'Não seria grave, este facto de sermos brindados com mais uma notícia de abate, em Aveiro, se ao abate não sucedesse, como regra geral acontece, a total ausência de acção reparadora. Será que vamos, mais uma vez, assistir impávidos ao abate, sem quaisquer garantias ou planeamento credível de uma replantação, que permita sustentar a condição urbana de “boulevard” que a Lourenço Peixinho sustentou ao longo de exactamente 100 anos, e que seguramente merece manter, para regozijo e deleite de todos os aveirenses? Será que este abate, porventura bem justificado tecnicamente, não poderia aguardar uma proposta credível de plantação adequada? No fundo, os choupos podem cair, mas se a edilidade quiser, o estudo de intervenção completo não precisa de demorar tanto quanto a ocorrência da próxima queda, por razões naturais… Ou será que só se sabe e pode antecipar o acidente, e nunca o projecto e a intervenção reparadora? ‘ J.P.C.
'Acho que sim, apoio a intervenção! São árvores doentes, escurecem a avenida, para além de colocar a segurança e saúde publica em causa! ‘ A.
'Não sou especialista em botânica, mas há cerca de 6 meses foi cortada uma das árvores junto da praça de táxis no início da Avenida e continua lá apenas o cepo cortado. Ou seja, não me parece que tenha sido replantada qualquer árvore'. G.
'Veja-se o exemplo de algumas câmaras vizinhas (como Estarreja e Murtosa) que têm apostado bastante nas áreas de natureza, com excelentes percursos pedestres e ciclovias junto da Ria e zonas envolventes, jardins e praças ajardinadas'. P.M.
'É tudo uma questão de estratégia, contexto e em última análise de ....Planeamento e Gestão Urbanística (o que é isso?). O problema não é o abate mas a falta de contexto (ou o problema do contexto escondido), a falta de estratégia (sobretudo a explicada aos cidadãos, um problema de tipo semelhante) e do resto já nem me atrevo a comentar. Seria deselegante. Afinal são governantes democraticamente eleitos e eu acredito na democracia e na capacidade das pessoas que desempenham cargos de tanta responsabilidade. No entanto, penso logo na Praça da Republica e arrepio-me. Com as arvores desapareceu um espaço de magnifica identidade no contexto da cidade de Aveiro sem nada que as substitua (nem ao desenho urbano que pontuavam) no que ao convívio urbano diz respeito, no que aos percursos pedonais e locais de estar diz respeito. Pronto, claro, temos a extrema funcionalidade do Parque de estacionamento e temos as (já tão famosas) esplanadas. Tal como no resto do mundo'. ANR
'O corte de árvores vai, naturalmente, levar as pessoas a questionarem-se e não obterem respostas senão pelo avanço das obras. Mas, mais perverso ainda, é o poder local incutir e vincar a ideia de que os munícipes não têm que se manifestar. É claro que as árvores não têm nada um ar saudável, e isso dará a tranquilidade de que esta é uma decisão necessária sobre a qual não há nada a dizer. Irá parecer uma decisão lógica que a Câmara tomou. Agora, o que as pessoas não sabem, é que existe um plano de intervenção para a Avenida e que este abate de árvores vai condicionar esse mesmo plano. Mais uma vez esse plano deveria ser tornado público, mais do que propriamente a fundamentação do que leva a abater as árvores, o que parece aos olhos leigos de que é uma mal necessário. Eu, como cidadã do município, gostaria de conhecer esse plano que nem sabia que existia. Esta poderia ser uma oportunidade para chamar a atenção de que ele existe (existe?) e que esta acção poderá estar a ser um decisão avulsa, não devidamente enquadrada na definição do futuro da cidade'. F.A.
(respigos da mailing-list dos Amigosd'Avenida - http://groups.google.pt/group/amigosdavenida )
Que rica é a cidade que tem cidadãos que discutem assim a sua cidade!
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