Notícia Diário de Aveiro
"Mais área pedonal e ciclável, menos trânsito e uma identidade comercial comum entregarão a Avenida aos peões e, sobretudo, aos consumidores"
"O futuro da Avenida Dr. Lourenço Peixinho passa por passeios mais largos, mais árvores, pistas para bicicletas e menos trânsito. “Mais espaço para o peão”, como referiu ontem João Greno, um dos arquitectos responsáveis pelo projecto de requalificação pedido pela ACA – Associação Comercial de Aveiro.
Os arquitectos propõem o alargamento dos passeios e a criação de uma zona pedonal e de esplanadas, e apenas uma faixa de rodagem em cada sentido, mais estreita. Para que isto funcione, no entanto, salientam que é fundamental tirar à avenida o estatuto de distribuidora de tráfego, o que está dependente da conclusão de uma via circular exterior, entre o centro da cidade e a EN109.
A existência de vias alternativas libertaria a Avenida para a circulação daqueles que a ela se destinam, e que têm à sua espera, lembraram os arquitectos, “vários parques de estacionamento disponíveis num raio de 100 metros”. A proposta apresentada não tem em conta o projecto de construção de um parque de estacionamento subterrâneo nesta artéria. “É convicção dos comerciantes que, neste momento, não são necessários mais estacionamentos. É preciso, sim, dar mais visibilidade aos que existem”, defenderam. Mas, os arquitectos também não excluem o parque, garantindo que, caso seja essa a decisão da autarquia, será possível que os dois projectos coexistam.
O estudo propõe também algumas alterações de trânsito na envolvente à avenida, como a impossibilidade de virar à esquerda, uma medida que, de acordo com os seus autores, diminuirá o fluxo de tráfego sentido no cruzamento junto ao Centro Comercial Oita.
A renovação urbana seria profunda, prevendo uma requalificação total do espaço público, a relocalização de paragens de autocarro e táxis, criação de sanitários públicos, agora inexistentes, e lugares de estacionamento específicos para deficientes, grávidas e famílias. É também proposta a delimitação de zonas de cargas e descargas com horários rígidos e a escolha de pontos-chave para intervenções no espaço, como mobiliário urbano e arte.
Do ponto de vista comercial, a proposta passa também pela renovação dos estabelecimentos – da responsabilidade de cada comerciante –, e pela criação de uma marca distintiva do comércio local. A marca “Avenida” contemplaria, de acordo com os autores deste estudo, um conceito e uma imagem corporativa comuns às lojas desta artéria, para além de prever ainda a harmonização de tipologia de reclamos luminosos, toldos e outros elementos identificativos.
Esta intervenção de urbanismo comercial funcionaria no sentido de dar ao comércio local uma imagem própria, à semelhança do que acontece nos centros comerciais".
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