A táctica do quadrado, idealizada por D. Nuno Alvares Pereira e posta em prática na Batalha de Aljubarrota (1385), é um interessante exemplo de como um exército de muito menor capacidade pode vencer um opositor mais poderoso e com maior número de efectivos e recursos.
A táctica implicou várias questões críticas: o exército uniu-se em torno de um valor colectivo (“a defesa do território e da independência face a Castela”); foi conduzido por uma forte liderança (D. Nuno Alvares Pereira) que seleccionou e preparou, tão bem quanto possível, o espaço físico onde se iria dar a batalha (um terreno com encostas de acentuado declive, o que obrigou o inimigo a afunilar o ataque; armadilhado com fossos – “covas do lobo”- mais de 1.000 feitos em menos de três horas) e organizou tacticamente de forma brilhante os seus parcos recursos humanos (no famoso quadrado).
Séculos mais tarde, a nossa soberania está outra vez em risco, enfretamos vários adversários temíveis - a crise financeira e económica, os especuladores, o desânimo nacional - e, nesse sentido, lutamos com armas desiguais.
Deste modo, devemos seguir o exemplo de Aljubarrota e mobilizarmo-nos para a luta pela nossa independência e soberania (política e económica). Para isso, temos de encontrar os projectos colectivos que sejam verdadeiramente mobilizadores do povo, devendo ser muito selectivos na escolha das armas (“fazer o quê e com quem”), do campo de batalha (“onde”) e organizar tacticamente de forma brilhante os parcos recursos disponíveis (“como e quando”).
JCM
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Sobre a batalha, recomenda-se um livro notável de Luis Rosa: O dia de Aljubarrota, Lisboa, Editorial Presença, 2008
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