Q1 Amigosd'Avenida/Diário de Aveiro
É importante que os cidadãos conheçam as prioridades da autarquia para os próximos quatros anos. Nesse sentido, gostaríamos de saber: Qual é a área de actuação que elege como prioritária para o município de Aveiro? Porque razão foi escolhida? Os cidadãos e os agentes foram ouvidos na sua formulação? Se sim, como?
António Moreira
A CDU não elege apenas uma área de actuação para os próximos 4 anos; elege uma gestão integrada e inter sectorial dos vários serviços camarários, no sentido de optimizar a respostas aos diversos problemas deste concelho.
Teremos de responder eficazmente ao problema financeiro, renegociando o empréstimo com a CGD, transformando-o em empréstimo de médio/longo prazo com taxa de juro minorada. Ao mesmo tempo enfrentaremos a reestruturação dos Serviços camarários, na sua componente interna e externa: reorganização dos serviços, sem redução de pessoal, utilizando-o na perspectiva de redução de despesas que existiriam com a utilização de serviços externos.
A vertente estratégica aos vários níveis de actuação da autarquia, não pode ficar condicionada à questão financeira. Compete à autarquia dinamizar e fomentar a interacção dos diversos actores do concelho para uma melhoria significativa da oferta, da sua qualidade e diversificação.
Q2
O Orçamento Municipal dedica, no presente ano, cerca de 1, 3 milhões euros do seu investimento para a Cultura, cerca de 1,6% do total. Qual é o compromisso que assume relativamente à parte do orçamento que pretende afectar à Cultura? Porque razão? Quais as principais áreas de actuação neste domínio?
António Moreira
A CDU entende que a autarquia, deve ir muito mais além que um agente divulgador de cultura.
Deve ser uma agente dinamizador na exposição e produção de cultura e educação cultural, nas suas diversas áreas de expressão.
Devemos trabalhar em conjunto com as mais diversas instituições e associações culturais do concelho e dos concelhos próximos, no sentido de articular programas contínuos de oferta cultural,coordenação de ocupação de espaço para a produção artística e divulgação eficaz da oferta cultural mobilizando os públicos mais diversificados.
Temos que saber preservar as nossas raízes culturais e fazer chegar às pessoas essa mesma identidade.
A perspectiva acima enunciada tem que se fundamentar numa análise e levantamento do trabalho a fazer, para se justificar a verba a disponibilizar. No entanto1,6% do total do orçamento é demasiado escasso para esta área. Mesmo tendo em conta a necessidade de interacção com outros sectores de acção autárquica, como por exemplo a disponibilidade de transportes coordenados com as acções culturais.
Q3
A Avenida Lourenço Peixinho foi identificada como uma das unidades territoriais mais problemáticas da cidade, em particular no que concerne ao problema dos edifícios devolutos. Como avalia o problema? Que ideias tem para o resolver? Que meios pretende mobilizar?
António Moreira
A Avenida Lourenço Peixinho tem que merecer uma atenção e um estudo muito cuidado. Trata-se – ou dever-se-ia tratar - do nosso principal eixo de desenvolvimento da cidade de Aveiro. Foi ao longo dos anos desvirtuado na sua função: de artéria de interacção social, passou para local de serviços, sendo agora espaço/canal de circulação viária.
Na resolução das questões da reabilitação urbana, importantíssimas nesta unidade territorial, temos que resolver os problemas de falta de identidade, o problema do comércio e a desertificação do parque habitacional.
Trata-se de um conjunto de problemas complexos que requerem uma análise cuidada por parte dos diversos agentes, sem esquecer a audição e participação da população.
Temos que ter uma acção concertada na reabilitação urbana, na criação de novas sinergias de inter-acção social dos espaços públicos existentes, na definição de regras para o problema do trânsito.
A Avenida com os seus diversos elementos que a compõem, é um factor de diferenciação e de vantagens múltiplas que carece de medidas concretas, não casuístas, e integradas numa vertente estratégica.
Q4
Os Amigosd’Avenida identificaram a qualificação e animação do espaço público como uma das dimensões de política pública local mais importante, tendo promovido, nesse âmbito, um Manifesto. Conhece o manifesto? Concorda com os seus princípios? Já o assinou? Pretende implementá-lo? Como?
António Moreira
Sim conheço o manifesto dos Amigos d'Avenida e a CDU identifica-se com os pressupostos do mesmo, no sentido em que defendemos o espaço público como o principal meio de interacção social, potenciador de sinergias e ambiência urbana. Devemos valorizar e fomentar na nossa sociedade actual, novamente, o usufruto de parques urbanos, jardins, praças, ruas, canais da ria e, para tal, temos que voltar a trazer vida para os mesmos, com um conjunto de iniciativas culturais, desportivas e de lazer. Queremos uma autarquia criadora de processos de inovação nesta área. Entende-se inovação a utilização de meios que coloquem agentes culturais, desportivos, empresas e autarquia a interagir.
Q5
A necessidade de encontrar uma 'plataforma de articulação dos agentes culturais e criativos da cidade' foi uma das conclusões das actividade que ajudámos a organizar nesta ano em que a cidade comemorou 250 anos. Concorda com esta ideia? Qual o papel que a autarquia deve ter neste sentido? Que meios está disposto a mobilizar para o efeito?
António Moreira
A criação de uma Net work entre a autarquia, agentes culturais, desportivos e empresas que pretendam colaborar na dinamização desta ideia: Aveiro cidade Viva, Aveiro cidade para ser Vivida. Esta rede servirá para troca de ideias, experiências e coordenará acções a serem levadas a cabo por forma a que tenhamos uma oferta cultural continua e sistémica, disponibilizando cultura ou promovendo a criação da mesma em work shops ao ar livre, em parceiras com escolas, centro de dia, IPSS, etc.
Q6
A Ria de Aveiro é um espaço de eleição, de elevada qualidade ambiental, elemento de ligação entre os vários municípios ribeirinhos, mas, infelizmente, um espaço desaproveitado do ponto de vista funcional, cultural e turístico. Como avalia a situação? E o que pretende fazer para inverter o problema?
António Moreira
A Ria de Aveiro e todas as suas potencialidades tem sido mal exploradas. Embora sejamos um concelho com uma grande área constituída pela laguna de Aveiro e no entanto fomos incapazes de virar a cidade para a Ria. Não conseguimos coordenar esforços inter municipais para a gestão deste ecossistema, nem conseguimos em termos locais tirar as mais valias que podemos tirar.
É preciso reabilitar as actividades tradicionais, de grande utilidade na preservação do equilíbrio da laguna, bem como recorrer à investigação cientifica apurando quais as actividades que constituem alternativa real ao sal, atendendo ao binómio desenvolvimento-ambiente.
Outro aspecto é a reabilitação da frente ribeirinha na sua vertente urbana, cultural e desportiva fundamental para que se ganhe novamente vida na Ria de Aveiro.
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