Terça-feira, 21 de Junho de 2011
O que mudava em Aveiro?
Pedro Gonçalves Fernandes, Gestor e programador cultural
Público Cidades - domingo 19 Junho 2011
'Apostava no fomento de redes de cooperação. Aveiro dispõe de múltiplos factores de sucesso para se tornar num pólo de excelência no que à Cultura e Indústrias criativas diz respeito. Dispõe de uma sociedade empreendedora, com um relevante cluster nas TIC. Dispõe de centros de ensino e investigação com destaque para a universidade. Dispõe de equipamentos qualificados para a acção cultural. Dispõe de criadores, produtores e agentes culturais reconhecidos. Dispõe de uma malha associativa ímpar em múltiplos vectores da esfera cultural e criativa. Tem profissionais qualificados e especializados nestas áreas.
Qual é o golpe de asa que falta a Aveiro para tornar esta cidade e região numa bandeira da Cultura e Indústrias criativas?
Dirão que falta uma aposta do Governo com apoios financeiros. Embora os apoios sejam sempre benéficos, sinto que tais impulsos não repercutirão efeitos duradouros se não houver uma mudança do paradigma de acção.
Portanto, o que mudava seria a estratégia, apostando na acção em rede. É na lógica de concertação que se inscrevem as orientações para as mais diversas áreas, e a Cultura e Indústrias Criativas não são excepção.
Pelo contrário, dadas as suas características intrinsecamente híbridas, também no que diz respeito à sua consubstanciação estas actividades devem ser permanentemente alvo de cooperação, por via de diversas redes e sub-redes'.