Quarta-feira, 22 de Setembro de 2010
A Rosa Pinho, Bióloga da Universidade de Aveiro, recebeu o seguinte esclarecimento por parte da Associação Árvores de Portugal:
Por princípio, a Árvores de Portugal tem dificuldades em contra-argumentar, passe a redundância, contra o argumento de que as árvores estão "doentes".
Em primeiro lugar, não somos especialistas na matéria e, ainda que pudéssemos emitir um parecer, não conhecemos, à distância, os espécimes em causa.
O nosso apelo é no sentido que os cidadãos de Aveiro pressionem a câmara, no sentido de esta tornar público o estudo técnico que, supostamente, cauciona a decisão tomada de abater as árvores. Deste modo, poderá compreender-se se existem, e quais são, os fundamentos para essa decisão.
Poderá mesmo haver motivos que justifiquem uma segunda opinião, por parte de outros técnicos.
Não terá a Universidade de Aveiro, por exemplo, no caso de serem mencionados no dito relatório problemas como podridões de origem fúngica, uma palavra a dizer? Para confirmar, ou não, as ditas infecções ou outros problemas de fitopatologia?!
Se a Câmara de Aveiro (CA) não prestar mais esclarecimentos públicos, se não divulgar esse relatório, se não permitir que os autores do mesmo possam fazer uma sessão pública para esclarecer qualquer dúvida sobre o estado fiossanitário das árvores, então...Então, a Árvores de Portugal terá que admitir que existem sérios motivos para duvidar da decisão tomada.
Cumprimentos.
Associação Árvores de Portugal
P.S. - Conheço bem Aveiro e a avenida em causa. Sei bem que estas árvores têm um valor paisagístico que não pode ser ignorado.
Por mais que existam problemas com os ditos choupos, a CA terá sempre culpas às quais não pode fugir:
a) Em primeiro lugar, por não ter sabido evitar este desfecho. As árvores não adoecem de um dia para o outro e, provavelmente, poderiam ter sido tomadas medidas que evitassem este desfecho.
b) Por outro lado, a CA parece não perceber a importância que estas árvores têm para a cidade e seus habitantes, não prestando os esclarecimentos necessários e, na eventualidade da irreversibilidade deste desfecho, não preparando as pessoas para o desaparecimento destes choupos."
Associação Árvores de Portugal