Remeto a resposta enviada pelo Director do IMC.
Cumprimentos
JCM
De: IMC/Director - João Brigola
Enviada: terça-feira, 10 de Janeiro de 2012 11:26
Para:
Assunto: RE: pedido de esclarecimento sobre mudança na Direcção do Museu de Aveiro
Caros Senhores
Muito agradeço a carta que entenderam enviar-me a qual li com a atenção merecida. Julgo, antes do mais, que ela reflecte um louvável interesse e uma legítima preocupação pelo destino de um dos mais emblemáticos equipamentos culturais da vossa cidade. A avaliação do desempenho de um director de um museu sob a tutela do IMC é competência do seu director-geral e os parâmetros dessa avaliação, identificados em Lei, baseiam-se nos resultados obtidos ao longo do mandato trienal, medidos pela concretização de objectivos traçados, como igualmente pela capacidade de liderança da equipa de profissionais do museu, mas também pela necessidade de renovação dos dirigentes capaz de melhor habilitar o serviço face a novos desafios desenhados pela tutela. Por outro lado, é importante sublinhar que o espírito da Lei que rege o Estatuto do Pessoal Dirigente é de fazer do concurso a norma e da renovação a excepção. Se a tendência para limitar temporalmente os cargos públicos e para tornar os lugares da administração pública sujeitos a concurso é hoje uma realidade insofismável, não devem os lugares de director de museu constituir excepção. A anterior directora exerceu, de resto, o direito que lhe assistia de concorrer em pé de igualdade com outros candidatos. O Júri foi imparcial e independente no seu julgamento e considerou o Sr. Dr. Paulo César Santos o candidato mais habilitado para responder às necessidades de direcção do Museu de Aveiro. Na cerimónia da sua tomada de posse, muito concorrida por sectores importantes da sociedade aveirense, houve oportunidade para explicar todo este contexto e para agradecer e louvar o empenho da senhora directora durante o período que permaneceu à frente do museu. A vida pública democrática funda-se neste princípio universal da transitoriedade dos cargos, da efemeridade dos lugares de chefia, no escrupuloso respeito pela Lei. Foi o que, em consciência, a direcção do IMC entendeu como a melhor solução para os próximos três anos e a quantidade e a qualidade dos candidatos a concurso veio demonstrar que estávamos certos ao confiar na capacidade que hoje a nossa vida cultural tem de disponibilizar quadros jovens, preparados e dedicados à causa colectiva.
Um bem-haja pela vossa carta, acto de cidadania de grande significado, fazendo votos para que continuem a dar o vosso melhor apoio à nova direcção do nosso Museu de Aveiro.
João Brigola
(Director-Geral do IMC)
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