'Aveiro é uma cidade nova.
Tem pouco tempo como tal.
Certamente por essa razão, a minha cidade não tem grandes monumentos, palacetes ou castelos. Possui várias igrejas, o museu em cuja capela reponsam os restos de Sta Joana; os edifícios da Escola Sec Homem Cristo, da Sta Casa da Misericórdia e o da CMAveiro, com torre sineira, onde durante muitos anos, quase todos os serviços camarários funcionaram e várias casas construidas durante o período da Arte Nova. Tem outras construções diferentes e interessantes, mas todas (ou quase?) do início do sécXX. Atenção, que a ideia não é fazer um inventário do que existe ou da data exacta em que foi construído.
A ideia é chamar a atenção que como cidade nova, o muito que existe na cidade de antigo, é novo: a Avenida Dr Lourenço Peixinho, a "Capitania", o Parque D. Pedro, o Largo do Alboi, as"Pontes", etc, etc.
É pois necessário fazer um exercício de reflexão sobre as intervenções a fazer nesta nossa cidade tão nova. É que, não havendo sensibilidade, pode descaracterizar-se completamente.
Aveiro também já foi muralhada! E o que sucedeu aos restos das muralhas da cidade, em nome da evolução, todos os aveirenses sabem. E hoje nada resta. Nem sequer um indicador que referencie a zona das portas da cidade.
Eu quero a minha cidade melhor, mas quero-A com identidade. Podem acabar-se com as àrvores na Avenida, com o Largo do Alboi...
Depois pode até pensar-se... sei lá!... em aterrar as salinas...'
Teresa Castro
(respigos da mailing-list dos Amigosd'Avenida -
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