Sábado, 24 de Janeiro de 2009

DN, hoje

 

"Estudar para aprender a preservar, conhecer para conservar." Foi em 1996, nas páginas de Cultura do DN, que Maria João Fernandes iniciou o que viria a revelar-se uma longa caminhada, inicialmente quase solitária, em nome da Arte Nova em Portugal. Até aí, e também após esses anos, muito do edificado nascido sob essa égide do Belo sucumbira à demolição, não raras vezes integral.
Então sem inventariação sistemática e deixado à margem de mecanismos de protecção legal, parte dele sucumbiria também às mãos de processos de descaracterização violenta - de interiores, de fachadas, da envolvente imediata; de desenho, de técnicas, de materiais -, que os destituíram de escala, sentido e relação.
"Condenado por interesses imobiliários" vorazes, grande parte desse património perdeu-se pelo caminho de forma irremediável, como recorda Maria João Fernandes ao DN, mas o que persistiu espelha, apesar de tudo, o alcance da enorme riqueza que Portugal poderia hoje deter neste campo se a tivesse sabido olhar em devido tempo.
Crítica de arte e poeta, Maria João Fernandes apresenta hoje um retrato detalhado desse percurso, em monografia resultante da sua tese de mestrado, e em exposição, também comissariada por si. Fá-lo-á em Aveiro - ainda e sempre "capital da Arte Nova em Portugal", na definição de José-Augusto França -, em homenagem a seu bisavô: Francisco da Silva Rocha (1864-1957), um dos nomes mais representativos da Arte Nova no nosso País e "autor da quase totalidade dos edifícios" que consolidaram essa gramática naquela cidade.
Será um retrato complementar, centrado no contributo de Silva Rocha na qualidade de arquitecto, artista plástico, pedagogo e homem de Cultura: prefaciado por Álvaro Siza Vieira, Francisco da Silva Rocha (1864-1957): Arquitectura Arte Nova, Uma Primavera Eterna será apresentado na Assembleia Municipal de Aveiro, por Emília Nadal, presidente da Sociedade Nacional de Belas-Artes. No Museu de Arte Nova de Aveiro (antiga Casa Major Pessoa, que o arquitecto igualmente projectou), será inaugurada, paralelamente, a exposição "Francisco da Silva Rocha: arquitecto artista (1864-1957)".
Defendida em 2000, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Francisco da Silva Rocha (1864-1957): Arquitectura Arte Nova, Uma Primavera Eterna foi a primeira tese de mestrado a abordar a produção Arte Nova em Portugal e, mais especificamente, a trajectória e a criação - arquitectónica, plástica e pedagógica - do autor".

 



publicado por amigosdavenida às 23:46 | link do post | comentar | favorito

SOBRE CIDADES, CIDADANIA, O FUTURO E AVEIRO. UM BLOGUE EDITADO POR JOSÉ CARLOS MOTA
GRUPO FB 'PENSAR O FUTURO - AVEIRO 2020'
2013-01-04_2204.png
ADESÃO À MAILING-LIST 'PENSAR O FUTURO DE AVEIRO'

GRUPO 'PENSAR O FUTURO DE AVEIRO'
AUTOR
E-mail Gmail
Facebook1
Facebook2
Twitter
Linkedin
Google +
QUORA
JCM Works
Slideshare1
Slideshare2
Academia.Edu
links
Maio 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
27
28
29
30
31


mais sobre mim
arquivos

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008