contributo cívico (o que os cidadãos querem para a sua cidade)
'Sou um cidadão de Aveiro, que reside no Bairro do Liceu e que costuma usar a bicicleta como meio de transporte para ir para o trabalho, que fica na zona Industrial de Aveiro, em Esgueira.
O caminho que percorro diariamente está direccionado para o trafego automovel, havendo poucas ou nenhumas condições para eu, bem como a população de Aveiro e arredores que trabalha na Zona Industrial, se deslocarem para os respectivos locais de trabalho usando como meio de transporte a bicicleta.
Sugiro que se fizesse uma rede de pistas de bicicleta em Aveiro que cubrisse não apenas os pontos turísticos, mas também os locais de habitação, comércio e trabalho, no sentido de incentivar o uso da
bicicleta como meio mais ecológico, mais saudável e alternativo ao automóvel. A rede seria constituída por pistas bem visíveis e diferenciadas das zonas pedonais e tráfego automóvel. Nas zonas de cruzamento das pistas de bicicleta com o tráfego automóvel, haveria sinalização luminosa ou placas de perigo/prioridade bem visíveis, bem como, se necessário, lombas de desaceleração para os automóveis para evitar acidentes durante o contacto do trânsito automóvel com as bicicletas.
Outro ponto que penso que deverá ser corrigido em Aveiro:
Nos últimos anos/última década tem-se vindo a observar uma clara predominância do betão em detrimento dos espaços verdes.
Veja-se o caso da zona perto da igreja da Sé. Antigamente a Avenida 5 de Outubro era arborizada, e ia dar á ponte de pau. O trânsito fluia com facilidade, e se se quizesse ir, por exemplo até ao
mercado de bicicleta, não era preciso de dar as voltas todas que se dão hoje. Isto é, o viaduto e a ponte nesta zona são um complecto desperdicio de dinheiro, um convite aos aceleras (criou-se uma autoestrada no meio da cidade, tendo havido já alguns atropelamentos), e afinal de contas, o transito acabou por ficar mais complicado. Antigamente tinhamos as árvores, o transito a fluir de maneira simples, e umas casas e bairros pacatos, com comércio tradicional (lembro-me da tasca da D. Luz ou da Mercearia que existia na R. do Rato), que foi tudo destruido em detrimento do betão e do automóvel. Antes podia ir brincar para a rua e não havia tantos perigos devido ao tráfego automóvel, porque também haviam menos carros. Agora a tendência é as crianças não poderem brincar na rua, porque é perigoso, podem ser atropeladas...claro, a tendência é "chamar" mais carros para dentro da cidade criando vias mais largas e trânsito mais complicado que obrigue os carros a circular por toda a cidade, em vez de se tirar o trânsito do meio da cidade...não é fazendo "autoestradas" ou parques de estacionamento no centro que se melhora a qualidade de vida. É fazendo parques de estacionamento na periferia das cidades (afinal já temos parques subutilizados no centro, não serão precisos mais), e associar uma rede de transportes públicos eficiente e uma rede de ciclovias que leve as pessoas para o centro. Tem-se é que limitar o estacionamento e a circulação automóvel para o centro da cidade.
Veja-se aquele prédio em frente à rotunda por trás do CC Oita (que tem o centro de cirurgia plástica)- desumanização total do tecido urbano em detrimento de blocos de cimento com voluemtrias exageradas e feias; o bairro da forca, cada prédio tenta ser mais esquisito que outro, as ruas não estão arborizadas, os prédios literalmente uns em cima dos outros, etc. Ou as Barrocas. Parece que não há um critério urbanístico e arquitectonico. É ver quem consegue ser mais ousado, no pior sentido da palavra. Os acabamentos dos arruamentos e prédios também são muito fracos.
Veja-se o parque de estacionamento em frente à policia de Aveiro: aquilo é um deserto de "betão"!!! Não há sombra, não há árvores, não há verde...e não digam que é impossivel ou dificil, porque, por exemplo no Porto, a praça Carlos Alberto, perto dos Leões, também tem um parque de estacionamento subterrêneo e souberam manter a traça e o jardim. Já vi fotos de como era esta zona, em Aveiro, de antigamente: antes tinha um verdadeiro jardim, agora, tem uns vasitos com umas poucas plantas e "betão" à volta.
O que aconteceu ao empreiteiro/arquitecto/responsável pela destruição da casa que fica no seguimento do Oita, na Avenida Dr. Lourenço Peixinho? E ao que destruiu a garagem Trindade, que era a sede do Beira Mar, por detrás da Capitania (aquele shopping center, se é que se pode chamar isto, é uma vergonha para os urbanistas de Aveiro)?
O que eu sugiro? Melhor, o meu sonho qual seria, visto que isto seria economicamente, politicamente (lobbys do betão, falta de formação e educação civica do povo em geral (basta ver que a Fátima Felgueiras vai ser reeleita), etc.)?
Voltar ao passado, e em vez de construir mais betão desordenado e sem árvores, destruir (demolir) os mamarrachos (prédio frente Oita, edificio por trás capitania, maior parte da forca, viaduto do bairro do liceu, etc para reconstruir o que havia de bonito antes (casas arte nova, bairros com comércio tradidional, árvores) ou construir de forma humanizada, com regras arquitectonicas (x números de andares, não usar determinados materiais, ou volumetrias, espaço entre prédios, arruamentos, etc) e não deixar em qualquer arquitecto, urbanista ou decisor o destino estetico/urbanistico de Aveiro.
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