A dinâmica de mobilização em torno da reflexão sobre o futuro da Avenida, que teve o seu pontapé de saída com a organização, pela CMA, de um Seminário no passado dias 6/7 de Novembro, teve repercussões em vários sectores da sociedade Aveirense.
Para além da mobilização de um conjunto de cidadãos, que sobre esta matéria têm manifestado opinião nos media, a Associação Comercial de Aveiro organizou um grupo de trabalho especificamente para reflectir sobre a Avenida e encomendou um estudo que pretende abordar "o espaço físico e outros factores que interferem na sua actividade".
Internamente, e de acordo com as palavras do seu Presidente, a autarquia encontra-se a reflectir com "prudência e a recolher o máximo de contributos da população, antes de tomar decisões que podem ser irreversíveis". É uma decisão sensata. Todos os processos de transformação deverão ser pensados com cautela e bem fundamentados.
Contudo, existe o risco (de que a notícia do JN dá eco) de se instalar a ideia de que a intervenção só vai começar a produzir resultados em 2010. E o de que os resultados são, sobretudo, de natureza física – "a obra".
A avenida precisa mais do que pequenas "intervenções pontuais de manutenção das árvores e dos passeios e de limpeza". Mas também precisa mais do que um projecto urbanístico. Precisa, sobretudo, de encontrar um modelo funcional e conceptual – onde se equacionem os diferentes usos possíveis (comércio, cultura, tecnologias…), um modelo de gestão partilhada (articulando os diferentes agentes – comerciantes, agentes culturais e autarquia) e uma metodologia para atrair os investimentos e os projectos âncora que a poderão ajudar a transformar-se (novamente) num espaço de referência da cidade.
Muita desta reflexão pode já começar a ser feita (por ex, sentando os agentes à mesa) e a produzir alguns resultados. Não será ainda "a obra", mas serão, porventura, os alicerces fundamentais para que a obra a fazer seja a mais adequada!
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