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Associação pretende organizar um festival de curtas-metragens ainda este ano
O Centro Comercial Oita, em Aveiro, que outrora foi o ponto central de diversão da cidade, guarda lá dentro uma espécie de "Cinema Paraíso". Não é o de Giuseppe Tornatore, mas, num espaço escondido entre lojas já abandonadas, o Oita projecta a sétima arte num ambiente familiar, como só os cineclubes conseguem recriar. O Cineclube de Aveiro é, ele próprio, símbolo de resistência ao tempo. Já esteve numa situação delicada, mas o guião parece guardar-lhe uma reviravolta na história.
Depois de passar por uma situação financeira delicada, o Cineclube de Aveiro volta a estar mais activo e pretende, além de continuar com as sessões cinematográficas, desenvolver projectos educativos nas escolas, chamando os estudantes para projecções especiais no Oita. Pedro Jordão, presidente do cineclube desde 2006, fala também da intenção de, ainda este ano, organizar um festival de curtas-metragens. "Esse projecto seria para arrancar no último trimestre de 2009, mas ainda está a ser desenvolvido e há-de ser anunciado brevemente", afirma.
Com cerca de 200 sócios, o Cineclube de Aveiro é, actualmente, "o único meio para dar a conhecer um tipo de cinematografia diferente, de um modo sistemático e regular, à cidade", refere Pedro Jordão. É ainda um dos poucos cineclubes no país a disporem de uma sala de projecção própria, onde promove sessões cinco dias por semana, suspendendo essa actividade à terça e à quarta-feira.
"Procuramos sempre oferecer uma programação diversificada e actual de cinema independente e de autor, mas também mantemos a exibição dos grandes clássicos, que são no fundo lições de cinema e que achamos que devem estar disponíveis à população", acrescenta Pedro Jordão, referindo que formar público é a grande luta do cineclube - "principalmente numa cidade em que o sector cultural é talvez aquele em que se nota um envolvimento menor da população", vinca.
A associação recebe o apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual e da Câmara de Aveiro. Pedro Jordão acredita que, em Portugal, sem haver algum tipo de apoio institucional é praticamente impossível manter esses projectos de cinema alternativo, visto que, "no caso dos cineclubes, a preocupação é, em primeiro lugar, a qualidade dos filmes, independentemente da rentabilidade que estes possam gerar".
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