Sexta-feira, 09.11.12

Amigosd’Avenida, quatro anos de activismo cívico por Aveiro. 
Obrigado pelo seu envolvimento!

http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/ 
https://www.facebook.com/AmigosdAvenida.Aveiro

 



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Terça-feira, 19.06.12

Aveiro / Avenida: Trânsito limitado nas mãos da Câmara

http://www.noticiasdeaveiro.pt/pt/25626/aveiro-avenida-transito-limitado-nas-maos-da-camara/

 

 

PROJETO DA AVENIDA NÃO TORNA IRREVERSÍVEL PASSAGEM DE CARROS NOS TOPOS. AUTARQUIA TERÁ ÚLTIMA PALAVRA.

http://www.terranova.pt/index.php?idNoticia=17188

 

Equipa entrega projeto de execução até fim do ano

http://www.oln.pt/noticias.asp?id=25396&secc=1



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Segunda-feira, 18.06.12

Avenida 



publicado por JCM às 18:43 | link do post | comentar | favorito

Hoje é dia de apresentação do projeto da Avenida Dr. Lourenço Peixinho.

A apresentação está marcada para as 21h00 no edifício sede da Assembleia Municipal de Aveiro.

Compareça, participe, venha partilhar a sua opinião!

 

Mas antes de vir, se puder, veja e leia os seguintes documentos:

 

Projecto da CMA

Projeto Base (Versão Preliminar) - 04.05.2012 

http://www.cm-aveiro.pt/www/output_efile.aspx?id_file=34532&id_object=35283

 

O que os Amigosd'Avenida já dissseram sobre este processo:

•26 JUN 09 - apresentação na Assembleia Municipal - http://www.slideshare.net/jcmota/avenida-loureno-peixinho-vf

•27 JUL 09 - Um projecto para a Avenida - http://www.slideshare.net/jcmota/vamos-construir-um-projecto-para-a-avenida
•1 JUL 11 -  Dúvidas - http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/650669.html
•13 JUL 11 - Contributo - http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/675830.html


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Terça-feira, 29.05.12

.

http://www.terranova.pt/index.php?idNoticia=16766



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Terça-feira, 22.05.12

[artigo publicado no Diário de Aveiro]

 

Aveiro e o Projecto para a Avenida, ou

A Avenida amarrada em si”.

(comentário à proposta apresentada)

 

Depois de mais de dois anos de discussão à volta da necessidade de requalificar a Avenida Dr. Lourenço Peixinho em Aveiro, a Câmara Municipal apresentou a proposta desenvolvida pela equipa designada pela autarquia. Pelo seu significado na cidade e pela sua importância urbana, o projecto merece ser “desmontado”.

Quando Lourenço Peixinho imaginou a Avenida Central para ligar o novíssimo Caminho-de-ferro com a cidade, imaginou-a ligada ao futuro, imaginou-a ligada ao exterior, moderna e fluida, com um perfil largo capaz de atrair novos habitantes, comércio e vida.

Aveiro viveu bem com o perfil romântico da avenida, durante quase 100 anos. Mas a cidade cresceu, e a placa central já por demais “roída” não serve nem peões nem automóveis, desperdiçando espaço.

Num tempo em que as relações “em rede” estão mais presentes que nunca, a avenida quer continuar a fazer parte da contemporaneidade. A qualificação urbana só faz sentido se mantendo as qualidades do espaço onde se intervém, ainda se promovam outras. A avenida Dr. Lourenço Peixinho foi desenhada como corredor de ligação, primeiro com a cidade tradicional, mais recentemente com cidade contemporânea, dispersa a sudeste. Ambas construíram Aveiro.

É necessário que a avenida continue a ser um espaço de confluência, onde os usos “colidam” entre si para gerarem mais histórias e experiências. E que ela se torne um grande íman gerador de tensões produzindo mais vida urbana.

A proposta que foi apresentada prevê uma avenida rematada por duas “praças” tampão e um corredor rodoviário central, com uma faixa de rodagem em cada sentido. Propõe que a entrada na avenida apenas se possa fazer lateralmente e que os topos nascente e poente deixem de a ligar à cidade. Propõe aos futuros utilizadores um verdadeiro exercício de adivinhação: a nascente, o túnel rodoviário por baixo da estação deixará de dar entrada para a avenida e conduz a um parque de estacionamento enterrado do qual se sai pelo mesmo túnel. As “Pontes” deixam de dar acesso ao lado poente da avenida. Essa será uma avenida transformada em largo… Opções a fazer lembrar outros exercícios de inversão urbana, como foram os casos de Lisboa nos anos 80, quando a equipa do então presidente Engº Nuno Abecassis se lembrou de inventar “contra-sentidos” nas avenidas novas, gerando o caos, ou ainda quando se tentou transformar a Rua do Carmo numa grande esplanada…erros que a história das cidades se encarrega de corrigir, mas por vezes a preços demasiadamente elevados!

No desenho urbano, à forma corresponde um nome. Uma avenida não é um largo, uma rua não é uma praça, uma alameda não é um beco!

O que se apresenta seria a subversão da cidade enquanto estrutura construída.

Um projecto assim rígido seria contrário à cidade contemporânea flexível, miscigenada de usos e fluxos. Com a intensificação da mobilidade os lugares ganham múltiplas escalas, e isso é bom! Imaginar a avenida desligada, é esquecer que Aveiro vai muito para lá dela. E essa opção é contrária ao desígnio urbano: juntar para libertar. Com liberdade e segurança podemos ter conexão e igualdade. A avenida assim proposta tornaria a cidade injusta porque se isolaria, tornando-se exclusiva dos seus moradores rejeitando a cidade distante. Um enorme desperdício!

Pedonalizar da forma como o estudo o prevê (reduzindo o perfil rodoviário a uma faixa em cada sentido) significaria tornar mais difícil a vida de quem quotidianamente a utiliza para habitar ou trabalhar. A avenida não é só dos seus comerciantes ou moradores, também não se destina apenas aos turistas que procuram as suas esplanadas. Nenhuma rua, nenhuma avenida é só do seu bairro…

Seria muito mau formatar uma avenida contra a cidade, contra o plural e o colectivo. A cidade é sinónima de convivência, de tudo e de todos. Ninguém pode acreditar que seja possível substituir a Avenida por um anel de oito quilómetros de comprimento e dez rotundas que só funcionará apenas num sentido, porque o futuro nó da A25, junto à “Vitasal” apenas permitirá a saída da auto-estrada.

Lisboa não fechou a Avenida da República quando abriu o eixo norte/sul, o Porto não encerrou a Avenida da Boavista quando inaugurou a VCI, Braga não bloqueou a Avenida da Liberdade quando construiu a sua circular. E é de bloqueio que se trata a proposta apresentada, desenhando a avenida como um lugar de exclusão, com fronteiras intransponíveis a nascente e poente.

O modelo de crescimento de Aveiro assentou na auto-mobilização dos seus munícipes que se viram forçados a procurar a periferia da cidade. Com a dificuldade dos transportes públicos em conviverem com essa cidade dispersa, a condição periférica seria ainda mais penalizada afastando mais o centro. A acessibilidade da Avenida é parte da sua sustentabilidade! Não há Avenida se não se puder entrar nela! Restringir o uso da avenida desse modo pode significar a sua asfixia. A cidade deve viver como um todo, integrado. A Avenida foi desenhada para unir e não para separar. Resolver a Avenida com este modelo viário significaria transformar a Avenida numa fronteira que dividiria a cidade em dois (o norte e o sul)

 

Nenhum Aveirense quer a avenida como está, mas duvido que a queiram do avesso! A avenida não necessita de transformações violentas que a isolem, antes precisa de medidas mais amigáveis e sustentáveis que promovam a sua procura: diminuir a contribuição autárquica na área central da cidade, promover a flexibilização dos horários comerciais, aumentar os passeios retirando a faixa central e repondo arborização frondosa, seriam verdadeiras soluções: rápidas, eficazes e económicas. Custariam uma pequena fração do que propõe a equipa encontrada para o projecto.

E é de sustentabilidade que se trata, sustentabilidade financeira e sustentabilidade urbana. Mas ambas parecem estar fora das preocupações da actual Câmara quando promove e suporta um projecto desenvolvido em direcção oposta.

 

 

Ricardo Vieira de Melo,

Arquitecto, Professor Universitário

 



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Sexta-feira, 11.05.12

 

Projeto Base Avenida (Versão Preliminar) - 04.05.2012 

 

http://www.cm-aveiro.pt/www/output_efile.aspx?id_file=34532&id_object=35283



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Sexta-feira, 04.05.12

artigo de Maria Emília Galhardo no DA – ‘Lourenço Peixinho, a Avenida não é para velhos’

 

 



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Quarta-feira, 02.05.12

Ponto 2 da ordem de trabalhos da Sessão Ordinária de Junho - 2.ª Reunião de 06-07-2011

Apresentação do projecto de intervenção para a Avenida Dr.º Lourenço Peixinho na Assembleia Municipal de Aveiro

(ACTA N.º 39 )

Vogal Paulo Anes (PPD/PSD) - Nos termos do n.º 2 do artigo 43.º do Regimento, requereu a sua transcrição em acta:026

“Gostava de partilhar algumas reflexões sobre o estudo aqui apresentado. Mesmo que divergentes sobre alguns aspectos, considerem-nas como contributo de sentido positivo nesta reflexão colectiva.

Não se trata de um juízo de valor sobre o trabalho até agora feito, porque o considero meritório na generalidade. Não é também uma apreciação técnica exaustiva, até porque não é este o palco e considero que os estudos apresentados ainda se encontram num estádio embrionário, por falta de clarificação de pormenor, e porque os conceitos ainda se encontram abertos, por isso, leva-nos também a uma crítica genérica.

Concordamos todos sobre a necessidade de se proceder à requalificação da Avenida Lourenço Peixinho.

No entanto, considero ser necessário procurar-se o verdadeiro equilíbrio entre o existente e as novas configurações de desenho urbano. A proposta deve ser ainda mais trabalhada e ponderada sobre vários espetos, garantindo-se um perfil e um desenho à escala humana, amigável, onde se garantam as circulações de pessoas e de veículos de forma harmoniosa e proporcional.

Não me parece que os sistemas viários preconizados nos estudos, especialmente nas articulações, nas ligações e desvios à malha viária imediata, parece-me sinuoso e poderá criar entropia mesmo ao nível da superestrutura de mobilidade.

Deve ser garantido o desejável equilíbrio, com circuitos viários, óbvios, e facilmente perceptíveis. Por outro lado parece ter-se preterido demasiado o papel do automóvel.

Toda na estrutura urbana nomeadamente de mobilidade vive umbilicalmente ligada ao grande eixo viário que é a avenida Lourenço Peixinho. Receio bem que qualquer proposta, qualquer estudo que desconsidere demasiado esta realidade e necessidade poderá bem vir a tornar-se uma verdadeira tormenta para os aveirenses.

Diz-me a experiência que, em urbanismo, quando as incisões e alterações são demasiado radicais e violentas ou não são exaustivamente amadurecidas e essencialmente testadas ou poderá causar danos irreversíveis. Digo irreversíveis, porque depois de executadas as obras que geralmente absorvem verbas avultadas dificilmente se podem reparar os danos sem que para tanto se volte a gastar muito dinheiro.

O Sr. Presidente da Câmara referiu e bem a natureza complexa subjacente ao trabalho em mãos. Sendo sempre importante relembrar o necessário investimento na prudência e na cautela.

Conheço vários casos Polis, cujas soluções passaram pela redução do espaço do automóvel. Os problemas e constrangimentos sentidos foram tantos e alguns tão graves que rapidamente tiveram de ser resolvidos, abandonado os estudos feitos de tráfego que lhe havia dado origem e optado antes pelo bom senso — bem se vê, houve a necessidade de devolver o espaço que indubitavelmente o carro tem na nossa vida.

Ouvi sempre com muita atenção o que os grandes mestres da arquitectura e do urbanismo sabiamente advogam. Uma lição que nunca esqueci vem do arquitecto Fernando Távora. Dizia ele por vezes: “quantos mais sinais de sentido proibido colocarem na cidade mais difícil é circular na cidade, mais voltas é preciso dar, mais gasolina temos de meter no carro, mais temos de nos consumir… deixem fluir os canais de circulação.”

Nos estudos urbanos em presença, é obsessivo o repúdio do automóvel!? Quando, de facto, todos precisamos e merecemos o automóvel. Não esqueçamos que quantas mais dificuldades criarmos à circulação do automóvel mais dificuldades estamos a criar a nós próprios, à cidade. Nós portugueses somos sempre exagerados, passamos facilmente do 80 para o 8 ou o inverso.

Criou-se a ideia generalizada de que o carro é um bicho. Como se esta tentativa de o diminuir no espaço urbano de Aveiro tivesse efeitos práticos favoráveis. Pelo contrário – no caso em apreço servirá apenas para inibir as pessoas de chegar à Avenida, logo cria ainda mais constrangimentos à vivência na Lourenço Peixinho.

Se pensarmos bem, Aveiro não tem problemas efectivos de trânsito. A mobilidade e o estacionamento no centro é relativamente fácil. Só quem nunca viveu no Porto, Lisboa ou outras cidades por esse mundo, é que não dá o verdadeiro valor da facilidade que os aveirenses têm de se deslocar do centro para a periferia e o contrario em 5 minutos apenas, mesmo em hora de ponta (se é que poderemos considerar haver horas de ponta em Aveiro).

Será porventura a EN 109 a artéria mais problemática, pela razão de má memória, que todos conhecemos - as portagens colocadas no perímetro urbano!?

A Lourenço Peixinho não pode deixar de ser um eixo franco de entrada e essencialmente de saída, atravessada pelas demais artérias transversais. Já que o mal está feito – o túnel, temos é de usufruir das mais-valias que trouxe. A avenida é por excelência a espinha dorsal de Aveiro e toda a malha urbana vive dessa irrigação quase que naturalmente. Negar ou desconsiderar demasiado esta evidência poderá ter efeitos bastante nefastos. É necessário apenas limar casos pontuais de conflito – alguns difíceis é certo.

Entendo, também, que é necessário reduzir a grande plataforma que hoje está afecta ao automóvel garantindo-se assim passeios com outra amplitude para circular e estar.



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Caderno de encargos e preocupações dos Amigosd'Avenida com o projecto da Avenida

(http://www.slideshare.net/jcmota/avenida-loureno-peixinho-vf & http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/650669.html & http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/675830.html)


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Domingo, 29.04.12

“QUO VADIS” AVENIDA… (artigo de opinião, Miguel Pedro Araújo)

http://debaixodosarcos.blogs.sapo.pt/457208.html



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Sexta-feira, 27.04.12

Associação Comercial de Aveiro aprova contributos para a avenida
http://www.diarioaveiro.pt/noticias/associacao-comercial-de-aveiro-aprova-contributos-para-avenida


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Segunda-feira, 19.12.11

[Pensar o futuro - Aveiro em 2020]

A propósito do futuro da Avenida Lourenço Peixinho recomendo a leitura ao documento sobre o futuro das Avenidas Centrais ('High-Streets'), produzido pela consultora inglesa Mary Portas para o Governo do Reino Unido (http://www.maryportas.com/news/2011/12/12/the-portas-review/). 
O documento sugere que as Avenidas Centrais voltem a funcionar como ‘o coração das cidades, devendo ser repensadas como espaços de encontro social (‘centro cívico’), de cultura, bem-estar, criatividade e aprendizagem, isto é a sua função não andará somente à volta do comércio’. 
A consultora defende que o programa funcional a promover deve ser ‘um mix de lojas comerciais, mas também de habitação, serviços, escolas e outros empreendimentos sociais e comerciais’ e os centros devem tornar-se ‘locais de encontro e socialização, onde fazer compras será uma das múltiplas actividades possíveis’.
Interessantes ideias, sem dúvida, que deveremos tomar em conta no planeamento da nossa Avenida.

JCM


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Domingo, 17.07.11

‎'Movimento cívico quer Avenida como montra, palco e residência' (Diário de Aveiro)
http://www.diarioaveiro.pt/mai​n.php?srvacr=pages_13&mode=pub​lic&template=frontoffice&layou​t=layout&id_page=10330



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Sexta-feira, 15.07.11


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Quarta-feira, 13.07.11

1.º MOMENTO DE INFORMAÇÃO PÚBLICA DO PROJECTO DE INTERVENÇÃO PARA A AV.ª DR. LOURENÇO PEIXINHO

Comentário e Sugestões - Amigosd’Avenida - 12 Julho 2011

 

 

1.

Passados dois anos da apresentação à Assembleia Municipal de Aveiro dos 30 princípios para a requalificação da Avenida Lourenço Peixinho (e onde os Amigosd’Avenida expuseram ‘seis ideias chave e uma proposta metodológica’ 26Junho2009*) e seis meses depois do trabalho da nova equipa de coordenação do projecto, os cidadãos tiveram finalmente a oportunidade para conhecer e discutir os objectivos da intervenção e as primeiras propostas.

Como recentemente alertámos (‘Pela qualificação do debate público sobre o futuro da Avenida‘ 17Maio2011 *) é fundamental que estes processos de planeamento promovam, logo desde o seu início, canais de auscultação e envolvimento da comunidade, para garantir que os projectos respondem aos seus anseios e necessidades e para mobilizar energias e apoios para a defesa e implementação das propostas (algo que temos vindo a desenvolver há algum tempo, recolhendo contributos de cidadãos *). É pois importante que a seguir a este debate se abra um período para recolha de contributos e para posterior avaliação da sua pertinência e consideração na proposta.

Os Amigosd’Avenida aproveitam a oportunidade para disponibilizar os seus canais de comunicação (mailing-list, blogue e redes sociais *) para apoiar a reflexão que o projecto deverá, naturalmente, desenvolver e estimular.

 

2.

Duas das preocupações manifestadas oportunamente pelos Amigosd’Avenida estavam relacionadas com o programa-base, isto é com a natureza dos objectivos definidos, muito centrados no ‘espaço público’, e com a escolha do instrumento de intervenção - um ‘projecto’ sem um perceptível enquadramento num ‘processo de planeamento’ onde se produzisse a devida articulação com um ‘instrumento de planeamento’ global - ‘um plano’ ou um ‘programa’. Esta necessidade é tanto mais evidente quanto o facto do ‘projecto’ prever modificar o uso e transformação do território, quer na Avenida, quer no Rossio e Estação, contrariando, em alguns casos, planos existentes (por ex. PU Pólis).

Após a apresentação da equipa projectista é importante referir que, apesar das dúvidas, o programa base revela várias preocupações importantes, nomeadamente a significativa redução do trânsito de atravessamento, a valorização do modo pedonal e a qualificação do espaço público para a vivência urbana, questões que vão ao encontro de alguns dos princípios que os Amigosd’Avenida subscreveram na sessão da Assembleia Municipal atrás referida (*).

O esboço da proposta apresentada, apesar de se centrar sobretudo no ‘arranjo do espaço público’ da Avenida, contém também aspectos muito interessantes e relevantes, quer de forma quer de ambiência urbana, que vão ao encontro das preocupações já manifestadas.

No entanto, importa lembrar que existe evidência relevante que mostra que a intervenção no ‘espaço público’ (centrada na regulação da circulação, pavimentos e mobiliário urbano) não é suficiente para assegurar uma adequada revitalização das funções económicas e sociais e da vivência urbana da cidade. São exemplos claros desta situação o inêxito das intervenções realizadas na Praça Marquês de Pombal e na Rua Direita.

No que concerne ao desenho do ‘novo Rossio’ importa sublinhar que a proposta de localização da Ponte Pedonal aqui considerada é diferente da prevista, e actualmente em fase de concurso para construção. Tendo em conta essa circunstância, o seu elevado custo (‘próximo de um milhão de euros’) e a avaliação que a equipa faz da sua pertinência (considerando-a ‘inócua’), talvez fosse sensato suspender o seu processo de construção, aguardando pelo desenvolvimento dos estudos.

Para além disso, ainda no que concerne à intervenção no Rossio, será importante procurar avaliar o impacto que a construção da nova frente urbana proposta poderá ter na entrada Poente da cidade, para evitar o ‘efeito traseiras’ que a proposta considerada poderá, eventualmente, proporcionar.

 

3.

Neste sentido, apesar dos méritos que a proposta apresentada revela, parece-nos ser fundamental (re)equacionar o programa base da intervenção e a natureza das actividades necessárias para o concretizar.

Como referimos oportunamente, mais do que a concepção de um instrumento de planeamento centrado no desenho de um novo ‘plano de chão’ ou na regulação do edificado esta é uma oportunidade única para iniciar um processo de requalificação urbana do centro da cidade. Para isso é fundamental que o programa base inclua ou detalhe outras dimensões (por exemplo a social, a económica e a institucional), mobilize outros recursos, competências e vontades locais, e acentue a capacidade de diálogo e concertação com agentes e comunidade, com o objectivo de definir um quadro global de orientação à transformação da Avenida.

Nesse sentido, e partindo dos princípios que os Amigosd’Avenida identificaram como centrais para o futuro da Avenida (AMA, 26Junho2009), sugerimos que seja dada maior atenção a três dimensões: o papel da Avenida Lourenço Peixinho enquanto ‘montra’, aproveitando a estrutura edificada da Avenida (sobretudo ao nível dos pisos térreos - montra) como ‘espaço de divulgação, promoção e comercialização’ das funções económicos, sociais e culturais onde a cidade de Aveiro se distingue e se pode afirmar no contexto nacional (por exemplo nos domínios das tecnologias, arte e cultura, lazer); o papel enquanto ‘palco’, utilizando o espaço público que se prevê qualificar para a realização de um conjunto de actividades de animação cultural e artística (que valorizem a rede de agentes do sector cultural e criativo da cidade); e o papel enquanto ‘espaço de residência para todos, valorizando a Avenida para a função residencial, combatendo o efeito de utilização sazonal das funções económicas e assegurando uma vivência permanente do espaço.

Para a concretização do princípio ‘montra’ julgamos ser fundamental desenvolver um trabalho prévio de identificação das instituições (públicas e privadas), agentes e funções económicas, sociais e culturais relevantes da cidade que poderão necessitar desse ‘efeito montra’, aprofundar o diálogo e concertação com esses agentes e identificar a tipologia de programas funcionais e modos de implementação (desde regimes efémeros e ‘low-cost’ até formas mais exigentes e duradouras). Por último, deverão identificar-se os edifícios/conjuntos urbanos que poderão ser os mais adequados para acolher esses programas funcionais e iniciar a negociação com os proprietários.

Para a concretização do princípio ‘palco’ entendemos ser importante identificar os agentes e instituições do sector cultural e criativo com experiência no desenvolvimento de actividades artísticas e culturais em espaço público (arte, design, comunicação e tecnologia), devendo procurar identificar-se os espaços públicos adequados ao seu desenvolvimento e os projectos e iniciativas a desenvolver, num quadro de um programa de animação do espaço público não intrusivo e equilibrado. Finalmente, deverá haver o cuidado de avaliar os impactos sociais e económicos e prevenir efeitos perversos (‘carácter efémero’, ‘excesso de eventos’ ou ‘disneyficação’).

Para a concretização do princípio ‘espaço de residência para todos’ propomos que se avaliem as necessidades e ofertas de habitação no centro da cidade (em particular no Plano de Pormenor do Centro), se discuta a pertinência e viabilidade de novas áreas habitacionais (Avenida e nos novos Rossios), se avalie o interesse dos promotores para responder às diferentes necessidades, e, por último, se estude as medidas de apoio ao repovoamento do centro da cidade e Avenida.

 

4.

Tendo em conta a necessidade de se encontrarem meios de financiamento municipais para este projecto, é fundamental que se aprofundem e tornem públicos os estudos de viabilidade financeira da operação (em particular os que envolvem o hipotético parque de estacionamento subterrâneo), se avalie o impacto no mercado imobiliário da abertura de duas novas áreas de construção, quando áreas próximas (por ex. PP do Centro) se encontram ainda por construir e vender e, por último, se reequacionem os investimentos previstos que contrariam o proposto neste estudo (nomeadamente a Ponte do Rossio).

 

Amigosd'Avenida, 13 de Julho 2011

 

[*]

Mailing-list  https://groups.google.com/group/amigosdavenida 

Blogue  http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/

Redes sociais https://www.facebook.com/home.php?sk=group_210534045644503

 

 [*]

‘Testemunhos de cidadãos’

http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/656890.html

‘Seis ideias chave e uma proposta metodológica’26Junho2009

http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/674117.html

‘Pela qualificação do debate público sobre o futuro da Avenida‘ 17Maio2011

http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/650669.html

 



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Sexta-feira, 01.07.11

Pela qualificação do debate público sobre o futuro da Avenida

(17 de Maio 2011)

 

1. A Avenida Lourenço Peixinho representa para muitos aveirenses e para a cidade um espaço de particular relevância simbólica e funcional que tem vindo a sofrer nos últimos anos um profundo processo de desqualificação e descaracterização que se traduz numa crescente desvalorização como espaço residencial, comercial, de serviços e de lazer, com impactos significativos na vida da cidade e da região.

2. A conferência organizada pela autarquia em Novembro de 2008 sobre o ‘futuro da Avenida’ foi recebida com expectativa e particular interesse, pois respondia a uma preocupação colectiva, propunha a definição de um novo instrumento de planeamento para aquele território e manifestava o desejo de envolver a comunidade na construção colectiva desse ‘projecto’.

3. Em consequência dessa conferência foi produzido um documento (‘30 princípios’) que sendo um esforço relevante foi também entendido como um resultado redutor do potencial de envolvimento da comunidade que a conferência indiciava.

4. No final do ano passado a autarquia deu conhecimento da criação de uma nova equipa técnica de coordenação do projecto, liderada pela Universidade de Aveiro. Desde então têm sido realizados alguns momentos de inquérito e auscultação de grupos de interesse, como se pode constatar pela publicação de algumas notícias na comunicação social.

5. Passados alguns meses sobre o arranque dos trabalhos, existe a expectativa de que em breve possa decorrer um primeiro momento de debate público, com a participação de todos os cidadãos interessados e com os responsáveis técnicos e políticos do projecto.

6. Esse momento de debate é tanto mais importante quanto o facto de notícias recentes (‘Requalificação da Avenida vai rondar os quatro milhões’, Diário de Aveiro, 21 de Abril 2011 – notícia disponível em http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/644739.html; ‘A avenida mais criticada também é a mais estimada’, Público 1 Abril 2011) terem levantado algumas de dúvidas quanto à natureza da encomenda e seus objectivos (‘projecto de espaço público’ ou ‘plano(s) urbanístico(s)’?), área de intervenção (‘Avenida e envolvente imediata’ ou ‘Rossio/Avenida/envolvente Estação’?), metodologia e faseamento das actividades (‘projecto entregue em Agosto’ e ‘obra no último trimestre’) e momentos e carácter da participação pública (‘a CMA conta divulgar amplamente a intervenção’).

7. As dúvidas colocam-se, em particular, nos seguintes aspectos:

  • Qual a natureza do instrumento de planeamento que está em desenvolvimento? Se se trata, como algumas notícias sugerem, sobretudo de um ‘projecto de arranjo do espaço público’ da Avenida (para fazer ‘obra’), será esse o instrumento adequado para responder às transformações e necessidades da Avenida e da cidade?
  • E se a área territorial é mais abrangente que a Avenida e áreas vizinhas como será garantida a coerência global às intervenções urbanísticas referidas para o Rossio e Estação?
  • E quanto às dinâmicas sociais e económicas de animação da Avenida, fundamentais para a sua revitalização, de que forma irão ser consideradas e qualificadas? E qual o papel a autarquia entende dever ter nos esforços de dinamização e animação funcional da Avenida?  
  • No que concerne aos objectivos do ‘projecto de requalificação’, não seria importante que a comunidade os pudesse conhecer de forma detalhada para poder discutir com os responsáveis políticos a sua pertinência, reflectir sobre as necessárias dinâmicas institucionais, cívicas e empresariais e ponderar sobre o alinhamento das suas próprias iniciativas?
  • E não será nesta fase, em que ainda não se conhecem com detalhe as propostas, que a intervenção dos cidadãos deve ocorrer, com benefícios óbvios quer para a qualificação do ‘projecto’, quer para a necessária aprendizagem de participação que estes projectos inovadores devem ter (tanto mais que a Universidade de Aveiro está envolvida)? E se existe a vontade de mobilizar os cidadãos e os agentes sociais e económicos não deveria haver uma ampla informação (logo desde o início e de diversas formas) para criar oportunidade para formar opinião, dar solidez ao conceito e programa e mobilizar esforços para a acção (por exemplo, para a identificação de projectos âncora ou para criar sinergias entre parceiros)?

8. Algumas destas dúvidas foram já colocadas por alguns dos cidadãos auscultados no processo técnico de elaboração do ‘projecto de requalificação da Avenida’ e enviadas oportunamente à Presidência do Executivo Municipal.

9. A publicação destas dúvidas pretende dar um contributo para a reflexão técnica e política do processo e para o arranque do debate público sobre o futuro da Avenida Lourenço Peixinho, envolvendo todos os cidadãos e forças vivas da cidade. 

 

[reflexão continua aqui https://www.facebook.com/home.php?sk=group_210534045644503 (Grupo Faceboook) e aqui https://groups.google.com/group/amigosdavenida (Mailing-lits)]

 

José Mota, Gil Moreira, Filipa Assis, Joaquim Pavão, Anabela  Narciso, Tiago Castro, António Morais, Cristina Perestrelo, João Martins, Gaspar Pinto Monteiro



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Segunda-feira, 27.06.11
A Câmara Municipal de Aveiro concluíu a primeira fase do trabalho do 'Projecto de Requalificação da Avenida'
http://www.cm-aveiro.pt/www//Templates/TabbedContainer.aspx?id_class=2300&divName=145s2300. 
 
O documento produzido está disponível aqui - 'Enquadramento Urbanístico, Grandes Intervenções, Conceitos Base para o Espaço Público' 
http://www.cm-aveiro.pt/www//cache/get_bin.aspx?404;http://www.cm-aveiro.pt/www/cache/imagens/XPQ5FaAXX27999aGdb9zMjjeZKU.pdf. Os contributos devem ser feitos para o email: avenida@cm-aveiro.pt
 
Na próxima sexta-feira (1 Julho 2011, 21h nos Paços do Concelho) irá ocorrer o primeiro momento de informação pública sobre o projecto. 
 
Não falte! 

Amigosd'Avenida
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Sexta-feira, 27.05.11

A Avenida de Aveiro!

Décadas passadas, de todas as avenidas  que existem em Aveiro, a única que preserva o valor e a dignidade de projecção além fronteiras, é a Avenida Lourenço Peixinho.

Uma artéria da cidade, na malha urbana densamente povoada em zona central, mantêm hoje um segmento histórico que não se adequa à imagem projectada em décadas, as mesmas que assistiram ao desaparecimento das pessoas e à fixação do automóvel. Mesmo taxado, por aqui continua; os que não estacionam, passeiam-se cima a baixo ou simplesmente atravessando a cidade; sim, uma artéria da cidade histórica que ao longo dos anos, viu a sua utilidade remetida a zona de passagem e de atravessamento.

O futuro!

O futuro da Avenida passa pelas pessoas, não somente as que passam e passeiam, mas as que usufruem: do espaço, das dinâmicas comerciais, das zonas de lazer, das zonas urbanas, do mobiliário urbano, espaços verdes, tecnologia, serviços de proximidade; assumir-se-á um contexto de inovação e de competitividade.

Um espaço urbano agradável, que convive, interage e potencia a permanência de cidadãos.

Uma Avenida histórica, deve no momento em que se equaciona a mudança, de ser capaz de ler no seu percurso os erros e as fracas politicas de ordenamento do território.

A mobilidade na Avenida, deve fazer-se num futuro próximo, num único sentido; deve acabar toda a zona de estacionamento, permitindo somente estacionamento pontual para carga e descarga de materiais e produtos para abastecimento das unidades comerciais ali presentes. O estacionamento dará lugar à duplicação do actual passeio pedonal, e neste, espaços de lazer e descanso, como esplanadas e bancos de apoio.

Espaços verdes, luz e tecnologia, serão os factores de atractividade. A Avenida deverá estar na moda; deverá ser moda.

Estar na moda, porque vai apoiar-se em 30 anos de história aveirense; e deverá ser moda, porque saberá que nos próximos 30 anos as pessoas vão deixar de gastar aquilo que não têm e vão privilegiar o contacto pessoal de uns com os outros; espaços públicos de reunião e confronto de ideias; serão mais exigentes, mas decididos mais informados e mais capazes; tão capazes como o espírito aveirense que perdura no legado de homens e mulheres valentes.

A Avenida é das pessoas e deve-lhes ser devolvida. O automóvel deve remeter-se aos espaços criados na periferia, e deve ser dado privilégio aos transportes públicos e às novas tecnologias de mobilidade.

Na impossibilidade de manutenção das fachadas originais, devem ser catalogadas medidas apertadas e uniformes de intervenção. Deve ser identificada a traça da Avenida, e sobre ela gizar-se-á a recuperação do edificado que o tempo ditará.

Habitação, comercio e serviços alinhavam o futuro da Avenida, que tem as pessoas como pano de fundo. A Avenida será das pessoas e de toda uma dinâmica de cidade, própria da malha urbana central.

Artur Salvador


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Quarta-feira, 25.05.11

A revitalização da Avenida Lourenço Peixinho: notas para uma estratégia e um programa

 

Alberto Souto de Miranda

 

A Avenida Lourenço Peixinho está moribunda. Urge uma operação de reabilitação integrada, que lhe devolva a vida que tem vindo a perder.

 

1. As bruscas mudanças na estrutura do comércio

Primeiro foi a invasão dos serviços (em especial os bancários), com a imolação de cafés/instituições como o Arcada, o Avenida, o Trianon, etc. Depois, foi o progressivo esvaziamento das habitações, com os jovens e menos jovens casais a afastarem-se  para ofertas menos centrais e mais confortáveis. Enfim, a chegada das grandes superfícies comerciais constitui uma ameaça letal num certo tipo de vivência.

 

O resultado é que uma das mais bonitas avenidas do País está desfigurada, transformada num espaço de atravessamento automóvel pouco aprazível, urbanisticamente desarticulado, desfeado e comercialmente nada atractivo.  Importa reagir.

 

É claro que – embora isso não tenha sido sempre compreendido – a emergência do grande comércio era irreversível e necessária para Aveiro. E, realmente, assistimos, nos dois mandatos autárquicos anteriores, à chegada do Jumbo/ Glicínias, do Carrefour e médias superfícies associadas,  do Fórum, do Retail Park, do Lidl, etc. Foi um período muito curto e comercialmente ciclónico, que testemunhou uma profunda mudança de paradigma no pequeno comércio aveirense. As feridas eram inevitáveis. A procura não podia ter tanta elasticidade que permitisse o pequeno comércio resistir como até então: muitos sucumbiram, outros vão sobrevivendo, poucos puderam adaptar-se.

 

Neste contexto (a que se junta uma persistente redução do poder de compra das famílias e uma oferta acrescida de novos centros comerciais em cidades concorrentes, como Coimbra, Viseu e Porto e de ofertas comerciais na Internet),  a Avenida Lourenço Peixinho não pode ombrear com o Fórum Aveiro. Não pode, se se mantiver o marasmo.  É preciso que o poder público intervenha.

 

2. A solução para a Avenida: planeamento estratégico, projecto urbanístico de excelência, integração de políticas públicas  

 

2.1. Um conceito estratégico

(a) Os eixos marcantes

Em primeiro lugar importa saber planear estrategicamente: Aveiro no seu centro urbano tem dois eixos comerciais marcantes: (a) o que vem do Rossio/Praça do Peixe, passando pelas Pontes e segue pelo Fórum, até à nova zona comercial que deverá aparecer junto ao Lago da Fonte Nova, em linha com os canais; (b) o que vem das Pontes, definido pela Avenida, até à Estação, até à nova zona comercial que também ali deverá aparecer.

 

Estes eixos principais cruzam-se com o eixo menor dado pela Rua Direita/Arcos e podem ser “amarrados” entre si pelos pólos da Alberto Souto/Rotunda do Oita/ManuelFirmino/nova frente do canal do Côjo.

   

(b) Uma zona comercial de excelência

Para além desta percepção urbanística - que importa perceber para valorizar -  do que é o casco comercial tradicional do centro de Aveiro, o planeamento estratégico de salvação da Avenida obriga à sua afirmação como o  “Centro”  Comercial de Aveiro: um espaço de encontro e zona comercial de excelência. Leia-se: uma zona onde seja agradável ir e estar, para encontrar os outros, uma zona onde valha a pena ir às compras  e onde valha a pena vender, não só porque a oferta é de qualidade e personalizada e diversificada, mas porque as pessoas aí afluem com facilidade e vontade. Nada disto se passa actualmente.

 

Ir à Avenida Lourenço Peixinho tem de voltar a ser um prazer e, aí comprar, tem de ser sinónimo de se ter comprado no sítio onde a oferta é a melhor. A Avenida tem de voltar a estar “in”. O que não tem nada de elitista. O Mercado Manuel Firmino e o Mercado do Peixe também têm de saber estar “in”.

 

2.2. Um programa de requalificação urbana

 

Requalificar a Avenida é uma operação muito sensível  e de enorme responsabilidade. Aveiro tem de ser muito criterioso e exigente nesse exercício. Não basta sequer rendermo-nos aos resultados de um qualquer concurso público de concepção. Recordo-me que no mandato autárquico anterior ele chegou a ser feito e os resultados não corresponderam às expectativas. É preciso saber o que se quer e não nos conformarmos com soluçõezinhas medianas ou estapafúrdias.

 

Do meu ponto de vista há algumas ideias força que devem ser condicionantes. Assim: (a) manutenção do trânsito automóvel. As propostas de pedonalização total destroem a Avenida enquanto tal, a sua identidade, o seu conceito histórico e agravam mais os problemas comerciais e de acessos. Escalas à parte, seria como que pedonalizar a Avenida da Liberdade ou os Campos Elísios. É uma heresia excessiva. O trânsito deve manter-se, mas será uma função acessória e condicionada, com um tipologia de piso e largura que o torne lento, e maximize o alargamento dos passeios.

(b) Criação de condições para o aumento da qualidade da fruição pedonal, designadamente, através de, pelo menos, a  duplicação da área dos passeios laterais, a  criação de passadeiras francas de circulação entre os dois lados e a instalação de esplanadas de qualidade. Os passeios actuais deverão transformar-se em largas e aprazíveis calçadas à portuguesa, com temas desenhados por artistas portugueses convidados. Um espaço de referência.

 (c) Manutenção e reconstrução da marcação clássica dada pelas árvores originais, com valorização da placa central para as pistas de Bugas, para a estatuária existente e para nova estatuária de valia internacional.

(d) Redução drástica, senão total, do estacionamento de superfície. A duplicação dos passeios (até à entrada do túnel) é necessária para valorizar a relação com as frentes comerciais, mas implica a supressão de algumas dezenas de lugares. Ao contrário do que possa aparentar, não se trata de uma intervenção dramática: já hoje apenas existem umas dezenas de lugares de estacionamento.

(e) Criação de oferta de estacionamento de proximidade, que deve ser maximizado a partir do terreno contíguo à “rotunda do Oita”, com saídas directas para a Avenida, sem esquecer o parque silo já existente no edifício Ana Vieira, o Parque do Fórum,  e o Parque do Manuel Firmino. A solução de um novo Parque subterrâneo, não deve ser excluída liminarmente, mas tudo depende de uma análise custo urbanístico/benefício funcional, que deverá ser  efectuada na comparação com  outras alternativas e, em todo o caso, sempre minuciosamente escrutinada ao nível do projecto (locais de entradas e saídas, viabilidade de manutenção das árvores, etc).

(f) Salvaguarda da possibilidade futura de circulação do  eléctrico de superfície – como aliás o túnel já previu.

 (g) Substituição e uniformização de todo o mobiliário urbano e iluminação pública.

(h) Manutenção e regularização  do piso de paralelipípedo clássico em toda a extensão.

(i) Regras estritas sobre publicidades, cartazes, toldos, acessibilidade de pessoas com necessidades especiais, cargas e descargas.

 

2.3. Um programa interdisciplinar

A revitalização da Avenida passa também por uma integração de várias políticas públicas. Um bom projecto urbanístico de intervenção no espaço público soçobrará, se não for acompanhado de outras dinâmicas:

 

Assim:  (a) Política de mobilidade adequada (oferta de estacionamentos de proximidade efectiva, uma rede de transporte colectivos amigável, quando não mesmo um circuito detransporte público dedicado).

(b) Promoção turística (designadamente por ocasião de congressos) e promoção de espaços hoteleiros e de restauração.

(c) Animação de rua apropriada e fomento de tempos de convivencialidade cívica.

(d) Política de marca (sacos, embrulhos, publicidade sob a mesma marca englobante da Avenida).

(e) Política activa de gestão urbanística que induza a resolução de impasses, crie expectativas fundadas e potencie os investidores a apostarem nesse novo centro comercial a céu aberto.

(f) Definições claras ao nível de planeamento sobre  volumetrias e usos e imposição de usos mistos (comércio, serviços e habitação) numa abordagem de quarteirão, de modo a que morar na Avenida torne a ser um desejo – pela qualidade de vida - e uma possibilidade – pela oferta diversificada.

(g) Indução de canais de comunicação atractivos entre o Fórum e o Pólo da Fonte Nova com a Avenida, de modo a que este centro possa ser sentido com um todo de qualidade e vivência homogéneas. Neste aspecto, equipamentos como a Capitania, a biblioteca, os Armazéns de Aveiro, o edifício do saudoso Teatro Avenida, as traseiras da Avenida /nova frente para o canal do Côjo, o decrépito Oita, a Fundação António Pascoal, a nova dinâmica que pode ser criada na velha estação da CP, o mercado Manuel Firmino e a Casa da Juventude, podem desempenhar uma importante função agregadora. E há projectos estagnados que podem ser importantes: a ligação da galeria da Alberto Souto à Lourenço Peixinho, o edifício do antigo Centro de Saúde, o da antiga Garagem Atlântico, etc…

 

3.Financiamento e modelo de gestão

Uma intervenção assim tem um orçamento significativo. Mas mais significativo por omissão é não ter um orçamento. Os fundos disponíveis para a reabilitação urbana devem poder ser utilizados. O problema não me parece que seja o financiamento. O problema é a falta de estratégia. Importa captar fundos consignados à modernização dos estabelecimentos comerciais e à formação profissional.

 

O comércio deve estar ciente da sua oportunidade e das características do contexto; a oferta deve primar pela qualidade, pela diversidade, pelo atendimento personalizado. Só assim valerá a pena e ganhará sentido uma política de marketing  agressiva,  que o promova como “centro” comercial com marca de excelência.   

 

Uma intervenção assim só pode ser bem sucedida se tiver um poder autárquico forte, capaz de ganhar os agentes envolvidos e de induzir confiança na sua capacidade de realização para um projecto exigente como este. Uma Câmara bem estruturada e liderada pode fazê-lo. Propendo no entanto a pensar que, nas condições actuais, o modelo Pólis – com provas dadas – é o que melhor se adequa à sensibilidade desta intervenção. Reunindo competências especialmente dedicadas e uma equipa profissional que consiga consensualizar um  projecto de grande qualidade e executá-lo com rigor.

 

Aveiro, 14 de Setembro de 2008

(texto publicado na Revista Salinas)     



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Terça-feira, 24.05.11

Avenida I andamento (estreia)

Avenida (para Mandillo)



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Quarta-feira, 18.05.11

 

 

 

 

A 'minha' Avenida

 

Não sei se a ‘minha’ Avenida já existiu, ou se só existe na minha cabeça. Por um lado, tenho a ideia que não se trata de algo verdadeiramente inovador. Num certo sentido, julgo tratar-se mesmo de um regresso ao passado, ou a um ‘certo passado’ da Avenida. Por outro, devo dizer que ela não é verdadeiramente ‘minha’, pois é feita de ideias de muita gente com quem tenho pensado nestas coisas.

 

Como ponto de partida devo referir que perante as diversas dificuldades e constrangimentos a ‘minha’ Avenida tem de ser ‘fácil’ de construir, barata, de resultados visíveis no curto prazo e construída por pequenos passos graduais.

 

Num primeiro momento começava por recuperar o conceito de ‘passeio público’ para se ganhar, de novo, o hábito (e o gosto) de andar a pé no centro da cidade. Para isso aumentava a dimensão dos passeios, reduzia o espaço do estacionamento, promovia esplanadas e os carros a andar devagar (com menos faixas ou mais estreitas). E (re)colocava as árvores no sítio certo, onde passam as pessoas.

 

De seguida mobilizava os cidadãos a participar na retirada dos cartazes que se amontoam nas paredes da Avenida e convidava artistas plásticos para intervenções de embelezamento e pintura dos edifícios devolutos (um ‘limpar de cara’ da Avenida). Dava vida temporária às lojas devolutas, negociando com proprietários e mobilizando artistas e criativos (músicos, pintores, escultores, escritores, cientistas, investigadores) para residências artísticas/científico-tecnológicas de curta duração, na esperança que algumas dessas funções ganhe vida própria, se fixe e gere emprego e actividade.

 

Ao mesmo tempo sensibilizava os agentes culturais (galerias, escolas de música, grupos de teatro e dança, fotografia) e das tecnologias (som, imagem, comunicação) para iniciativas de animação dos espaços públicos da Avenida e áreas marginais, desenhando e promovendo circuitos culturais que afirmem Aveiro como local de referência na animação urbana e cultural e a Avenida como ‘montra’ ou ‘laboratório’ principal desse esforço.

 

Paralelamente, iniciava conversas com proprietários de alguns edifícios nucleares da Avenida (Edifício Banco Portugal, Garagem Atlantic, Estação CF,…) para aí promover programas âncora que trouxessem funções estruturantes (ou estratégicas) para o centro da cidade.

 

Contudo, apesar de todos estes esforços teria o cuidado de explicar, ouvir e envolver os cidadãos e demais actores, desde o início do processo, na definição, clarificação e concretização desta visão.

 

Por último, teria a preocupação de perceber que a ‘minha’ Avenida será sempre um projecto inacabado, que precisa de avaliação e monitorização, de estudo e acompanhamento, e que é, acima de tudo, um exercício de aprendizagem de como se faz cidade.

 

José Carlos Mota

 

cidadão e investigador 




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A Avenida

João Martins

 

http://joaomartins.entropiadesign.org/2011/05/17/a-avenida/

 

Em Aveiro, chama-se simplesmente “Avenida” à Avenida Dr. Lourenço Peixinho, uma das mais antigas artérias da cidade e que é “rematada” com a Estação dos Comboios. A “Avenida” é, mais do que uma artéria da cidade, um assunto de debate, um pomo de discórdias e concórdias várias, um foco do investimento de reflexão crítica sobre a cidadania e sobre as possibilidades e modalidades de participação cívica na discussão sobre o futuro da cidade. E a “Avenida” representa e corporiza, simultaneamente, os piores vícios do passado e presente da cidade— alguma estagnação económica e urbana, alguma anemia cívica, alguma estreiteza de vistas, ignorância e má-fé de decisores políticos e promotores imobiliários (uns travestidos noutros, por vezes)— e alguma da esperança no seu futuro— há um importante movimento cívico que se auto-intitula Amigos d’Avenida, sobre ela se produzem reflexões várias, nela se projectam soluções de e para a cidade (vejam aquie participem no Facebook).

Eu confesso que tenho dúvidas sobre o que pode ser a Avenida. Desde pequeno, aliás. Há uns anos atrás, tinha mesmo dificuldade em entendê-la como Avenida, por se tratar, de facto, dum cul-de-sac que, na minha perspectiva, só podia ser uma boa solução urbana caso o transporte ferroviário tivesse o peso estratégico que devia ter nas políticas de mobilidade e transportes. Em vez disso, abriram-lhe um buraco para ela deixar de ser um cul-de-sac(trocadilho não intencional) e ligaram-na a uma grande rotunda numa política de municipalização da EN109 e, por isso, de aposta continuada no transporte rodoviário, sobre a qual tenho sérias dúvidas. A construção da nova Estação de Comboios sinaliza a modernização infra-estrutural da linha do norte, mas nada de estratégico ou impactante na política de mobilidades acontecerá por esta via. A linha do Vouga e as possibilidades de novas ligações (comboio ou metro de superfície) pelo menos até Águeda, continuam a ser uma miragem. A sectorização da linha do norte por parte da CP e o papel de Aveiro como ponto de encontro não articulado das ligações suburbanas ao Porto e “regionais” a Coimbra, colocam Aveiro numa posição estranha, no panorama ferroviário.

Mas, para lá deste aspecto “operativo” da Avenida e duma das suas potenciais funções que, obviamente depende do peso que pretendemos dar, colectivamente, ao equipamento que é o seu limite e remate natural, como é que se pode intervir sobre os restantes 1400 metros de Avenida e qual a natureza e objectivos dessa intervenção? Porque é que a Avenida é importante? Para que serve?

Aveiro, como terra pequena que é, e com os seus tiques provincianos adoráveis, é sensível a discursos que mistificam a Avenida como símbolo da cidade, espaço de memórias e qualidades urbanas perdidas. Eu, que vivi em Aveiro uma boa parte dos meus (curtíssimos) 34 anos de vida, não me lembro dessas qualidades urbanas. Lembro-me de alguma vitalidade mais bem distribuída, lembro-me de menos parcelas devolutas, lembro-me de mais arquitectura ordinária e menos arquitectura osbcena… mas lembro-me dum afastamento e desinteresse face a este espaço que, colectivamente, explica a sua degradação, as intervenções desqualificadas, a perda sistemática de funções urbanas e um desrespeito inacreditável pelas poucas peças de arquitectura com algum valor, que suscitaram apenas uma indignação passageira, ainda que apaixonada, em alguns casos.

A Avenida de Aveiro, de que agora todos queremos ser “amigos”, esteve “abandonada” à sua sorte durante muitos anos. Décadas. Temos que ser capazes de assumir esse abandono, colectivamente, e perceber as suas causas, antes de grandes intervenções cosméticas, seja qual for a receita de “regeneração urbana” aplicada.

Porque, acima de tudo, não podemos presumir que está toda a gente “mortinha” por ir para a Avenida e utilizar os seus espaços, logo que eles estejam requalificados.



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Quarta-feira, 17.11.10

  1. Fez a semana passada dois anos que a CMA iniciou o processo de debate público sobre o futuro da Avenida Lourenço Peixinho, com a organização de uma conferência que mobilizou vários especialistas.
  2. Como resultado desse trabalho a autarquia produziu um conjunto de 30 princípios de intervenção que deveriam contribuir para a clarificação de um programa funcional e de um projecto urbano.
  3. Acontece que passados estes dois anos ainda não se conhece o resultado desse trabalho que a Avenida e a cidade urgentemente necessitam.
  4. A rápida plantação dos castanheiros da índia na sequência do abate dos choupos levanta algumas dúvidas sobre a pretensão da autarquia em concretizar, nos próximos tempos, um novo projecto para Avenida, o que a acontecer será de lamentar.
  5. De qualquer forma, na linha das preocupações de intervenção expedita que a autarquia tem estado a desenvolver, sobretudo visando a criação de condições de atractibilidade para a época natalícia, gostaria de deixar uma sugestão.
  6. Para além da colocação da iluminação de Natal sugiro o lançamento de uma campanha de limpeza urbana da Avenida que retire todos os cartazes que se amontoam pelas paredes dos edifícios devolutos e que propicie a devida dignidade às entradas de alguns prédios, que se têm vindo a tornar espaços de higiene urbana muito duvidosa.
  7. Este lavar de cara da Avenida seria um importante sinal que a autarquia e proprietários dariam aos cidadãos, um primeiro passo para uma intervenção de fundo que a cidade ansiosamente aguarda!

José Carlos Mota, 10 Novembro

[Crónicas d’Avenida, Terranova]



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Segunda-feira, 15.11.10

Fotografia enviada por um cidadão aveirense.


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Segunda-feira, 08.11.10

 

http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/1279.html

http://www.cm-aveiro.pt/www/cache/imagens/XPQ5FaAXX15581aGdb9zMjjeZKU.pdf



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Quinta-feira, 04.11.10

'Troca de árvores prejudica o ambiente' ver notícia no JN de hoje (4 NOV 2010)



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Quarta-feira, 03.11.10

A responsabilidade da gestão do futuro de uma cidade cabe exclusivamente ao executivo municipal, a quem outorgamos, de quatro em quatro anos, o poder para decidir sobre o destino da nossa vida colectiva local.

Quando o fazemos desejamos três coisas.

Esperamos que a gestão seja baseada em critérios de racionalidade técnica, que garantam uma utilização eficaz e eficiente dos recursos disponíveis.

Pretendemos que haja sensibilidade e bom senso para ouvir, perceber e responder aos anseios da comunidade.

E temos a expectativa que as decisões não sejam casuísticas, isto é, desejamos que obedeçam a uma ideia de futuro, construída e legitimada de forma colectiva.

Quando procuro perceber a argumentação que tenta justificar a decisão sobre a via do Alboi, ou mesmo sobre o abate dos Choupos da Avenida, percebo que o executivo municipal se está a basear exclusivamente numa racionalidade técnica, cuja natureza não é inócua ou neutra e muito menos acima de qualquer crítica.

Parece-me delicado e injusto que o ónus e responsabilidade das decisões sobre a racionalidade técnica e sobre quem a produz.

Seria pois importante que os decisores políticos não deixassem de exercer o seu papel de validação social e política das intervenções, para garantir que respondem aos anseios da comunidade e concretizam uma ideia de futuro para a nossa cidade.

Por isso, talvez seja oportuno reflectir sobre as razões que levam os moradores do bairro do Alboi e mais de 1.500 cidadãos (http://www.facebook.com/Alboicortadoaomeio) a contestar de forma tão veemente uma intervenção que deveria contribuir para o seu bem-estar e qualidade de vida.

José Carlos Mota, 3 Novembro

[Crónicas d’Avenida, Terranova]



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Terça-feira, 02.11.10

 



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Quarta-feira, 29.09.10

Projecto para a avenida deve ditar destino dos choupos

'Estudo encomendado pela Câmara pretendeu apenas aferir o estado daquelas árvores, não avaliando “outras dimensões relevantes”, referem Amigos d’Avenida'

http://www.diarioaveiro.pt/main.php?srvacr=pages_13&mode=public&template=frontoffice&layout=layout&id_page=8843




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Terça-feira, 28.09.10

http://www.terranova.pt/index.php?idNoticia=5611



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Sexta-feira, 24.09.10

Documento ‘Estudo Biomecânico das árvores da Avenida Lourenço Peixinho’

http://issuu.com/amigosdavenida/docs/metodo_de_trabalho
http://issuu.com/amigosdavenida/docs/lista-intervencoes
http://issuu.com/amigosdavenida/docs/folha_id

http://issuu.com/amigosdavenida/docs/glossario

http://issuu.com/amigosdavenida/docs/bibliografia
http://issuu.com/amigos2010/docs/portfolio



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Quinta-feira, 23.09.10

'Movimento cívico dirigiu apelo público à autarquia para que divulgue as razões para o abate da totalidade dos choupos existentes na Avenida Dr. Lourenço Peixinho'

notícia aqui



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Quarta-feira, 22.09.10

Quem desejar obter uma cópia do estudo justificativo do abate dos choupos da Avenida pode solicitá-lo para o email amigosdavenida@gmail.com.

De qualquer forma, convém referir que ainda não foram disponibilizados os anexos do estudo que contém uma análise mais pormenorizada de cada uma das árvores.

Esperamos poder ter acesso a essa informação oportunamente.

Amigosd'Avenida

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http://www.facebook.com/amigosdavenida

http://www.facebook.com/abater44chouposavenida

 





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'Algumas notícias publicadas recentemente na comunicação social (JN e DA) chamavam a atenção para o facto da autarquia aveirense na última reunião do executivo ter tomado, por unanimidade, a decisão de abater quarenta e quatro choupos na Avenida Lourenço Peixinho pelo facto destes ‘oferecerem perigo para a segurança de pessoas e bens’.

Não estando em causa a necessidade da autarquia agir tendo em conta o risco existente, talvez se justifique alguma reflexão sobre a metodologia utilizada para responder ao problema.

Importa referir, antes de mais, que esta é uma intervenção sem paralelo na história da cidade, pois pretende abater mais de 50% das árvores da sua avenida central, sem previsão definida de replantação, realizando-se num espaço de enorme valor simbólico e que tem vindo a ser penalizado por um significativo ‘processo de desqualificação e perda de atractividade’ (O futuro da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, CM Aveiro, 2008).

Ribeiro Telles e Francisco Caldeira Cabral referem numa das suas obras emblemáticas (A árvore em Portugal, 1993) que as árvores urbanas desempenham um papel fundamental nas cidades pois ‘reduzem a poluição atmosférica, diminuem os níveis de ruído e a velocidade do vento e suavizam as temperaturas, para além do seu valor estético’. Algumas destas características apresentam uma relevância significativa para a Avenida pelo facto de aí terem sido detectados problemas ambientais graves nomeadamente elevados valores de poluição por partículas e monóxido de carbono, acima dos limites fixados pela legislação (Carlos Borrego, Colóquio ‘o futuro da Avenida Dr. Lourenço Peixinho’, Novembro de 2008).

Importa acrescentar que os Princípios Orientadores de intervenção para o futuro da Avenida, definidos recentemente pela CMA, consideram no domínio da ‘qualificação das intervenções’ (princípio 16) que ‘a arborização é considerada como fundamental como elemento estético, paisagístico, ecológico e de sombreamento e protecção do peão’.

Por tudo isto, não se pode deixar de lamentar que uma decisão desta natureza (e amplitude) seja tomada como uma medida sectorial, que vise resolver um dos problemas, sem equacionar outras dimensões igualmente relevantes, e seja executada como uma medida administrativa não tomando em conta a sensibilidade do assunto e a necessidade de informar previamente os cidadãos das razões ponderadas que suportam a drástica decisão.

A delicadeza do assunto e as críticas recentes à falta de informação em processos relevantes para o futuro da cidade (Praça Melo Freitas, Ponte Pedonal do Rossio, Via Rodoviária do Alboi, Parque da Sustentabilidade) recomendaria que este momento pudesse ser aproveitado para partilhar com os cidadãos os critérios e a razões que suportam esta delicada decisão.

Tendo em conta as dúvidas que a parca informação disponível suscitou em cidadãos e especialistas na matéria, seria importante que a autarquia desse a conhecer publicamente o estudo que justificou a decisão do abate das 44 árvores para que se possa perceber a sua fundamentação e os planos que tem preparado para minimizar a situação e futura replantação, para equacionar o seu desenvolvimento de forma gradual e, eventualmente, solicitar uma segunda opinião sobre esta matéria.

Finalmente, seria igualmente importante que a autarquia clarificasse a forma como pretende articular esta intervenção com o projecto de requalificação da Avenida, que se iniciou há quase dois anos'.

JCM

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Quarta-feira, 15.09.10

Crónicas d’Avenida - # 1 – Poder e racionalidade - os movimentos cívicos

Rádio Terranova, 15 Setembro

José Carlos Mota

 

As Crónicas d’Avenida são um espaço de opinião que irá para o ar às quartas-feiras de manhã e que responde ao um amável convite da Rádio Terranova. Estas crónicas irão procurar dar um pequeno contributo para qualificar e valorizar o debate sobre o futuro da cidade alargada de Aveiro a partir de reflexão produzida sobre outras realidades.

A propósito de um Estudo de Caso de planeamento da cidade de Aalborg, na Dinamarca, o investigador Bent Flyvbjerg (Rationality & Power – Democracy in practice, 1998) conclui que ‘quanto maior o poder menor a racionalidade’. O autor explica que o ‘poder está sobretudo preocupado com a definição da realidade, mais do que com o conhecimento de como ela funciona’ referindo ainda ‘a liberdade que esse poder dispõe para não apresentar a racionalidade que suporta as suas decisões’. O autor finaliza referindo que ‘em sociedades democráticas o argumento racional é uma das poucas formas de poder que os cidadãos ainda dispõem’.

Estas conclusões aplicam-se de forma clara à realidade em Portugal e, em particular, à realidade recente em Aveiro. Muitas intervenções de planeamento visam intervir numa determinada realidade sem perceber como ela funciona e, por isso, sem antecipar os seus possíveis impactos. Para além disso, o poder tende, frequentemente, a negligenciar a clarificação das razões que suportam os seus investimentos.

É por isso natural que, face a esta situação, surjam movimentos cívicos, como os Amigosd’Avenida, que procurem acentuar a necessidade clarificar a racionalidade que está por detrás dos projectos e processos que têm a ver com o planeamento do futuro da cidade.

A complexa relação entre o poder e a racionalidade é ‘um sinal da fragilidade da nossa democracia’ e um alerta para não a assumirmos por adquirida. A democracia tem de ser procurada todos os dias nas diversas instâncias e se os cidadãos não se envolverem nesta luta, ela provavelmente deixará de existir. A intervenção dos grupos cívicos deve ser olhada, sobretudo, como um estímulo para melhorar a gestão da coisa pública e o funcionamento da nossa democracia local.

 



publicado por JCM às 14:32 | link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 16.04.10
Barcelona está a desenvolver uma metodologia interessante para promover a reflexão sobre o futuro da sua 'Avenida Diagonal' (http://www.bcn.es/diagonal/). Depois de acordado o conceito ('privilegiar a mobilidade pedonal e ciclável e o transporte colectivo em detrimento do automóvel') e de fundamentadas tecnicamente as opções ('Boulevard' ou 'Nova Rambla'), os cidadãos participam na escolha da solução.
Na sequência da apresentação desta ideia na mailing-list dos Amigosd'Avenida (que tem neste momento mais de 250 inscritos), um dos seus membros (Filipa Assis) sugeriu que a pudéssemos 'testar' na reflexão sobre o futuro da Avenida Lourenço Peixinho, em Aveiro, mobilizando a autarquia, os agentes locais e os cidadãos.
Tendo em conta a complexidade do desafio, e a necessidade de 'adequarmos' a metodologia à nossa realidade, abrimos aqui (e na maling-list) uma reflexão sobre como podem os cidadãos de Aveiro (e os responsáveis) responder a este interessante desafio.
Os interessados podem enviar os seus contributos para amigosdavenida@gmail.com.
Entretanto, disponibilizamos um conjunto de links de documentos recentemente produzidos sobre o futuro da Avenida:
Bom fim-de-semana
JCM


publicado por amigosdavenida às 21:30 | link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 14.10.09

 A cidade morre e ressuscita. São as feridas que a tornam interessante. É o carácter excessivo do sonho, impregnação da vontade. Somos conquistados, figuras sem história, observadores de feitos. A estreia absoluta da obra Avenida.

Joaquim Pavão 



publicado por JCM às 00:16 | link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 18.09.09

 Os Amigosd'Avenida foram convidados a participar no programa Portugal em Directo que foi para o ar esta sexta-feira às 13h30. 

Pode consultar o programa aqui (Edição Coimbra -2009-09-18).



publicado por amigosdavenida às 14:00 | link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 08.09.09

(artigo de opinião de Raquel Pinho)

A Avenida é por excelência uma das portas de entrada da cidade, a qual necessita de ser reabilitada. Tal como todas as portas que fazem parte da Avenida! Muitas vezes passei pela Avenida mas foi na visita realizada a 27 de Julho que OLHEI para as PORTAS que um dia já estiveram abertas para a Avenida, que um dia preenchiam a Avenida de gentes.

Embora num estado degradado, algumas num estado de degradação bastante avançado, as portas não deixaram de me suscitar interesse, pelas características e singularidades de cada uma, e me levar para um futuro, onde, algumas abertas outras que se iam abrindo, pessoas, de todas as idades, entravam e saiam e davam novamente vida à Avenida…

Mas para haver todo este movimento é preciso que a porta nos transporte…uma porta não é só um número (agora sim, em grande parte é!). Uma porta é um número que representa uma pessoa, várias pessoas, uma actividade, várias actividades…e que se encontra (m) do outro lado da porta…e é tudo isto que comunica com a Avenida…a porta num primeiro plano, o interior do edifício num segundo, terceiro…..planos.

É preciso abrir as portas para Avenida!!! Isto implica que alguém pegue nas chaves!!! E preencha o interior do edifício….

Raquel Dora Pinho



publicado por amigosdavenida às 12:48 | link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 04.08.09

A primeira 'visita de trabalho' permitiu identificar três tipos de sugestões/intervenções:

- acções de curto prazo: por exemplo limpeza de todos cartazes das paredes dos edifícios devolutos ('a avenida não é um painel publicitário'); lavar o rosto da avenida -> proposta de pintura dos edifícios abandonados ou devolutos;

- acções de médio prazo: identificar alguns edifícios âncora (por exemplo: Banco de Portugal, ‘beco cultural’ da Escola Riff, a Casa Paris, a Garagem Atlantic) para onde se deveriam identificar programas funcionais (com base em pesquisa de projectos similares);

- longo prazo: trabalho com proprietários/autarquia, para potenciar desenvolvimento de algumas ideias que este projecto poderá vir a gerar.

Se quiser participar nas próximas etapas do desafio envie um email paraamigosdavenida@gmail.com



publicado por amigosdavenida às 23:21 | link do post | comentar | favorito

Outras surpresas - Os edifícios devolutos

 

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publicado por amigosdavenida às 23:13 | link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 28.07.09

 



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publicado por amigosdavenida às 00:52 | link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 27.07.09

Notícia Terranova

O movimento “Amigos da Avenida” manifesta preocupação com o futuro da avenida e aponta a zona da estação como uma das áreas a merecer intervenção cuidada. No decorrer de uma jornada de trabalho na avenida Dr. Lourenço Peixinho, alguns elementos da sociedade civil percorreram a artéria num levantamento das potencialidades e constrangimentos. Sobre a área da estação, detectam lacunas ao nível dos serviços e um “adormecimento” que poderia potenciar a criação de uma área vocacionada para as artes.
Os "Amigos d´Avenida" realizaram uma acção que teve por objectivo, potenciar uma discussão pública e estimular os aveirenses a “pensar” esta histórica Avenida de Aveiro. Um cidadão de Aveiro, em declarações à Terra Nova, defendeu "a criação de espectáculos culturais em plena via pública", como sendo essa "uma forma de dar vida ao centro da cidade". Criar um espaço pedonal para interacção social, desenvolver actividades artísticas em espaço público e articular a avenida com outros espaços públicos da cidade, estas algumas das ideias base, defendidas pelos "Amigos d´Avenida".




publicado por amigosdavenida às 23:39 | link do post | comentar | favorito


DESAFIO DOS AMIGOSD’AVENIDA À COMUNIDADE AVEIRENSE

http://projectoavenida.blogs.sapo.pt/

No seguimento da participação do movimento cívico Amigosd’Avenida na sessão pública organizada pela Assembleia Municipal (26JUN) sobre ‘o futuro da Avenida Lourenço Peixinho’, temos vindo a alertar para a necessidade de mudar o rumo do debate ‘muito centrado nas questões infra-estruturais - perfil da avenida, estacionamento e sentidos de trânsito’ para uma discussão focalizada no ‘carácter e funções que queremos que a Avenida tenha’.

Nessa ocasião, os Amigosd’Avenida defenderam que o ‘projecto’ deve constituir uma oportunidade de (re)construir na Avenida (e na cidade de Aveiro) o ‘sentido de lugar e de comunidade’ assumindo como prioridade de política urbana ‘voltar a viver o centro’.

Para responder a esse novo desígnio foram propostos seis princípios fundamentais:

  • Avenida como ‘montra e porta de entrada’ -> oportunidade para potenciar as funções económicas e sociais mais dinâmicas da cidade (tecnologias, arte e cultura, lazer) -> reabilitar edificado; oportunidade para discutir a relocalização das funções centrais da cidade (por ex: serviços CM, loja cidadão,…);
  • Avenida como ‘espaço de residência para todos’ -> repovoar o centro e a avenida; respondendo às diferentes necessidades e estratos sociais (estudantes UA, casais jovens, classe média,…); os diferentes ‘fornecedores’ (públicos e privados) de habitação; os problemas ‘invisíveis’ que ‘habitam’ a avenida (os sem abrigo);
  • Avenida como ‘passeio público’ -> espaço pedonal para interacção social;
  • Avenida como ‘palco’ -> desenvolvimento de actividades artísticas em espaço público; arte urbana; laboratório de experimentação de aplicação de tecnologias em espaço público;
  • Avenida como ‘espaço acessível e partilhado’ -> maior prioridade aos modos suaves de deslocação; acentuar deslocações transversais e menos longitudinais;
  • Avenida como ‘rótula de ligação‘-> articulação da Avenida com outros espaços da cidade.

Para dar seguimento ao trabalho que temos vindo a realizar, entendemos lançar um desafio designado ‘Construir um ‘projecto’ para a Avenida! Trata-se de um exercício colaborativo, aberto a cidadãos interessados, para ,com base nos princípios previamente identificados, ‘reflectir e idealizar futuros possíveis para a nossa Avenida’.

O primeiro passo desse projecto colaborativo será realizado no próximo dia 27 Julho, segunda-feira, pelas 17:30, com uma ‘visita de trabalho’ à Avenida (com partida da Praça Melo Freitas), com o objectivo de fazer uma sessão de reconhecimento do sítio que permita perspectivar (e questionar) o seu futuro. Pretendemos que essa sessão de trabalho seja apoiada em visitas ao espaço público e ao interior de alguns edifícios, no anotar e fotografar de aspectos relevantes, e em conversas com utentes e proprietários.

Deve resultar desta visita um esforço de ‘mapeamento de ideias’, onde se identifiquem problemas e potencialidades, oportunidades e riscos. Este trabalho deverá procurar identificar medidas a propor executar no médio-longo prazo e sugerir um conjunto de pequenas medidas de execução no curto-prazo para as quais pretendemos mobilizar esforços e vontades (por ex: limpeza das paredes de edifícios devolutos, acções de limpeza do espaço público).

Atendendo a que se trata de uma sessão de trabalho com duração reduzida (duas horas) o número de inscrições admitidas será limitado. Os interessados deverão enviar a sua inscrição até 26 Julho para o endereço amigosdavenida@gmail.com (com indicação de nome, contacto telefónico e email).

Amigosd’Avenida

http://amigosdavenida.blogs.sapo.pt/



publicado por amigosdavenida às 00:25 | link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 20.07.09

'Vamos construir um ‘projecto’ para a Avenida' é um projecto colaborativo que os Amigosd'Avenida vão lançar em breve. Esteja atento!




publicado por amigosdavenida às 09:48 | link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 17.07.09


publicado por amigosdavenida às 02:11 | link do post | comentar | favorito

Quinta-feira, 09.07.09

(artigo de Jorge Silva, Presidente da ACA, publicado no Diário de Aveiro 8JUL)

 

Foi com enorme prazer que no passado dia 26 de Junho, a Associação Comercial de Aveiro – ACA, esteve na Assembleia Municipal de Aveiro, aceitando o convite da Dr.ª Regina Bastos, numa sessão dedicada ao tema “qual o futuro da Avenida do Dr. Lourenço Peixinho”. Este convite serviu para apresentar o nosso contributo materializado no ensaio “A Avenida Vende?”.

Aquele espaço, de excelência da nossa democracia municipal, encheu-se de gente (sinal do interesse que este assunto suscita e também do inovador formato usado na sessão da Assembleia Municipal) com o intuito de acompanhar o desenrolar de trabalhos que foram divididos em dois momentos – um primeiro onde nós, a câmara municipal, o gabinete de arquitectura D’Aveiro - Eng. Estrela Esteves, os Amigos d’Avenida e os representantes da ordem dos arquitectos e dos engenheiros apresentamos as nossas ideias e anseios e uma segunda parte onde vários deputados dos diferentes grupos, por nós eleitos, teceram comentários vários sobre este assunto.

11 de Outubro aproxima-se, momento onde todos nós exercemos o nosso dever de escolher os seus representantes para os diferentes órgãos autárquicos. Para que estas escolhas tenham um fundamento, para lá do clubismo partidário que se criou na nossa sociedade após a queda do Estado Novo, seria de todo interessante que os nossos futuros candidatos se posicionassem com alguma precisão no que pensam, também eles, para a nossa Avenida  – 1 faixa de rodagem? Ou 2? Ou zero faixas? Passeio central? Ou não? Fecho do comércio durante as obras? Ou não? Parque subterrâneo para estacionamento? Ou não? Criação de um grupo de trabalho para pensar a avenida? Ou vamos avançar rapidamente? Devemos salvaguardar o comércio existente na mesma? Ou devemos optar por deixar o comércio à sua mercê? Muitas mais perguntas poderíamos aqui fazer.

A ACA fica muito satisfeita que a nossa Avenida tenha ganho ao longo destes meses estatuto de tão elevada preocupação, pois pensamos que este espaço de Aveiro é a zona âncora da nossa cidade o epicentro da mesma e deve ser devidamente pensado e discutido. 

Neste sentido, a Associação Comercial de Aveiro em co-organização com o Diário de Aveiro formula o convite aos candidatos autárquicos a presidente da Câmara para apresentação do seu ideal para A Avenida à comunidade comercial (e não só) no salão Nobre da ACA no dia 2 de Outubro pelas 21 horas 



publicado por amigosdavenida às 09:00 | link do post | comentar | favorito

Segunda-feira, 29.06.09

'É  necessário questionar e compreender os novos hábitos das pessoas para que se possam adaptar a esses novos hábitos, novas realidades culturais, comerciais, residenciais e de mobilidade. Quando soubermos aquilo que os Aveirenses anseiam então podemos partir de uma forma mais segura para fazer uma Avenida para o século XXI'.

Jorge Greno, Enguia Fresca



publicado por amigosdavenida às 01:15 | link do post | comentar | favorito


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