A Avenida com Vida, uma perspectiva de olhar para…
artigo de opinião de João Carlos Rua (email: jcsrua@gmail.com)
1. A Avenida lembra-me a Ria…
…Fizeram e fazem parte da(s) história(s) e da(s) memória(s) de Aveiro… viveram e vivem ciclos, alternando prosperidade e declínio… e continuam presentes, todos os dias…
2. A Ria lembra-me a Avenida
…Objecto de múltiplas preocupações e de um sem número de momentos de reflexões… estudos, estratégias, planos, programas, projectos e ambições… apesar de tudo isto, sempre mostraram um certo distanciamento e até mesmo, alheamento… evoluindo e mudando ao ritmo das suas vontades…
3. A Avenida lembra-me a Ria…
… Sempre cativaram e cativam hoje, interesses e atenções por parte de uma diversidade de pensadores, de críticos e de decisores… estão sempre na moda e fazem sempre parte da agenda e das prioridades…
4. A Ria lembra-me a Avenida
… Sempre expostas aos risco de uma “apropriação intelectual” ou mesmo de um certa “elitização” de pensamento estratégico, como se quem as pensa e as discute fosse mais “dono” ou “gostasse mais” que os outros que, nelas e delas, vivem… todos os dias…
5. A Avenida lembra-me a Ria…
…Porque em todos os processos de pensamento, planeamento, ordenamento, estudo, projecto…. nunca, ou raramente, se partiu da base, se questionou o que é ou pode ser determinante e verdadeiramente estruturante…
6. Creio que é muito por isto que os sítios e os lugares, como a Ria e como a Avenida, seguem o seu próprio caminho evolutivo, mudando quando têm de mudar e aparentemente indiferentes à importância dos saberes resultado de “Conselhos de Sábios” que, periodicamente vão emergindo e desaparecendo, em ciclos de visibilidade e de inexistência… tal como a Avenida e a Ria nos seus ciclos de prosperidade e de declínio…
7. Se quisermos sair deste “ciclo vicioso” e fechado sobre si mesmo, sem produzir quaisquer resultados que nos satisfaçam e entrar num “ciclo virtuoso” de produção de mudança, temos, efectivamente, de não só pensar como também fazer diferente…É que tal como património, história, memória, funções, equipamentos, comércio, cultura ou serviços, a Avenida tem gente… gente que, realmente, a vive e a sente…
8. Pensar na ou a, Avenida, pressupõe ter capacidade de responder a questões simples e sem graça aparente, mas essenciais a qualquer processo que deseje a mudança. Do género:
- Quem são os proprietários da Avenida e quais as suas motivações ?
- Quem está instalado e/ou frequenta a Avenida e porquê?
- Qual a importância da Avenida para o Executivo Municipal? E este grau de importância deve ser medida em euros para traduzir até onde está disposto ir o poder público para intervir na Avenida…
- Quem são os potenciais investidores interessados na Avenida?
9. Então sim, é tempo de começar a pensar e a reflectir acerca de programas, de intervenções de soluções… mas envolvendo quem deve ser envolvido… e conhecendo a propriedade, quem a detém, qual a sua motivação, quem vive na Avenida, quem nela trabalha e que a frequenta, e os porquês disto tudo e finalmente, quanto está disposto a gastar o Executivo… Tudo simples e lógico mas ao mesmo tempo, tarefa de Hércules… capaz de ocupar não um mas vários “Conselhos de Génios ou de Sábios” que se venham a interessar…
10. Então sim, será tempo de pensar em programas, em projectos, em cultura, em comércio, habitação e serviços, em animação, em património e em ruas mais ou menos pedonais…e, provavelmente, mas mesmo só provavelmente, porque nisto, as Avenidas tal como as Rias prezam muito a sua individualidade, encontraremos um tempo de produzir mudança efectiva que a todos envolva….
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