O editorial deste fim de semana do Expresso dizia a propósito da aposta no mar [Conferência 'Portugal e o Mar, a nossa aposta no Século XXI'] que era 'preciso abraçar novas causas, não só devido à possibilidade de surgirem novas actividades económicas, sociais e culturais ... mas, sobretudo, porque precisamos desesperadamente de uma causa que volte a mobilizar os portugueses, que nos volte a fazer acreditar que não estamos condenados a um futuro de empobrecimento e irrelevância e que nos dê, de novo, algum orgulho e auto-estima'.
Subscrevendo esse princípio, da necessidade de encontramos um novo 'desígnio nacional', será que 'as cidades', tal como 'o mar', não dispõem de características e potenciais únicos para estimular novas actividades económicas, sociais e culturais? E não serão elas elementos de referência da organização da nossa vida colectiva? Não estarão, por isso, em condições de serem elevadas à categoria de 'desígnio nacional'? Não valerá a pena, pelo menos, reflectir sobre o assunto?