http://www.noticiasdeaveiro.pt/noticias/show.aspx?idcont=19949'Técnicos que colaboraram no Programa Polis de Aveiro estranham as pretensões da Câmara ao rever o plano de urbanização que esteve na sua base.
"Perdeu-se energia, é evidente, e a capacidade técnica de ver mais além", alertou Luís Viegas, um dos elementos da equipa que elaborou o Plano de Urbanização Polis Aveiro (PUPA) aprovado em Março de 2004.
O arquitecto mostrou-se também surpreendido com "um certo pânico" demonstrado pela actual Câmara ao assumir a necessidade de mexer na proposta para entrada na cidade / ligação à A25, propondo a ponte pedonal no canal central "que liga nada a terra de ninguém".
Reparos críticos ouvidos durante um debate organizado pelo PS concelhio que contou ainda com Matos Rodrigues. O ex-director do Polis Aveiro, espera que a revisão em curso "não altere a estratégia traçada" considerada "essencial para a sustentabilidade" da cidade.
A alteração do que era previsto para o parque central da cidade levou a recomendou que se respeite um princípio estabelecido no PUPA, que evitaria "uma lógica não dependente exclusivamente da construção".
Do público surgiu a questão do momento e propósito da alteração, colocando a hipótese de servir para "encaixar" o polémico atravessamento pedonal no canal central.
Para Matos Rodrigues, independentemente do financiamento aprovado para a obra, através do programa de regeneração urbana, o projecto "tem de estar conforme com o plano", o que "claramente" não sucede.
O arquitecto Pompílio Souto estranhou a Câmara "deixar de fora da dimensão estratégica" aspectos como "o papel" do futuro Parque de Ciência e Inovação, "que parece ser só de Ílhavo" e, por arrasto, a requalifcação da Rua da Pega, bem como a "hipótese a colocar" do novo hospital na extensão do actual'.