Miguel Pedro Araújo escreve hoje no Diário de Aveiro uma oportuna crónica sobre 'o futuro da Rua Direita', a propósito da crescente preocupação com a perda de dinamismo comercial deste espaço central da cidade (texto pode ser lido no blogue Terras de Alavarium).
O caso tem enorme relevância porque, como bem refere, a questão coloca-se na Rua Direita, na Avenida Lourenço Peixinho e em muitas outros zonas comerciais da cidade.
A revitalização funcional das zonas urbanas centrais é um tema complexo e delicado, não havendo respostas fáceis e imediatas ou soluções mágicas.
Existe a tentação de acorrer ao problema com soluções pontuais, novas funções, permanentes (serviços públicos) ou eventuais (animação de rua), arranjo do espaço público (mobiliário urbano e pavimentos), ou mesmo mudanças no sistema de mobilidade e estacionamento (no caso presente o Presidente da JF da Glória reequacionou recentemente a reabertura da rua ao trânsito, DA 23/12).
Utilizando uma metáfora culinária, bem ao jeito da quadra actual, julgo que a questão não passa só por encontrar os ingredientes (usos, funções, regras ou incentivos adequados), mas sobretudo por saber combiná-los de forma adequada e nas proporções certas (a receita certa para cada local) e por ter a equipa adequada e mobilizada para a execução da receita.
E é aqui que a questão se torna delicada. No caso de Aveiro existem ingredientes de qualidade, receitas experimentadas, e especialistas em diferentes sabores e paladares. Talvez ainda não seja claro quem se queira assumir como o ‘master-chef’ desta delicada operação. Uma coisa é certa, sem ele dificilmente teremos a ‘consoada’ desejada!
Um bom ano de 2012
José Carlos Mota
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