Sexta-feira, 3 de Junho de 2011
A CIDADE COMO UM PALCO (DIÁRIO DO NORDESTE)
"Estamos buscando estabelecer, ou restabelecer, uma característica essencial ao teatro desde seus primórdios. Sozinho, é impossível se fazer teatro. Por isso, estamos apostando nesse estímulo ao encontro, ao diálogo, à necessidade de organização"
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"Todas as vezes que o teatro se mostrou forte ao longo dos tempos, ele o fez porque absorveu a realidade de forma mais expressiva... ele (deve) extrapolar o lugar que lhe tem sido destinado historicamente...sair da caixa cênica oficial e ganhar as ruas, as praças... Isso, sem dúvida, desperta para uma poética nova, que força o teatro a construir novas relações, tanto internas, no que diz respeito aos próprios artistas, como externas, com os públicos e o próprio meio"
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"Estamos vivendo um despertar para um movimento de coletividade mais acentuada, apesar de a individualização ainda ser uma marca muito recorrente do teatro cearense. Aqui, a gente ainda se encontra muito pouco, mas sinto que as novas gerações vêm se empenhando em transformar isso. Sinto hoje uma predisposição muito maior ao diálogo, à formação de grupos, à mobilização política, à participação... Sinto que o teatro cearense pode, a partir de agora, romper com certas estruturas hierárquicas com que sempre conviveu".
Thiago Arrais
Projeto CumpliCidades, Theatro José de Alencar, Ceará, Brasil