17 de Fevereiro 2010 Palestra sobre ‘Praça Melo Freitas’
O debate foi uma notável demonstração de maturidade cívica da comunidade aveirense. Numa sala cheia, a conversa correu num clima de grande elevação, serenidade e pluralidade.
A síntese que agora se apresenta pretende ser um relato das principais questões abordadas e de algumas recomendações ou sugestões efectuadas. Não pretende ser um documento que exprima uma posição colectiva, já que não era esse o objectivo da tertúlia, mas a diversidade de opiniões apresentadas.
[sobre a praça]
- A sessão iniciou-se com uma apresentação preparada pela organização que procurou enquadrar o problema (disponível em http://www.slideshare.net/amigosdavenidaaveiro);
- A conversa que se seguiu produziu várias manifestações críticas quanto à forma como o concurso de ideias para a Praça Joaquim Melo Freitas foi lançado, sem um correcto e discutido enquadramento programático e estratégico (o mesmo tendo sido referido, posteriormente, sobre a Ponte do Rossio), e com um reduzido período de apresentação de propostas (que até à data se desconhecem);
- Sobre a Praça houve um grande ‘consenso’ quanto à construção de um edifício no local da antiga Sapataria Loureiro, embora não tenha havido acordo quanto à sua função;
- Foram lançadas ideias programáticas de actividades ligadas à arte, cultura e tecnologia (aproveitando o potencial de actividades ligadas ao design/cluster das tecnologias,em que Aveirose destaca), à habitação e ao comércio/restauração. Foi também sugerido que o edifício possa ter um carácter multifuncional;
- Contudo, atendendo ao seu elevado valor simbólico, houve apelos para que a intervenção a desenvolver neste espaço venha a ser exemplar;
- Foram também feitas recomendação para um maior estímulo ao desenvolvimento da oferta habitacional no centro da cidade e um alerta para o significativo número de edifícios devolutos na cidade, sobretudo na Beira-mar e na Avenida;
- Finalmente, foi referida a existência de múltiplos edifícios públicos na cidade sem o devido aproveitamento, tendo sido recomendado um esforço público para o desenvolvimento de mais iniciativas e para uma maior capacidade de os dinamizar;
[ideias finais]
- Foi salientado que o envolvimento dos cidadãos nos processos de decisão pode ser um importante estímulo para termos melhores decisões e, sobretudo, uma cidade melhor governada, mais solidária e comprometida com o bem colectivo. Para isso, os processos de participação devem ser abertos, informados e publicitados, para evitar os riscos da apropriação indevida do ‘interesse colectivo’ (e alguns presentes alertaram e exemplificaram algumas dessas perversidades);
- Vários dos presentes apelaram ao executivo para que, nas decisões que importam ao futuro da cidade, adopte posturas de maior envolvimento cívico, começando, desde já, pela discussão da Ponte Pedonal do Rossio e da Praça Joaquim Melo Freitas, e, numa próxima oportunidade, pelo Plano Estratégico e pelo Parque da Sustentabilidade;