contributos dos Amigosd'Avenida
Num habitual sábado – burguês, admito – gosto de comprar um semanário e passear na cidade..... Parar num qualquer café onde posso ler algumas colunas de opinião do meu semanário, peregrinar pelas montras do comércio tradicional e ... parando nos parques infantis ... Aveiro, não me permite isto, a não ser que goste de ir às Glicínias ou ao Fórum; não há espaço para andar a pé num ambiente urbano, verde, cultural e comercial!
Quais os cafés do costume? Como se ligam os espaços verdes e as áreas de acesso exclusivamente pedonal? Qual a oferta de parques infantis? Isto dos parques infantis pode parecer prosaico, mas os pais sabem do que estou a falar.
A vida nocturna até é razoável, mas para uma família que vem de fora, sem parentes onde deixar os pequenos, as incursões pela noite são poucas. De qualquer forma, falta sofisticação. É uma pena, que não se organize um bom clube de Jazz, tendo a universidade de Aveiro tanta actividade nesta área; veja-se o docente “guru” do Jazz em Portugal, José Duarte.
“Viver a cidade” é fundamental para desenvolvermos o sentido de pertença, mas Aveiro não nos proporciona esse sentido. Há que desenvolver a “urbanidade”, na vida diurna do fim de semana; tudo pode começar por aí. É muito mais difícil que os marcos históricos e as referências patrimoniais sejam instrumentos de integração cultural e social; isso vem depois.
O espaço urbano, verde, cultural, comercial e até religioso, deve ser uma teia que permita às pessoas viver a cidade como um todo e experimentar esse todo ao virar da esquina.
Joaquim Macedo de Sousa
De
Jorge a 8 de Janeiro de 2009 às 11:45
Concordo que muito há para fazer pela cidade para que fique como todos gostaríamos. A Avenida tem imenso potencial, esperemos que venha um dia a ser bem aproveitado. O Cais da Fonte Nova também tinha, mas a pressão imobiliária está a levar a melhor.
Não sou de Aveiro, e ainda "vivo a cidade" há pouco tempo, mas gosto de me sentir integrado na comunidade, e nesse aspecto Aveiro apresenta-se razoavelmente acolhedora.
Concordo também que o espaço urbano acolhedor deveria ser um todo. Nesse aspecto, Aveiro proporciona-nos apenas um conjunto de espaços dispersos. Não é perfeito, mas já é melhor do que a maioria das cidades em que vivi ou visitei.
Gosto do canal de S. Roque, do Rossio, das Praças da Republica e Marquês de Pombal, do Cais da Fonte Nova, o Jardim D.Pedro V, e outras zonas pedonais. E isto leva-me de encontro ao que eu penso ser o pior dos inimigos da cidade. Acho que estes espaços apenas estão dispersos, porque estão rasgados por vias de circulação intensa de automóveis. Retire-se a maioria do transito, corrija-se a descontinuidade e dispersão de passadeiras, reduza-se os longos períodos de espera nos semáforos para peões, e vejamos se a cidade não se transforma aos nossos olhos.
Caros Amigos e Caro Macedo e Sousa,
Não concordo consigo no que respeita quer ao passeio quer ao "café"...
Se bem que o Trianon desapareceu, Aveiro continua a ter espaço de tertúlia e alguns grupos conhecidos. O mais tradicional Zig Zag é um bom exemplo: os sábados de manhã, que cumpro religiosamente sempre que posso, dá para notar isso: são as mesmas caras, com os sacos de plástico abertos e mais de dez conhecidos e indefectiveis. .
Mais recentemente, pelo que ouço, o Cafeina também costuma ter o seu grupo de fieis... e diariamente, sei de outros espaços que costumam manter o hábito sistémico do cafe e do jornal: seja junto ao Museu, seja no Palácio...
Um abraço
Joao Oliveira
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