Terra dos Sonhos é o mais recente projecto da empresa municipal Feira Viva, dirigida por Paulo Sérgio Pais. A quinta do castelo é por estes dias um mundo mágico, para miúdos e graúdos, Notícia Público
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A Terra dos Sonhos pretende que mais novos e menos novos partilhem situações que não acontecem no dia-a-dia. É com encanto que se pode subir a uma gruta ou bater à porta do Pai Natal. E, à volta, vivem todos os sonhos. Na quinta do Castelo, espaço idílico, está a casa dos anões, do Capuchinho Vermelho, a carpintaria de sonhos. Um universo de magia com um aspecto fundamental: permitir ao visitante entrar nos sonhos e fazer parte deles.
A Terra dos Sonhos é uma procura de diferença, uma procura arriscada numa época arriscada. Mas acreditamos que, com o know-how acumulado, conseguimos criar essa dinâmica de qualidade nos projectos que desenvolvemos. Pretendemos posicionar Santa Maria da Feira de forma mais regular durante o ano, em termos de notoriedade. Depois de o Imaginarius [Festival Internacional de Teatro de Rua] ganhar uma enorme visibilidade como produto de altíssima qualidade, de a Viagem Medieval se ter tornado um ícone da Feira e uma referência nacional, sentimos necessidade de criar algo no último trimestre que tivesse a dignidade dos outros projectos. Acreditamos que há conteúdos apetecíveis e uma mobilização natural para os receber.
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E apostaram na "prata da casa". Contrataram professores e companhias do concelho.
Neste momento, duas escolas do concelho têm mais de 100 alunos inscritos nos cursos de Animação Sociocultural. É um dos resultados do processo que se foi desenvolvendo ao longo dos anos. É o que, com algum prazer, denominamos "geração Imaginarius", "geração Viagem Medieval". Hoje somos surpreendidos com iniciativas que nada têm a ver com a Feira Viva, com a câmara municipal.
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Que impacto é que as actividades culturais e desportivas, como o 24 Horas a Nadar, que foi para o Guinness, têm a nível social, cultural e económico?
Com o 24 Horas a Nadar pretendemos mostrar que as piscinas não são apenas para nadar para trás e para a frente. Hoje temos 700 pessoas na hidroginástica. Na parte cultural, temos uma população que cresceu, que começou a ver o Imaginarius com 15 anos. Tentamos, em todas as iniciativas, trabalhar com o projecto "envolver", que significa não ser visitante, mas participante. Só assim se explica que mais de mil senhoras, de forma voluntária e empreendedora, se dispusessem a fazer uma colcha para colocar na Ponte de D. Luís, no Porto, e mais de mil pessoas se disponibilizassem a participar no cortejo da Viagem Medieval.
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A crise não impede a Feira de apostar na cultura?
A Feira não é um oásis. A cultura desenvolveu uma economia local com algum significado, a nível da hotelaria e restauração. Recentemente, aderimos à Agência das Indústrias Criativas, porque acreditamos que é possível transformar a dinâmica local numa indústria criativa, numa indústria que produza retornos. E, cada vez mais, há capacidade de exportamos para outras realidades o know-how e todo o trabalho que tem sido desenvolvido.
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