As alunas Maria Angélica Santos, Maria João Correia, Mariana Greno, Nicole Rodrigues e Denise Domingues, da Escola Secundária José Estêvão, no âmbito de Área de Projecto, convidam V. Exa. para a
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Inauguração da Exposição de Pintura e Fotografia na Casa da Cultura (Edifício Fernando Távora), no dia 10 de Maio (segunda‐feira), pelas 18 horas.
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A exposição estará patente de 10 a 16 de Maio, entre as 9 e as 19 horas, com o objectivo de angariar fundos para a IPSS – Florinhas do Vouga com os lucros das vendas das obras.
29 de Maio a 27 de Junho na Galeria António Prates, Lisboa
Sobre a exposição
"A cidade é o motivo condutor do olhar e da paleta de cores vivas e contrastantes, de regresso ao real, mas a um real em constante mutação subversor da ordem das aparências e que propõe a transgressão como forma de aceder a outras realidades, ainda um além do visível que ondula nas superfícies fragmentadas e espelhando os movimentos, as variações da luz mutável.
Ritmos verticais de uma grande cidade, arquitecturas virtuais, a vibração óptica das linhas, a incidência da luz nas superfícies fragmentadas por um movimento, como o que o tempo imprime às formas. Ritmos verticais e horizontais de paisagens em serena combustão, neblinas vagas, sugestões de cor onde todas as formas adormeceram e se preparam para um iminente despertar. Dança das formas e da luz na instalação que reproduz o processo mental do artista, verdadeira máquina de fabricar paisagens imaginárias, de desconstruir as arquitecturas, ou de as travestir em puras criações do espírito".
Maria João Fernandes (A.I.C.A.)
VER EXPOSIÇÃO NUNO SACRAMENTO - Galeria de Arte Contemporânea
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A Galeria Sacramento de Aveiro e A Figueira Grande Turismo – EEM informa, que irá realizar-se, no próximo dia 17 de Abril, pelas 18h00, no Centro de Artes e Espectáculos, a inauguração da exposição intitulada:
“Michael Barrett – Corpo Azul da Figueira a Buarcos”.
Michael Barrett corpo azul da Figueira a Buarcos” é uma exposição retrospectiva, composta por uma cuidada selecção de obras originais, em aguarelas, acrílicos, desenhos e óleos, do grande artista e criador recentemente falecido, Michael Barrett.
Nas décadas dos anos 80 e 90, viveu entre a Figueira da Foz e Buarcos, onde permaneceu muitos anos, tantos que ganhou naturalmente direito a que o consideremos uma figura emblemática da nossa terra.
Diverso, livre, polémico, criador e ingénuo, Michael Barrett é uma referência na Arte Portuguesa do Século XX. Este artista era considerado puro, ousado mas ingénuo, inventivo mas popular. De paleta inconfundível, era directo e objectivo quando se tratava de apreender o real e o imaginativo sempre que a sua poética o levava a trabalhos menos consensuais.
Esta exposição está patente de 17 de Abril a 30 de Setembro, nas Salas 2 e 3 do CAE, de Segunda a Sexta-feira, das 9h30 às 19h00, e Sábados, Domingos e Feriados, das 14h00 às 20h00.
Aproveitamos a oportunidade para o convidar para a inauguração no dia 17 pela 18 horas, onde haverá uma apresentação oficial deste evento, visita guiada à exposição, seguida de um cocktail.
Aqui vos envio esta crónica sobre o Michael Barrett.
Convido-os a estarem presentes na inauguração desta exposição a 17 deste mês no Centro de Artes e Espectáculos da F. da Foz, pelas 18 horas.
Bom F. S. são os desejos do
José Sacramento
Michael Barrett Corpo azul da Figueira a Buarcos
"Esta figura carismática, popular que se chamou Michael Barrett foi um pintor que, desde 1974 passou a visitar Aveiro por longos períodos de tempo e aqui, pela sua maneira simples de ser e pela sua simpatia, granjeou um larguíssimo número de amigos com quem conviveu e pintou em franca e sã camaradagem. Pintor exímio, autodidacta e de cariz naife, pintou Aveiro e toda a sua vasta região, durante quase trinta anos. Está representado no Museu de Aveiro com uma belíssima aguarela representando o Canal central no centro da cidade e fazendo parte de centenas de colecções de arte em todo o distrito de Aveiro.
Com uma exposição retrospectiva-antológica marcada para o próximo dia 17 no Centro de Artes e Espectáculos - CAE na Figueira da Foz, apresentamos hoje na nossa crónica semanal, um história que escrevemos para o livro-catálogo que irá ser lançado no dia da inauguração, para relembrar aos nossos leitores, esta interessante personagem, também um “aveirense” como ele próprio, muitas vezes se intitulou.
Grande admirador de Picasso e Matisse, descendente de pais estrangeiros, toda a vida viveu em Portugal onde veria a falecer em 2004.
Conhecemo-nos em 74. Logo a seguir ao 25 de Abril. Apresentou-nos o pintor Julio Gouveia. Na feira de artesanato de Cascais num sábado cheio de sol. Estava em tronco nu com um copo de vinho na mão e a comer.
E foi assim toda a sua vida. Uma vez perguntei-lhe: Michael , a tua vida é comer e pintar, a tua vida resume-se nisso, mais em comer ou pintar?
Mais em comer, respondeu ele a sorrir, malicioso no olhar, como ele às vezes fazia!
Michael vivia em função destas duas necessidades, para ele fundamentais. Adorava pintar e adorava comer!
Na realidade ele não sabia fazer mais nada na vida a não ser isto e, fazia-o muito bem!
Pintar era para ele tão vital e tão necessário como respirar. Estava-lhe no sangue, estava-lhe na alma!
Era visceral. Pintava exaustivamente sempre com o maior prazer que o acto de criar lhe proporcionava. Caso curioso, pintava sempre com a mão direita e comia com a esquerda.
Nunca ligou nada à sua carreira profissional nem nunca se preocupou com a sua imagem nem com a sua promoção artistíca. Foi sempre muito simples e sem preconceitos de espécie alguma. Muito descontraido, fazia e conquistava amigos á primeira vista! Mas, individualista por natureza, gostava mais de receber do que oferecer, sendo por vezes, até, um tanto egoísta.
Para ele tudo estava bem, o que era importante era viver o dia a dia. Sem grandes preocupações nem responsabilidades. Chegou mesmo a recusar alguns bons contratos que lhe dariam paz e tranquilidade económica mas, ele sempre os recusava.
Nunca se quiz profissionalizar nem nunca o vi zangado com ninguém.
Às vezes queixava-se mas, era quando tinha alguma “encomenda” que não lhe agradava muito pintar mas, dava-lhe jeito para o sustento da família.
Nunca foi rico nem apegado a coisas supérfulas mas, gostava de oferecer flores às senhoras.
Era rico de espírito, de vivências, de amizades, a todos tratava por tu desde a primeira hora. Adorava a noite e beber um copo com os amigos.
Sempre o conheci de pêra e bigode quichotescos que manteve toda a vida bem como um cabelo prateado e comprido.
Simpático e com boa figura, a todos agradava com o seu sorriso e o seu charme da mistura de sangue inglês da mãe e de francês do pai. Uma mistura que assentava muito bem no nosso querido Michael, com uma loucura saudável só digna de um génio como ele.
Tão vincada e forte foi a sua personalidade que ainda hoje, não nos habituamos à sua perda.
Às vezes dá-nos a sensação de que foi fazer uma viagem e que vem daqui a um bocado…
Ainda estamos à espera dele…
Não resisto em contar um pequeno episódio que se passou há largos anos numa fábrica da zona industrial de Ílhavo que o Dr. Mário Soares, na altura Presidente da República veio inaugurar, precisamente a 12 de Julho de 1986. Lembro-me dele ter chegado à fábrica de helicópetro.
Para a inauguração preparei uma exposição com cerca de 30 telas sobre o poeta Fernado Pessoa que se intitulava “Retratos polémicos do Fernando imagens do impossível”, com os títulos dos quadros, tais como: “Ventriloquo”, um menino ao colo de Pessoa; “Fernando, o definitivo encontro”, o mostrengo atacando o homem do leme; “Heterónimo secreto”; “O outro lado do Fernando”; “O meu outro eu”, Fernando Pessoa vestido de travesti e com ligas pretas; “Fernando ao espelho”, Fernando Pessoa de frente a um espelho com uma estola ao pescoço, entre outros quadros.
Obras que o Dr. Mário Soares apreciou com muita calma, uma a uma, comigo como cicerone, seguido pelo pintor, pelo Presidente da fábrica e por um larguíssimo leque de convidados.
Culto e conhecedor como é de artes plásticas, Mário Soares que tinha chegado à uma semana de Londres de uma visita ao atelier da pintora Paula Rego, perguntava por onde tinha andado tal pintor que não o conhecia, mas que tinha uma obra tão boa, tão interessante e com tanta qualidade?
Michael respondeu: tenho andado por aí a pintar. Agora estou aqui em Aveiro há uns meses a preparar esta exposição dos Pessoas.
Continuamos a visita com grande dignidade e muito interesse de ambas as partes.
Mário Soares chegou mesmo a interessar-se por uma obra, presisamente “O meu outro eu”. Fez uma boa referência a ela criticando-a positivamente pelo arrojo que o artista teve ao criar tal obra, mostrando-se interessado em ficar com ela.
Eu, nessa altura, dei uma cotovelada ao Barrett e disse-lhe: oferece-lha.
Imediatamente o Michael diz-me ao ouvido: ele que a compre que é muito rico!
E lá seguimos adiante, com este aperitivo da exposição, para o almoço que a fábrica ofereceu aos seus convidados onde estavam figuras públicas, camarárias, politicos, governantes, entidades oficiais, religiosas e civis, empregados fabris e muitos convidados.
Após um belíssimo almoço muito bem servido e muito bem regado, o Presidente da fábrica veio ter comigo para lever o pintor ao Dr. Mário Soares pois, este gostaria de conversar um bocado com ele. Lá fui eu, eufórico e nervoso, a correr desencantar o Michael que estava já a digerir o belo almoço com que se banqueteou.
Olha, o Mário Soares quer falar contigo!
O que é que ele quer? Se calhar quer comprar-me o quadro!
Mas, não era nada disso. Simplesmente Mário Soares como uma grande personalidade da cultura portuguesa, queria mais uma vez dar os parabéns ao pintor pela magnífica exposição que tinha visto.
Após alguns minutos de conversa, com Mário Soares sentado e Michael de pé, diz-lhe aquele:
Gostava muito de o convidar a visitar a minha colecção de arte!
Ao que Michael ingenuamente retorquio: Agora não posso estou em Aveiro sabes?
Pode ser um dia qualquer, quando tiveres tempo, diz-lhe Mário Soares.
É pá, olha, tambem não posso porque ando sempre teso e também não sei lá ir a tua casa!
Não faz mal, eu mando o meu motorista buscar-te.
Assim já pode ser. E tu, tens muitos quadros?
Nesta altura, Mário Soares levanta-se e intelegente como é, e vendo que estava diante de uma personagem muito especial, também o tratou por tu e disse-lhe:
Dá-me o teu telefone que depois eu ligo-te.
Mário Soares, rindo-se e bem disposto, deu-lhe o braço e lá foram os dois pela fábrica fora…de braços dados e a conversarem como dois velhos amigos! …
Michael Barrett foi um dos meus melhores amigos. E foi-o durante muitos anos, precisamnte três décadas. Há irmãos que não se dão tão bem!
Se tivemos zangas? Se nos chateamos muitas vezes? Tantas e tantas que até lhe perdi a conta. Mas, tudo voltava ao normal passado uns tempos. A verdadeira amizade prevalece com o perdão mútuo. Com o amor fraterno que nasce destas longas e sãs amizades!
Mas Michael não morreu …
Simplesmente arrumou a paleta e os pinceis.
Michael Barrett iniciou a sua longa viagem, a viagem da eternidade …"
(Pedrod'Oliveira)
CONVITE
Bom dia!
Gostaria de convidar os meus amigos e companheiros a reenviarem o convite da minha exposição de pintura para os vossos contactos e amigos, estado certo que assim darei a volta ao mundo em menos de 80 dias!
Como os bancos entram em falência todas as semanas e as casas são compradas nos Estados Unidos a menos de 1000 dólares, não estando eu na condição de os oferecer porque gastei nos materiais, resta-me, além da venda, trocá-los por refeições em restaurantes, uma prancha de surf (usada), um K1 ou K2, um fim-de-semana em hotel ou pousada, compras na mercearia da esquina, calças de ganga ou sapatilhas do meu agrado, bicicleta com bom design (nova ou usada), gasolina ou revisão para os meus carros (preciso de dois pneus novos para o Skoda), tijolos, telhas, louças de casa de banho e alumínios para a casa nova(!), serviço de jardinagem, bem como o projecto do arquitecto paisagístico porque pasmem-se, já os troquei por serviços de limpeza!...Acho que as empregadas são cada vez mais cultas e modernas (sei que tinha vivido em França)!
Conheci um caso em que o pintor trocou o seu trabalho por peixe fresco para muitos meses (chama-se a isso pagar em prestações suaves) e sei que ambos estavam satisfeitos com o negócio! (Por mim até pode ser carne!)
Abraço
pedro d'oliveira
página 39
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