'Aproveito a merecida atenção que a Avenida Dr. Lourenço Peixinho as suas árvores e o seu futuro estão a ter, para chamar a atenção ao que se está a passar na A25, às portas de Aveiro.
A Ascendi, concessionária daquela auto-estrada celebrou um contrato de manutenção dos seus espaços verdes com outra empresa que está agora (leia-se: desde há alguns meses) a fazer a referida manutenção. Tudo seria louvável se a referida manutenção o fosse na realidade. O que se passa, na verdade, é a desmatação e destruição total de toda a vegetação que ladeia aquela auto-estrada, desde o Estádio até ao canal das Pirâmides.
Ao que me foi informado, telefonicamente, pela própria empresa, também a vegetação que protege o parque de São Roque, nomeadamente quando a A25 quase encosta ao canal de São Roque, será totalmente "limpa" - ou seja destruída!
Como resultado desta operação de "limpeza", podemos ver agora todos os anexos vizinhos da auto-estrada, ver os reclamos do Feira Nova (actual Pingo Doce), e, sobretudo, ter um ruído maior desde aquela via.
Sabe-se que a protecção acústica feita por espécies arbóreas é a única aceitável porquanto sendo a mais eficaz, embeleza as margens das auto-estradas, protege o solo da erosão, limita a emissão de gases e, sobretudo, permite algum silêncio nas suas margens. Com estas medidas “limpas”, é a qualidade de vida das populações vizinhas destas vias que está em causa!
Os limites arborizados de uma infra-estrutura desta natureza são da responsabilidade da sua concessionária, mas são também espaço público e, como tal, deveriam ser preservadas e qualificadas como parte integrante da paisagem e do bem comum.
Estou curioso para ver quem vai usar o Parque de São Roque, nomeadamente no seu topo nascente (junto à Vitasal), quando aqueles arbustos da A25 forem todos "limpos" e os camiões passarem a ser companheiros de "jogging"....'
Ricardo Vieira de Melo
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