Lugares Criativos (ADDICT)
Bragança (5 de Junho), São João da Madeira (12 de Junho), Santo Tirso (29 de Maio), Vila Nova de Cerveira (15 de Junho), Braga (data a confirmar) e Paredes (data a confirmar)
Mais informações: http://addict.pt/gca/index.php?id=303
Câmara quer extinguir escolas Homem Cristo e EB2,3 João Afonso (NA)
http://www.noticiasdeaveiro.pt/noticias/show.aspx?idcont=25271.
Seria muito importante que a autarquia divulgasse publicamente os estudos que justificam esta medida...
JCM
Manifesto Por uma Política de Animação e Qualificação do Espaço Público
página Facebook LINK
Manifesto produzido em 2009 pelos Amigosd'Avenida (https://www.facebook.com/AmigosdAvenida.Aveiro)
http://thecity2.org/ideaDetails.php?id=348
Iniciativa baseada no MANIFESTO POR UMA POLÍTICA DE ANIMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO produzido pelos Amigosd'Avenida e inspirada no Edifício-Manifesto (dinamizado pela Associação Renovar a Mouraria) onde se celebra um manifesto pela reabilitação urbana.
JCM
Projeto Base Avenida (Versão Preliminar) - 04.05.2012
http://www.cm-aveiro.pt/www/output_efile.aspx?id_file=34532&id_object=35283
Em resposta ao desafio do TEDx- Aveiro (https://www.facebook.com/events/145522548912359/) enviei duas propostas.
Proposta 1 - Edifício Manifesto 2.0
Resumo da ideia: A partir de um manifesto pela qualificação e animação da cidade (previamente concebido), produzir colectivamente o programa de um edifício a edificar ou reabilitar numa praça do centro da cidade e apoiar a sua construção.
Tarefas: Criar uma equipa multidisciplinar voluntária, envolvendo especialistas e cidadãos. Discutir o Manifesto com a comunidade local. Escolher a localização, desejavelmente um edifício/terreno público. Debater colectivamente o programa do edifício. Conceber o projecto. Mobilizar apoios e financiamentos para construção do edifício sem custos para o erário público (patrocínios e crowdfunding). Produzir um programa de gestão do edifício.
Proposta 2 - Parque 2.0
Resumo da ideia: Construir com competências locais (design e construção) um jardim e parque amovível que possa ser transportado e colocado em locais improváveis da cidade.
Tarefas: Criar uma equipa multidisciplinar em regime de voluntariado, juntando especialistas e cidadãos (futuros utentes). Identificar as peças que irão compor o Parque 2.0. Projectar o mobiliário necessário utilizando materiais resistentes, baratos e fáceis de transportar. Encontrar apoios para financiar a construção de três parques. Desenhar um programa itinerante para a colocação dos parques. Mobilizar os agentes culturais locais na animação do programa itinerante.
JCM
Queria deixar uma preocupação e um desafio.
Estão neste momento a decorrer diversas iniciativas que pretendem mobilizar os cidadãos a dar sugestões para a sua cidade – iniciativas municipais (Orçamento Participativo de Aveiro, Cá fora 2012 - ideias para o espaço público), associativas (Aveiro, Cidade 2.0) e cívicas (Aveiro 2020 e outras ainda embrionárias).
Temo que o resultado final destas várias interessantes iniciativas se traduza num somatório de ideias individuais e de esforços fragmentados, que poderão não gerar o entusiasmo ou mobilização necessários e que dificilmente contribuirão para capacitar os cidadãos a intervir de forma qualificada no futuro das suas comunidades.
Julgo que é importante fazer um esforço para que os protagonistas (promotores e participantes) se conheçam, conversem pessoalmente, troquem opiniões sobre as suas ideias, de forma a criar alguns consensos e, eventualmente, uma mobilização para a sua adequada operacionalização e concretização. Deixo aqui o desafio para que oportunamente se possa organizar tal encontro.
JCM
Gerar e Qualificar Ideias para o Orçamento Participativo de Aveiro
https://www.facebook.com/opaveiro
Até ao final do mês de Maio
'As inscrições para a segunda edição do Concurso de Ideias “Cá fora” estão abertas até ao dia 13 de julho'
http://www.cm-aveiro.pt/www/Templates/TONewDetail.aspx?id_object=37154&indexnew=3
'Vila Nova de Aveiro. formas urbanas reguladas'
Dissertação de Mestrado de Diana Vela Almeida
http://issuu.com/dianaveladealmeida/docs/vila_nova_de_aveiro.
Um belo Edifício-Manifesto na Mouraria ... também podia ser no 'edifício-vazio' da Praça Melo Freitas…
JCM
A minha Rua é pequenina. Como vive ao lado da ria tambem se chama Cais.
Num verão nasceram-lhe esplanadas nos passeios.
A minha Rua, fica num Bairro antigo, onde existe uma Capela.
Tambem existem espaços verdes que, por acaso, já foram muito mais verdes
Ao lado do meu Bairro ficava o Bairro da GulbenKian. Bastava subir ou descer uns degraus e mudávamos de Bairro.
Agora os Bairros ficam longe um do outro.
No meu Bairro ainda nos conhecemos pelo nome.
Porque é pequenino.
Como a minha Rua.
Envio fotografias para se situarem...
Um abraço
Teresa Castro
1-Esplanadas
2-Espaços verdes
2.1-Baixa de Santo António
2.2-Largo Conselheiro Queirós
3- Acesso entre os Bairros do Alboi e da Gulbenkian
4- Capela dos Santos Mártires
Aveiro, Cidade 2.0
Ponto 2 da ordem de trabalhos da Sessão Ordinária de Junho - 2.ª Reunião de 06-07-2011
Apresentação do projecto de intervenção para a Avenida Dr.º Lourenço Peixinho na Assembleia Municipal de Aveiro
(ACTA N.º 39 )
Vogal Paulo Anes (PPD/PSD) - Nos termos do n.º 2 do artigo 43.º do Regimento, requereu a sua transcrição em acta:026
“Gostava de partilhar algumas reflexões sobre o estudo aqui apresentado. Mesmo que divergentes sobre alguns aspectos, considerem-nas como contributo de sentido positivo nesta reflexão colectiva.
Não se trata de um juízo de valor sobre o trabalho até agora feito, porque o considero meritório na generalidade. Não é também uma apreciação técnica exaustiva, até porque não é este o palco e considero que os estudos apresentados ainda se encontram num estádio embrionário, por falta de clarificação de pormenor, e porque os conceitos ainda se encontram abertos, por isso, leva-nos também a uma crítica genérica.
Concordamos todos sobre a necessidade de se proceder à requalificação da Avenida Lourenço Peixinho.
No entanto, considero ser necessário procurar-se o verdadeiro equilíbrio entre o existente e as novas configurações de desenho urbano. A proposta deve ser ainda mais trabalhada e ponderada sobre vários espetos, garantindo-se um perfil e um desenho à escala humana, amigável, onde se garantam as circulações de pessoas e de veículos de forma harmoniosa e proporcional.
Não me parece que os sistemas viários preconizados nos estudos, especialmente nas articulações, nas ligações e desvios à malha viária imediata, parece-me sinuoso e poderá criar entropia mesmo ao nível da superestrutura de mobilidade.
Deve ser garantido o desejável equilíbrio, com circuitos viários, óbvios, e facilmente perceptíveis. Por outro lado parece ter-se preterido demasiado o papel do automóvel.
Toda na estrutura urbana nomeadamente de mobilidade vive umbilicalmente ligada ao grande eixo viário que é a avenida Lourenço Peixinho. Receio bem que qualquer proposta, qualquer estudo que desconsidere demasiado esta realidade e necessidade poderá bem vir a tornar-se uma verdadeira tormenta para os aveirenses.
Diz-me a experiência que, em urbanismo, quando as incisões e alterações são demasiado radicais e violentas ou não são exaustivamente amadurecidas e essencialmente testadas ou poderá causar danos irreversíveis. Digo irreversíveis, porque depois de executadas as obras que geralmente absorvem verbas avultadas dificilmente se podem reparar os danos sem que para tanto se volte a gastar muito dinheiro.
O Sr. Presidente da Câmara referiu e bem a natureza complexa subjacente ao trabalho em mãos. Sendo sempre importante relembrar o necessário investimento na prudência e na cautela.
Conheço vários casos Polis, cujas soluções passaram pela redução do espaço do automóvel. Os problemas e constrangimentos sentidos foram tantos e alguns tão graves que rapidamente tiveram de ser resolvidos, abandonado os estudos feitos de tráfego que lhe havia dado origem e optado antes pelo bom senso — bem se vê, houve a necessidade de devolver o espaço que indubitavelmente o carro tem na nossa vida.
Ouvi sempre com muita atenção o que os grandes mestres da arquitectura e do urbanismo sabiamente advogam. Uma lição que nunca esqueci vem do arquitecto Fernando Távora. Dizia ele por vezes: “quantos mais sinais de sentido proibido colocarem na cidade mais difícil é circular na cidade, mais voltas é preciso dar, mais gasolina temos de meter no carro, mais temos de nos consumir… deixem fluir os canais de circulação.”
Nos estudos urbanos em presença, é obsessivo o repúdio do automóvel!? Quando, de facto, todos precisamos e merecemos o automóvel. Não esqueçamos que quantas mais dificuldades criarmos à circulação do automóvel mais dificuldades estamos a criar a nós próprios, à cidade. Nós portugueses somos sempre exagerados, passamos facilmente do 80 para o 8 ou o inverso.
Criou-se a ideia generalizada de que o carro é um bicho. Como se esta tentativa de o diminuir no espaço urbano de Aveiro tivesse efeitos práticos favoráveis. Pelo contrário – no caso em apreço servirá apenas para inibir as pessoas de chegar à Avenida, logo cria ainda mais constrangimentos à vivência na Lourenço Peixinho.
Se pensarmos bem, Aveiro não tem problemas efectivos de trânsito. A mobilidade e o estacionamento no centro é relativamente fácil. Só quem nunca viveu no Porto, Lisboa ou outras cidades por esse mundo, é que não dá o verdadeiro valor da facilidade que os aveirenses têm de se deslocar do centro para a periferia e o contrario em 5 minutos apenas, mesmo em hora de ponta (se é que poderemos considerar haver horas de ponta em Aveiro).
Será porventura a EN 109 a artéria mais problemática, pela razão de má memória, que todos conhecemos - as portagens colocadas no perímetro urbano!?
A Lourenço Peixinho não pode deixar de ser um eixo franco de entrada e essencialmente de saída, atravessada pelas demais artérias transversais. Já que o mal está feito – o túnel, temos é de usufruir das mais-valias que trouxe. A avenida é por excelência a espinha dorsal de Aveiro e toda a malha urbana vive dessa irrigação quase que naturalmente. Negar ou desconsiderar demasiado esta evidência poderá ter efeitos bastante nefastos. É necessário apenas limar casos pontuais de conflito – alguns difíceis é certo.
Entendo, também, que é necessário reduzir a grande plataforma que hoje está afecta ao automóvel garantindo-se assim passeios com outra amplitude para circular e estar.
Caderno de encargos e preocupações dos Amigosd'Avenida com o projecto da Avenida
(http://www.slideshare.net/jcmota/avenida-loureno-peixinho-vf & http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/650669.html & http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/675830.html)
Arquitecto Paulo Anes “assustado” com proposta para a Avenida (DA)
http://www.diarioaveiro.pt/noticias/aveiro-arquitecto-paulo-anes-assustado-com-proposta-para-avenida
Use este site para observar as ruas da cidade de Aveiro através da ferramenta 'birds eye'
http://binged.it/InYkKt
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