'EDP lucrou 792 milhões no terceiro trimestre' (Económico, 30/10/2013)
http://economico.sapo.pt/noticias/edp-lucrou-792-milhoes-no-terceiro-trimestre_180677.html
Editado por Maria Encarnação Sposito e José Rio Fernandes, o livro 'Nova Vida do Velho Centro' contém um capítulo sobre Aveiro e a Avenida, escrito por Luis Bruno Soares, Frederico Moura e Sá e por mim.
A apresentação do livro ocorrerá pelas 16h do dia 31 de Janeiro no Café Guarany, no Porto.
RTV - José Ferraz Alves sobre a Rede Norte from ACdP on Vimeo.
José Ferraz Alves da Associação de Cidadãos do Porto apresenta a recentemente criada REDE NORTE, no jornal da RTV (15/07/2009)
'A Associação de Cidadãos do Porto (ACdP) está a criar uma rede de movimentos cívicos da região Norte. Para já, a plataforma “informal” - que será chamada Rede Norte e vai ser apresentada hoje, às 21h30, no Clube Literário do Porto – conta com a ACdP e a Associação Comboios XXI'.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391276&idCanal=59
notícia Público
"A reunião foi bastante produtiva", sintetizou ao PÚBLICO Jorge Afonso Mota, da livraria Era Uma Vez..., responsável pelo lançamento da ideia. "Avançou-se de forma significativa, sendo de sublinhar um grande empenhamento da câmara", comentou o livreiro, acrescentando que o encontro, promovido pela autarquia, permitiu também recolher um amplo conjunto de ideias que, numa fase posterior, permitirão dar corpo ao projecto de criar um fenómeno de animação cultural semelhante ao das galerias de arte da Rua de Miguel Bombarda.
"Queremos, numa primeira fase, impor e vender o conceito do Bairro do Livro e, depois, avançar com um conjunto de iniciativas numa lógica estrutural e de continuidade, em vez de apostar numa lógica de espectacularidade coreográfica que se esgotaria muito rapidamente", explicou Jorge Afonso Mota. Jorge Marmelo".
notícia Público "Oporto Royal Club vai pôr hoje o coração da Baixa a "bombar" 12 horas non-stop. A festa multicultural começa às 18 horas e acaba às seis da manhã em armazéns da Rua do Dr. Magalhães Lemos. É uma festa com dress code: é preciso levar uma T-shirt com um coração "Há uma sede de cultura na cidade, por isso esperamos uma adesão bastante grande", afirma Jaime Gomes, da Oporto Royal Club. "Os verdadeiros activistas da animação da Baixa do Porto vão estar aqui, com destaque para a música e para as belas-artes", acrescenta o organizador da festa, que contou com o apoio da empresa municipal Porto Lazer, na logística e na divulgação. Em http://www.12hcoracaodabaixa.com/, a Oporto Royal Club apresenta uma série de sugestões de "customização" da camisola. Quem não puder ou quiser fazer a sua própria T-shirt, poderá comprar uma no local. A organização também disponibiliza mais informações sobre a festa no Twitter (http://twitter.com/12horas) e no My Space (http://www.myspace.com/12hnocoracaodabaixa). É contudo no site http://www.12hcoracaodabaixa.com, que ontem já contabilizava mais de 1200 visitantes, que se apresenta a informação mais completa sobre o evento. Jaime Gomes chama a atenção para o que se vai passar na Sala de Som e Imagem: aqui vão ser exibidos alguns dos melhores projectos na área da animação, ficção, documentário e vídeo experimental que foram realizados nos últimos anos na Escola de Artes da Universidade Católica do Porto. No espaço Furniture Performance estarão 12 (claro) peças de design de seis autores portugueses. E pelo Main Room e Social Lounge vão actuar DJ Kitten, Rui Pregal da Cunha e muitos outros mais ou menos conhecidos".
Outra informação útil é a de que esta é uma festa com traje obrigatório, ainda que, como ressalva Jaime Gomes, este seja porventura "o dress code mais democrático do mundo". Os visitantes estão obrigados a apresentar-se com uma T-shirt com um coração. A ideia é que os convivas se entreguem ao processo criativo de fazer a sua própria T-shirt com o coração que simboliza o coração da cidade.
Ao longo deste mês, cada um dos 100 artistas convidados pelo Espaço T vai pintar uma estátua [um "Óscar" do cinema, à escala humana], sob o mote "Um homem utópico que se pode tornar real se lutarmos por ele". Com o objectivo de exteriorizar o "Homem T" que existe "dentro de cada um de nós", esta primeira fase confia aos artistas a reflexão sobre a necessidade de um novo paradigma social, sem segregação.
Jorge Oliveira pretende que esta não seja uma simples exposição de arte pública, mas a materialização da ideologia que o Espaço T tem vindo a fomentar: "a existência de um Homem Total".
Após este primeiro momento de incubação artística, o projecto Homem T tem a exposição agendada para o período de 3 de Julho a 31 de Agosto, na Avenida dos Aliados. Da interacção do público com as 100 obras, Jorge Oliveira espera "muito ruído positivo". Como o projecto visa ser auto-suficiente em termos financeiros, as obras serão levadas a leilão no dia 19 de Setembro. Baseando-se na experiência do trabalho realizado na associação, animada pelo objectivo da integração sociocultural de todos os indivíduos, Jorge Oliveira questiona: "Se o trabalho é frutuoso com pessoas com doenças mentais e outras, por que não tentar que todos sejam afectados e contagiados por alguma reflexão?".
As cem estátuas pintadas pelos cem artistas vão ser expostas na Avenida dos Aliados de 3 de Julho a 31 de Agosto."
Notícia JN
"Ideia do PS agradou. Câmara já limpou seis mil metros quadrados
A proposta partiu da vereação socialista, mas agradou a Rui Rio. "Há muita sujidade no Porto, há ruas completamente grafitadas. Proponho que a Câmara reúna os grafiters para reabilitar estas zonas degradadas, os edifícios sujos e feios", propôs a vereadora substituta do PS, Carla Miranda, ontem de manhã, na reunião pública do Executivo. "É possível trabalhar com esta gente", acrescentou a socialista, considerando que o trabalho pode ser feito em colaboração com as juntas de freguesia. Carla Miranda lembrou, no entanto, que é preciso fazer a distinção entre os grafiters e os que se limitam a assinar nas paredes (tags), como forma de marcar território. Rui Rio achou "interessante" a proposta, nomeadamente no que toca à articulação com as juntas de freguesia. "Embora a Câmara esteja a fazer um esforço para limpar as paredes da cidade, admito que a entrada de novos grafitos seja superior. Pegar nas paredes velhas e dar-lhes uma nova vida parece-me uma boa ideia", reiterou o presidente da Câmara do Porto. De acordo com a informação, publicada no último número da revista oficial da Câmara do Porto, a Direcção Municipal de Ambiente e Serviços Urbanos tem vindo a fazer um esforço em termos de limpeza urbana, dando "prioridade à intervenção na remoção de grafitos que proliferam no espaço público". "Até agora foram limpos mais de seis mil metros quadrados", pode ler-se no artigo". Aproveitar os grafiters que ilegalmente espalham desenhos pela cidade, desordenadamente e sem critério, e pô-los a reabilitar muros degradados é uma solução que a Câmara do Porto poderá vir a pôr em prática.
O evento pretende transformar esta zona da cidade do Porto no epicentro de diversas actividades. Durante sete dias consecutivos, de manhã à noite, estão programadas horas de lazer e de pedagogia. "Recriar a Praça" é o mote de várias oficinas. Hoje mesmo a Praça da Olga recorre a diferentes materiais para construir novas praças e, no dia 28, a "Praça contada em histórias" dá dicas de escrita. Na sexta-feira, o destaque será para os azulejos, com a oficina Decoralejo.
A arte não se restringe às artes plásticas, também compreende as artes florais e até marciais. No dia 30, continua a festa: as Marionetas Araújo e Ofélia vão entreter miúdos e graúdos (10h00) e, após o almoço, o Conservatório de Música do Porto estará representado por um trio de trompetes (15h00). A Primavera na Praça encerra com convívio na praça, no domingo, às 16h00.
A galeria Olga Santos, com o apoio da Porto Lazer, programou sete dias de actividades pedagógicas
A galeria, o palco de concertos e a sala de electrónica do bar vão estar em acção simultânea: os cartazes, já realizados, espelham a visão pessoal dos designers sobre a iniciativa; as bandas só podem mostrar aquilo que são em 15 minutos; e os DJ têm de compilar num set de dois temas a "música que os apaixona", explica Durães. O objectivo do 20 bandas, 20 DJ, 20 cartazes é reunir "diferentes linguagens num evento único e comum", de forma a esboçar um retrato "em modo velocista" dos agentes culturais do Porto e de cidades vizinhas.
O designer Júlio Dolbeth, os grupos Evols e Fat Freddy e os DJ Rodrigo Affreixo e Justamine vão ser alguns dos artistas participantes. A exposição das ilustrações começa às 22h e tem entrada gratuita. Os concertos e os djs sets têm início às 23h, com bilhete a 3 euros".
A animação dos Palminha Dentada – estrato do espectáculo "A Cidade dos que Partem" – é um exemplo do que a PIC pretende ver acontecer no mercado.
Ultrapassada a ameaça de conversão do Bolhão num vulgar centro comercial, a Câmara do Porto rompeu as negociações com a empresa TCN e partiu para um projecto de “reabilitação do mercado” articulado com o Ministério da Cultura (através do Igespar) . Apesar de desconfiada quanto aos meios de financiamento disponibilizados, a PIC quis contribuir com “propostas concretas”.
A plataforma vê o Bolhão como “uma peça essencial para a animação cultural, recreativa e económica da Baixa”. Ideia-chave do manifesto: sem deixar de ser um mercado tradicional de frescos, o Bolhão deve abrir-se “a outras valências”. A PIC sugere a instalação, no mercado, de uma loja turística, um “café-bar Erasmus”, uma esquadra com atendimento a estrangeiros, um “espaço dedicado à história dos mercados” e “bares com animação nocturna e espaço para concertos”. Também ali quer animação. E por animação entende cultura (artes populares), desporto e recreio (jogos tradicionais)”.
Notícia enviada por Ana Jervis Cunha
vídeo retirado daqui
Passeio/Movimento Alternativo de Bicicletas 25 de Abril 2009 from Neo1379 on Vimeo.
"A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) lança em 2009, ano em que assinala os 40 anos da instituição, o ciclo de conferências “Encontros a Norte”, centrado na promoção do intercâmbio de experiências internacionais na implementação de políticas públicas, planos de acção e outras iniciativas no domínio do desenvolvimento regional.
Numa óptica de passagem da estratégia à acção, este ciclo de conferências visa o envolvimento e a participação activa de instituições regionais, empresas e personalidades relevantes em cada uma das áreas temáticas escolhidas para os diferentes encontros, fazendo ainda apelo das experiências adquiridas em iniciativas recentes no âmbito do “NORTE 2015”.
Sendo as Indústrias Criativas uma das apostas prioritárias para a competitividade da Região do Norte, a CCDR-N, em parceria com a Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas (ADDICT), elegeu como tema da primeira conferência a experiência inglesa da Creative Industries Development Agency – (CIDA).
Anamaria Wills, Chief Executive da CIDA, foi a conferencista convidada, com uma comunicação intitulada “Transforming Creativity into Business: the case of the Creative Industries Development Agency""
Apresentação aqui
"A A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) abriu dois concursos de financiamento às indústrias criativas no valor de 40 milhões de euros, que é "uma aposta sem precedentes", disse ontem o presidente daquele organismo, Carlos Lage. "Estão a decorrer dois concursos de financiamento às indústrias criativas no expressivo valor de 40 milhões de euros para apoiar investimentos em infra-estruturas e grandes eventos culturais", anunciou o presidente da CCDRN, Carlos Lage, na conferência As indústrias criativas na Região do Norte.
O Programa Operacional Regional do Norte tem uma dotação orçamental de 25 milhões de euros para infra--estruturas, o que prevê a criação e qualificação de centros de competência e de excelência criativa, de incubadoras de negócios criativos e de espaços interdisciplinares de convergência criativa.
De acordo com o aviso de abertura das candidaturas, o objectivo é "dotar a Região Norte de espaços de convergência entre produção e fruição, de promoção e exibição de conteúdos criativos e de formação de públicos para actividades criativas".
A CCDRN abriu também um concurso para grandes eventos culturais, que recebe uma dotação orçamental de 15 milhões de euros.
"Os apoios concedidos destinam-se a criar oportunidades que valorizem, em Portugal e internacionalmente, as actividades culturais e criativas e as competências técnicas residentes no Norte de Portugal", realçou Carlos Lage, na primeira conferência dos Encontros a Norte, que se realizou ontem na Fundação de Serralves, no Porto. O prazo para apresentação das candidaturas decorre até 30 de Julho".
Porto, 31 Mar (Lusa) - Um grupo de artistas pretende "agitar" os cafés da baixa do Porto, entre 16 e 18 de Abril, com um projecto de residências artísticas, que quer ser uma chamada de atenção para a "efervescência" da actividade criativa na cidade. "A comunidade de autores artísticos do Porto reúne muitas vezes em cafés para criar, isso é algo visível", salientou Ana Rocha, uma das promotoras da iniciativa, em declarações à Lusa. A primeira edição do projecto 'Regime de Meia Pensão', que será publicamente apresentada quarta-feira no Porto, vai decorrer entre 16 e 18 de Abril, com a participação da escritora Ana Luísa Amaral, da artista plástica Isabel Carvalho e do programador cultural e escritor João Gesta. Nesta iniciativa também estão envolvidos o actor Jorge Andrade e o escritor Valter Hugo Mãe. Estes cinco criadores vão estar em produção nos três dias do projecto nos cafés Ceuta e Guarany, nos Maus Hábitos e Plano B e na Leitaria da Quinta do Paço, que são espaços de referência na vida da cidade do Porto. O processo criativo será registado em vídeo, fotografia e texto, mas, segundo Ana Rocha, "não é obrigatório que o criador consiga produzir um trabalho durante os três dias". "O importante é que exista essa intenção criadora", frisou. Este projecto é uma iniciativa da Associação Cultura Arco da Velha, que pretende "chamar a atenção para a situação de efervescência artística que se vive na cidade". "O Porto está em efervescência, com novos grupos e autores a surgir. Nós queremos com este projecto trazer esse ambiente de criação para locais do quotidiano como são os cafés", frisou Ana Rocha. Nesse sentido, recordou que "durante muitos anos, os cafés foram locais privilegiados para os artistas se encontrarem e para a produção artística", apesar de admitir que esta tradição cultural da cidade se tem perdido. No último dia desta iniciativa será realizada uma visita a cada um dos locais para a apresentação dos trabalhos, mas o público pode visitar os artistas em qualquer altura, de forma a acompanhar todo o processo criativo. Ana Luísa Amaral estará no Café Ceuta, enquanto Isabel Carvalho vai para o Café Guarany e João Gesta para a Leitaria da Quinta do Paço. No Plano B estará Jorge Andrade e Valter Hugo Mãe vai ocupar um espaço no Maus Hábitos. FR. Lusa/fimNotícia JN
notícia INESC Porto
"Representar o Porto através de sons é o desafio proposto pela Escola de Verão em Design de Interacção Sonora, uma iniciativa de âmbito europeu que este ano decorre na Cidade Invicta, numa organização liderada pelo INESC Porto - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto, com a colaboração da Casa da Música e do Grupo em Tecnologia Musical da Universidade Pompeu Fabra (Barcelona). Ao longo de quatro dias, estudantes do Ensino Superior com interesse em Arte Sonora têm a oportunidade de aprender com investigadores seniores a comunicar, transmitir emoções ou fazer arte e investigação científica com os sons do Porto. Além de palestras e tutoriais técnicos personalizados, os alunos tomarão contacto com o conceito de redes sociais nesta área, através de uma plataforma que permite a edição, categorização e partilha de gravações entre os utilizadores.
Os sons do Porto, desde as ruas às pessoas, dos locais mais emblemáticos até a qualquer espaço nocturno, são, de
A Escola está aberta a estudantes do Ensino Superior que pretendam aprofundar competências na área de design de interacção sonora, uma área do saber que explora o som enquanto veículo de informação, catalisador de emoções ou representação estética. Estimula-se também a produção de projectos de cariz científico ou artístico sobre as mais recentes tecnologias de registo, edição, descrição, recuperação e interacção sonora sob a supervisão de 11 especialistas internacionais. Para além da vertente formativa assegurada por investigadores seniores através de palestras, a Escola de Verão em Design de Interacção Sonora pretende ainda dar voz à nova geração de jovens investigadores que são encorajados a dar a conhecer as suas ideias, discutir os principais desafios actuais desta área bem como a partilhar conhecimento através do Freesound.org, uma rede social quepermite a editar, categorizar e partilhar dos conteúdos sonoros. As candidaturas para esta Escola devem ser submetidas através do sitehttp://smcnetwork.org/summerschool/porto2009 até 24 de Abril.
Esta iniciativa conta com o apoio da Acção COST IC0601 Sonic Interaction Design, financiada pela European Science Foundation".
ver:Inspiration links
Sugestões de Joana Ivónia
19 MAR 2009, 17h00
BIBLIOTECA DE SERRALVES
Requalificar e procurar novos equilíbrios
Durante décadas o território nacional foi urbanizado e infra-estruturado, seguindo uma lógica de interesses alheia à defesa do ambiente e da qualidade de vida das populações. A ausência de uma verdadeira política de ordenamento do território (OT) conduziu ao crescimento desregrado de periferias urbanas de elevadas densidades.
À medida que as populações se apinham na orla litoral e sofrem o desgaste decorrente do congestionamento do tráfego, dos elevados níveis de poluição atmosférica e sonora e do clima de insegurança crescente, o interior do País desertifica- se em consequência da falta de actividades económicas capazes de fixar os mais novos. A desactivação de equipamentos urbanos de educação e saúde reforça a falta de atractividade destas zonas.
Perante a insustentabilidade desta situação e, sendo 2009 um ano de eleições autárquicas e legislativas, é tempo de nos interrogarmos. Que soluções temos ou precisamos para corrigir este estado? Será a criação de políticas de OT, de médio e longo prazo, incompatível com o regime democrático? Os planos de OT são verdadeiros instrumentos de planeamento ou continuam a permitir a tomada de decisão discricionária e avulsa?
Oradores Convidados:
João Joanaz de Melo
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
Teresa Sá Marques
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Carlos Cardoso Lage
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte
Moderador
Arminda Deusdado
Biosfera – Farol de Ideias
ENTRADA GRATUITA mediante inscrição prévia para
tel: 22 61 56 587 ou e-mail: c.almeida@serralves .pt
Notícia Público
"Obras foram inauguradas pelo ministro da Cultura e pelo presidente da Câmara do Porto, que promete requalificar o resto da rua. Os desenhos da calçada são de Ângelo de Sousa"
notícia Público
"O Breyner 85, projecto a meio caminho entre um clube ao estilo inglês e uma academia cultural, é a nova estrela de uma rua que parece ter despertado da letargia"
"...o Breyner 85 (a meio caminho entre um clube ao estilo inglês, onde todos os dias acontece qualquer coisa, e uma academia cultural) é a grande novidade. Para já, o corpo docente está virado para a música, mas o leque de oferta formativa deverá ser alargado às artes dramáticas e à dança. Aqui pode-se aprender, criar, mostrar e editar e, para tal, há um estúdio de gravação no piso inferior e várias salas de ensaios. Para o visitante ocasional, a componente de bar/espectáculos será a mais interessante: no piso térreo há uma cafetaria, cuja decoração traz à memória o período entre os séculos XIX e XX (a casa data de 1906); no piso superior está o café-concerto, com um pequeno mas bem equipado palco; nas traseiras, o logradouro funcionará, no Verão, como esplanada e já lá está instalado um palco. O Breyner 85 estará aberto todos os dias, das 10h às 2h, e exigiu um investimento de cerca de um milhão de euros".
info daqui
BOMBARDA CULTURAL DISTRICT
arte | design | arquitectura | moda
Este sábado a festa volta ao quarteirão de Miguel Bombarda, com as habituaisinaugurações simultâneas de exposições de arte contemporânea, animações de rua e diversas intervenções artísticas, uma oportunidade para conhecer as lojas mais trendy, os espaços mais alternativos, ateliers de arquitectura e design, o ‘nosso’ CCB, os cafés e restaurantes da zona … A partir das 16 horas, mais um dia cool.
Aproveite ainda para ver a nova rua, de cara lavada terminadas as obras de requalificação.
Para não se perder imprima e leve este “mapa” consigo e aproveite para o actualizar … (retirado do mupi de Novembro 2007)
E, já agora, antes de ir conheça aqui as nossas sugestões mais cool.
"Três moliceiros que se encontravam ao abandono foram vendidos pela Câmara de Aveiro a uma empresa do Porto que os vai recuperar para passeios na ria. Será a quinta empresa turística a operar na laguna".
notícia JN
Notícia Público
"Criadores como Anabela Baldaque são vizinhos de restaurantes e de lojas tradicionais. Esta foi a rua onde, nos anos 60, nasceu a mítica discoteca Dona Urraca"
Notícia Público
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notícia Publico
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"A antiga Casa Margaridense é agora um espaço de lazer multiusos. Na Baixa, há vários antigos espaços de comércio e indústria com nova vida
Quando era criança, Sara Pinto era uma das muitas clientes da Casa Margaridense. Agora, aos 35 anos, lança-se na aventura de retomar parte do espírito que fez do espaço da Travessa da Cedofeita, no Porto, uma referência histórica no fabrico e venda de pão-de-ló e outras iguarias. O número 21 da travessa acolhe agora a Casa de Ló (a abertura oficial é na próxima quarta-feira), que recupera a antiga loja e junta-lhe uma cafetaria, salão de chá e um bar, para satisfação dos muitos curiosos que, durante as obras, espreitavam pelas janelas.
É o último caso de uma tendência recente e que promete continuar: a transformação de espaços com tradição na vida económica do Porto - fábricas, armazéns, livrarias - em sítios de lazer, com forte actividade nocturna. A precariedade laboral e a vontade de criar projectos pessoais são alguns dos motores do surgimento destes projectos. Foi assim também na Casa de Ló, cujas responsáveis quiseram "mudar de vida".
A tabuleta "Aluga-se" na porta da Margaridense, fundada em 1880 e encerrada em 2007, tornou mais fácil a decisão de Sara Pinto, que dá formação profissional, e da amiga e sócia Adriana Rocha. Procuravam um espaço para começar um negócio pessoal. "A nossa ideia teve que se adequar ao espaço. Esta loja tem uma vida própria", conta Adriana Rocha, de 46 anos, professora na Escola Artística Soares dos Reis, no Porto.
Sara e Adriana aplicaram as suas poupanças na recuperação do espaço. Mantiveram a loja quase intacta: estão lá os balcões, as prateleiras com os produtos tradicionais que popularizaram a casa (pão-de-ló, marmelada, geleia de marmelo, cavacas, suspiros, entre outros), o cofre onde se guardavam as medidas secretas de cada ingrediente. O pão-de-ló que popularizou a casa já não será produzido ali (nem nenhum dos produtos, aliás), mas virá de uma fábrica de Margaride, freguesia de Felgueiras de onde eram originários os primeiros proprietários da Margaridense.
À tradição, Sara e Adriana juntaram novidades: chocolate, vinho, cadernos, livros e produtos de autor, uma esplanada nas traseiras (pedras do antigo forno são agora bancos), e, na zona onde antes laboravam os fornos a carqueja, noites com concertos e DJ, exposições, refeições ligeiras durante o dia e, possivelmente, projecções de filmes. Esta mistura entre o tradicional e o contemporâneo tem como objectivo "chegar a todas a idades" e tipos de pessoas, diz Sara Pinto. O horário da Casa de Ló, das 10h00 às 2h00, condiz com a estratégia.
O "regresso" dos armazéns
A tendência de transformar espaços antigos da Baixa em locais de lazer está intimamente ligada à dinâmica que esta zona tem apresentado nos últimos anos, sobretudo à noite. Depois da abertura de bares pioneiros, como o Passos Manuel, o Maus Hábitos e o Café Lusitano, um conjunto de novos empresários apostou na Baixa para instalar os seus negócios. Boa parte dos espaços mantém a traça arquitectónica e parte da imagem antiga dos espaços, construindo a sua identidade a partir desse passado. Segundo disseram vários empresários do sector ao PÚBLICO, há já projectos para novos estabelecimentos com características semelhantes.
As ruas da Galeria de Paris e Cândido dos Reis, outrora conhecidas pelos seus amplos armazéns de tecidos, são o centro da nova vida boémia da cidade. O restaurante e bar Galeria de Paris e o Plano B, situados nessas ruas, aproveitaram antigos armazéns. Não muito longe dali, na Rua de José Falcão, dois café-bares - o Café Lusitano e o Armazém do Chá - ocupam, respectivamente, os espaços que pertenceram a um armazém de moagens do início do século passado e um outro de torrefacção de chá.
Trata-se de "usar o passado para construir o futuro", diz Filipe Teixeira, um dos responsáveis pelo bar Plano B, aberto em Dezembro de 2006. Procuravam um espaço nas redondezas da Torre dos Clérigos e encontraram um edifício de 1909, "versátil", com "carácter" e com o bónus de ter sido desenhado pelo importante arquitecto portuense José Marques da Silva (responsável, por exemplo, pelo desenho da Estação de S. Bento e o Teatro Nacional São João), por encomenda do conde de Vizela. "Estava em mau estado, com o soalho e as escadas podres", recorda. Ninguém diria, mas "era muito fácil voltar a parecer um armazém".
José Pedro Maia e Pedro Trindade, da Casa do Livro, na Rua da Galeria de Paris, descobriram o espaço ideal para o bar que abriram em Junho de 2007. Já idealizavam um sítio com uma presença forte dos livros; o que não sabiam era que ali tinha funcionado uma livraria. "Chamava-se precisamente Casa do Livro. Mal se lia o nome na fachada", recorda José Pedro Maia. Acabaram por adoptar o nome e a escolha faz todo o sentido: nas paredes, há centenas de livros, em sintonia com o ambiente intimista do bar, que abre ao final da tarde.
Manter um espaço com estas características "dá muito trabalho, mas faz-se tudo com prazer", diz David Castro, gerente do Lusitano, um recatado café com serviço de catering durante o dia e um bar à noite, que se assume como gay-friendly. Quando abriu, há quatro anos, o antigo armazém, que estava desactivado há dez anos, "foi inteiramente recuperado", com algumas adaptações à nova função.
Do outro lado da rua, no Armazém do Chá, aberto em Abril de 2008, ainda se encontra cerca de uma tonelada e meia de folhas de chá, distribuída por sacos de serapilheira, sinal de um passado não muito longínquo com funções muito distantes das actuais. O espaço, com
Segundo o arquitecto Nuno Grande, as obras de requalificação transformaram as ruas em espaços mais atractivos"
Notícia Público, Pedro Rios
"Nuno Grande, programador cultural na área de Arquitectura e Cidade do Porto 2001, afirma que a acção da Capital Europeia da Cultura na reabilitação de algumas artérias da cidade potenciou o aparecimento dos novos negócios ligados ao lazer, cultura e à vida nocturna. O arquitecto e docente universitário recorda que durante a Porto 2001 discutiram-se muito as recuperações do espaço público, do comércio tradicional e da habitação. Para Nuno Grande, só a primeira foi alcançada. "Os comerciantes [da altura] não perceberam o impacto que as obras iriam ter", lamenta.
"Não é uma coincidência" que a "dinâmica" actual da Baixa aconteça em ruas que sofreram intervenções por parte da Porto 2001, argumenta. As obras de requalificação transformaram as ruas em espaços mais atractivos para os investidores, que, segundo Nuno Grande, "são pessoas sensíveis a este tipo de arquitectura, com alguma memória e que não disfarçam o carácter [original] de armazém". Mais: têm uma mentalidade diferente da do comércio tradicional, nomeadamente nos horários de funcionamento, mais adaptados à vida moderna, refere.
Críticas à Porto Vivo
O professor de Urbanismo na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto lembra o que aconteceu em "Tribeca, em Nova Iorque, no Soho, em Londres, e na Chueca, em Madrid", "bairros antigos que foram transformados numa lógica de apropriação por esta classe boémia". Nesses bairros, depois das lojas, dos cafés e dos bares, vieram novos moradores. E é neste ponto que o arquitecto considera que não estão a ser dados os passos correctos por parte da Câmara do Porto e da Porto Vivo - Sociedade de Reabilitação Urbana. "Se olharmos para estas cidades [quem habita aqueles bairros] é uma população jovem, sem compromissos familiares, famílias monoparentais, homossexuais ou [pessoas] em trânsito, que estão em Erasmus, por exemplo, que não se importam de não usar carro", diz.
As entidades responsáveis pela reabilitação urbana não perceberam ainda que é preciso "encontrar um novo perfil de habitante da Baixa", que não se coaduna com os preços praticados no mercado imobiliário, critica. Nuno Grande sugere que se recupere apenas "o essencial nas infra-estruturas", à semelhança do que estão a fazer os empresários do lazer, sem "procurar pôr as casas aos preços de mercado", deixando parte das obras nas mãos dos habitantes. Só desta forma, defende, se pode repovoar o centro da cidade e corresponder à "muita gente nova com vontade" de ali viver".
Rua Miguel Bombarda, rua cultural do Porto em dia de inauguração de exposições (foto José Paulo Andrade)
No mesmo dia, há mesma hora, noutra cidade....
in Público
"As palavras de Cesariny ou de Eugénio de Andrade dão o mote a uma artéria onde há bares, restaurantes, artesanato português e muita cultura despretensiosa"
in Público
"Há muito tempo que o Porto não tinha tantos concertos, graças a pequenas promotoras que correm por gosto, e não atrás do lucro"
notícia Público
"A antiga rua dos armazéns dos tecidos está por conta de uma nova geração
28.12.2008, João Pedro Barros
A artéria está a caminho de se tornar na Rua da Galeria de Paris, parte dois. Já lá está o Plano B, e anunciam-se mais bares. Pelo meio, também surgem novos conceitos de comércio
As ruas, tal como as cidades, são organismos vivos, em constante mutação. A Rua de Cândido dos Reis é um bom exemplo disso: foi aberta nos primeiros anos do século XX, e desde essa época que há registo de armazéns de tecidos na artéria. Porém, a actividade entrou em crise acentuada na década de 90, e dos vários armazéns que aí existiam sobram apenas dois. "Quem se deslocava a esta rua vinha especificamente para comprar tecido a metro. Agora, há jovens a procurar novos negócios e a investir", admite José Alberto Ribeiro, um dos sócios da Camões & Moreira, no ramo têxtil desde 1947. Na Cândido dos Reis, vive-se um período de transição: há uma nova geração a tomar o controlo da actividade comercial, com bares e lojas de cariz urbano e cosmopolita. A partir das 18h00, este arruamento já não é um deserto.
O estabelecimento "âncora" desta nova vida é o Plano B, um projecto multidisciplinar que é bar, discoteca, sala de exposições, projecções e concertos. Aberto ao público em Dezembro de 2006, o Plano B foi pioneiro e acabou, depois, por beneficiar do movimento nocturno criado na zona envolvente, desde a Rua de José Falcão até à vizinha Galeria de Paris, onde há a maior concentração de bares. Mas a Rua de Cândido dos Reis está a caminho de ser uma séria competidora: nas próximas semanas, abre um novo bar, no belo edifício com influências de Arte Nova, no número 75. O novo projecto vai ter como referência a Tendinha dos Clérigos, ou seja, o rock vai imperar na pista de dança, situada na cave. E ainda ouvimos falar de pelo menos mais um bar, a avançar em breve.
Mas voltemos ao Plano B. O espaço, gerido pelos arquitectos Bernardo Fonseca e Filipe Teixeira e pelo artista plástico e músico João Carlos, nasceu na sequência de festas privadas e concertos organizados no antigo armazém abandonado. O álcool e a cafetaria, aberta durante a tarde, compensam o investimento na agenda artística (que pode ser vista emwww.planobporto.com). De quinta-feira a sábado, as duas salas da cave são das mais concorridas da cidade para dar um pé de dança. Os DJ são habitualmente de topo, e já por lá passaram o francês Gringo da Parada e Reuben Wu, membro dos Ladytron. O consumo mínimo ronda os 5/7 euros.
O novo cosmopolitismo da rua não se fica pela boémia. Tendo como sócios os proprietários do Plano B, a brasileira Flavia Brunetti, consultora de moda, lançou a Mezzanine, uma concept store com
Alguns metros depois, encontra-
-se a Take Me, um paraíso kitsch e retro. Um quadro do "menino da lágrima", colocado atrás do balcão, quase dispensa mais apresentações: entrar aqui é como viajar no tempo (ou explorar o sótão dos avós) e resgatar aquilo que agora pode ser cool (um tupperware dos anos 70 ou um aparador de madeira dos anos 60, por exemplo). Papel de parede, fotografias e artesanato urbano são mais algumas das propostas. A galeria e a pequena loja da cooperativa cultural Gesto também são locais de passagem recomendada.
O lado tradicional
Mas também há lojas que resistem à passagem do tempo. Podemos referir, no cruzamento com a Rua das Carmelitas, os Armazéns da Capela, também chamados de A Pompadour. É um estabelecimento centenário, com um belo pára-sol de ferro e vidro. Os labirínticos Armazéns Marques Soares, a caminho dos 50 anos, têm uma entrada em Cândido dos Reis. E podemos ainda falar da Biblioteca Musical, uma loja especializada em partituras, especialmente de música clássica. A casa foi fundada em 1927, e está na rua há mais de 50 anos, com azulejos a representar Beethoven e Wagner a ladear a porta de entrada.
Mas talvez o melhor exemplo de tradicionalismo seja o Club Portuense, uma associação de carácter social e recreativo fundada em 1857, por aristocratas e burgueses. O seu carácter elitista mantém-se, e foi visível na recepção à reportagem do PÚBLICO. O porteiro de serviço indicou-nos que deveríamos "endereçar uma carta à direcção" para quaisquer informações e, em jeito de aviso, frisou que as calças de ganga e as sapatilhas eram proibidas. Não enviámos uma carta, mas sim um e-mail, inquirindo sobre quais as regras de admissão. Ficámos sem reposta, mas em clubportuense.com é possível fazer uma visita virtual aos luxuosos interiores. Já o imponente exterior está à vista de todos: o Club Portuense é um dos proprietários do Palácio do Conde de Vizela, da autoria do arquitecto Marques da Silva, e que preenche todo o quarteirão leste das Carmelitas, desde 1920.
Falta apenas recordar a figura trágica de Cândido dos Reis: o almirante republicano suicidou-se na madrugada de 5 de Outubro de 1910, pensando que a revolução tinha falhado. Na rua a que deu o nome, vive-se agora uma pequena revolução, mas espera-se que o seu final seja feliz".
Baixa do Porto vê nascer mais um espaço cultural. Breyner 85 reúne ensino artístico com bares, espaços para concertos, estúdio de gravação e outras valências
David Fialho e Rui Pina procuraram durante dois anos e meio uma casa que se adequasse ao sonho que mantinham. "Vimos quase uma centena de casas, casinhas e armazéns", recorda Fialho. O resultado da procura e do tempo gasto em obras está aí: o Breyner 85 já está aberto, só para "amigos". Em Janeiro deve começar a trabalhar em pleno.
Os dois sócios investiram mais de um milhão de euros na compra e recuperação do edifício, no número 85 da Rua do Breyner, no Porto. O prédio data de 1906 (era de um médico - logo à entrada ainda permanece a sala onde funcionava o consultório) e estava desocupado há cerca de quatro anos. A verba ajuda a perceber a ambição do projecto: com quatro andares, o Breyner 85 terá, ao mesmo tempo, escolas de artes (música, dança e teatro), salas de ensaios, um estúdio de gravação, várias zonas de bar, dois palcos (um deles no jardim das traseiras do prédio, com capacidade para 250 pessoas), uma livraria especializada em arte e uma loja de equipamento musical.
A ideia inicial não era esta, assume David Fialho, de 33 anos. Em 2002, tinha como plano criar um complexo de salas de ensaio com um bar de apoio e um estúdio. "Quando tinha uma banda, aos 18 anos, ensaiávamos em sítios muito esquisitos. Apercebi--me que as bandas deparam-se com essa realidade: 'Onde é que vamos ensaiar?'", recorda.
O projecto evoluiu para algo mais completo: "Pensei que seria um investimento maior mas mais sustentável se se tentasse fechar o círculo: aqui o músico pode aprender, criar, mostrar e editar". Está prevista a criação de uma editora que aproveite a concentração de músicos e o estúdio de gravação.
Bar para mostrar música
O espaço abre portas numa altura em que a Baixa do Porto mostra um forte dinamismo. "Esta zona da cidade está a sofrer uma metamorfose positiva. Está-se a tornar um foco importante", confirma Fialho. Mas o Breyner 85 "não é um bar", faz questão de esclarecer. "O bar está cá porque faz sentido, é a parte lúdica da música". "Somos, antes de mais, uma academia de artes com várias escolas", explica. A mistura de projectos de diferentes áreas artísticas em obras comuns será um dos caminhos a seguir de uma escola que se quer mais performativa do que teórica.
Na música, a aposta vai sobretudo para o rock. Segundo os mentores, faltava um espaço no Porto onde se pudesse aprender a tocar o estilo de uma forma séria, mas não excessivamente teórica. Novamente, a ideia surgiu de David Fialho "ter sentido na própria pele as dificuldades de um músico no dia-a-dia". No Breyner 85 será possível obter formações certificadas pela britânica Rockschool, mas também pela Associated Board of the Royal Schools of Music, dedicada à formação clássica. A agenda do espaço pode ser consultada em http://www.myspace.com/breyner85.
in Público
07.12.2008, Alice Barcellos
A Digitópia é um projecto de criação musical em computador, cujo software foi produzido na Casa da Música. Qualquer um pode fazer as suas próprias composições
Não saber tocar um instrumento, cantar ou interpretar pautas já não são desculpas suficientes para não entrar no mundo da música de forma activa. O computador tornou-se num potente instrumento musical e quem quiser comprovar isto com os olhos e ouvidos pode recorrer a um projecto da Casa da Música (CM), a Digitópia - Plataforma para o Desenvolvimento de Comunidades de Criação Musical em Computador.
Para começar a desenvolver um beat electrónico ou uma escala de notas com o som de um piano não é preciso procurar muito, a Digitópia tem o seu espaço físico nos computadores localizados ao lado das bilheteiras da CM. Não chama muita atenção à primeira vista e, por vezes, pode ser encarada apenas como "12 computadores que foram postos à entrada da Casa da Música", explica o curador do projecto, Rui Penha.
Mas a Digitópia é muito mais do que isso. "A ideia é que qualquer um pode fazer música electrónica sem ter nenhuma formação adequada", explica Rui Penha, que também é músico e compositor. "Toda a gente pode e deve ter uma identidade criativa", completa o responsável.
Para esta tarefa, o utilizador comum, que chega pela primeira vez à Digitópia, não está sozinho. O projecto, que funciona das 10h00 às 19h00 na CM, conta, a partir das 16h00, com monitores especializados, que estão aptos a ajudar os mais interessados a aprofundar conhecimentos e, quem sabe, começar uma carreira musical. "Claro que há também pessoas que experimentam e chegam à conclusão que não têm muito jeito para a música", refere um dos monitores do projecto, Nuno Peixoto. Com Ana Mendes aconteceu o contrário. Sentada num dos computadores da Digitópia e com os auscultadores aos ouvidos, esta liboeta de 26 anos começava a dar os primeiros passos no Garage Band, um dos programas de criação musical. "Conheci o projecto quando vim ver um concerto e vi um pouco de um workshop que estava a ser dado para uma escola", conta. Ana, que estudou piano durante seis anos, reconhece "que hoje é muito fácil compor música", realçando a necessidade "de existirem mais espaços como a Digitópia". Apesar de viver na capital, Ana Mendes diz que frequenta a CM com regularidade. "Falta em Lisboa uma Casa da Música", afirma.
Software da Casa
Desde 2007, altura em que a Digitópia começou a funcionar, o projecto já foi apresentado e distinguido em conferências internacionais. Este ano passou pela International Computer Music Conference, em Belfast, e pela Digital Resources in the Humanities and Arts, uma conferência em Cambrigde. O projecto envolve não só a Casa da Música, mas também a Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores e a Universidade Católica.
Os dois programas de produção musical feitos de raiz na Casa da Música, por Rui Penha, mereceram uma menção honrosa no Lomus 2008 - International Music Software Contest, organizado pela Association Française d'Informatique Musicale. Políssonos e Narrativas Sonoras são os dois softwares desenvolvidos que estão disponíveis para quem queira aprender a trabalhar com eles. Estes programas são freeware e open source, logo qualquer um pode fazer o download dos programas para os instalar no seu computador e trabalhar onde quiser. E mais, o facto de ser open source permite fazer modificações no próprio programa. "O nosso software é uma abordagem diferente do que já existe", diz Rui Penha. "O objectivo era desenvolver um programa que permitisse fazer música no computador, fácil de aceder e usar, que abrisse novas fronteiras aos utilizadores, que qualquer pessoa pudesse fazer o download do software", explica o curador da Digitópia, lamentando que "ainda haja resistência de algumas pessoas de fornecerem os seus conteúdos de forma livre".
Narrativas Sonoras: explora a textura métrica e o timbre específico de cada som, combinando as suas prioridades.
Políssonos: inspirado nos polígonos, ilustra a relação entre música e matemática, através de uma forma fácil de criar música.
Digital Jam: também criado na Casa da Música, permite uma improvisação em conjunto, através de computadores ligados em rede.
Garage Band: com um interface simples permite sequenciar sons (loops), é muito popular entre os jovens.
Pompiloop: desenvolvido no Centro Georges Pompidou, é dirigido a crianças.
Reason: simula sequenciadores, sintetizadores, mixers e outros aparelhos electrónicos.
a Quantas pessoas recebem por dia e quantos utilizadores já passaram pela Digitópia? O facto de não existirem respostas concretas para estas questões também é outro factor sui generis do projecto da Casa da Música.
"Há muita gente a frequentar a Digitópia, sabemos pelo número elevado de ficheiros guardados nos computadores e pelos digi reports [relatórios escritos diariamente pelos monitores]", conta Rui Penha, curador do projecto. "Não há qualquer tipo de dados concretos sobre as pessoas que usam o projecto", refere o responsável, concluindo que este é o "espírito de abertura existente na Casa da Música". "É ideia de que o espaço está vivo", completa.
"Qualquer coisa feita aqui nos computadores entra no domínio público, mas há um grande anonimato no que se está a fazer. Talvez alguma música feita aqui já tenha sido tocada em alguma festa privada ou numa rádio", supõe Rui Penha.
O ambiente informal da Digitópia pode contribuir para que "todos os dias de trabalho sejam diferentes", diz o monitor Nuno Peixoto. Os computadores servem não só como instrumentos musicais, mas também como "ponto de encontro" ou "sala de espera". "Há pessoas que marcam encontros na Digitópia, outras que só vêm aqui para ouvir música", conta o monitor.
Rui Penha também realça que já houve pessoas que se conheceram na Digitópia, "deram aqui os seus primeiros passos na música", não fosse um dos objectivos do projecto a criação de comunidades de música electrónica. A.B.
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Uma forma inteligente de estimular uma comunidade criativa, seguindo o velho princípio de Auguste Gusteau...
Aveiro também tem competências muito importantes e relevantes no domínio da música e das tecnologias. Falta-lhe, porventura, encontrar a sua receita original!
População de novo convidada a sair à rua
Público, 29.11.2008
"A festa da diverCIDADE inclui uma tertúlia sobre "as múltiplas vidas" do Porto, no Ateneu Comercial.
notícia enviada pelo João Margalha
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in http://in-ner-city.blogspot.com/
27 NOV 18.30H FAUP
"Falar em cidade criativa implica, desde logo, denotar o papel da cultura, construindo um novo olhar sobre o contexto urbano, que permita ultrapassar as suas limitações, tornando-o mais agradável e desejável. Torna-se relevante compreender e intervir na cidade através do seu principal recurso: as pessoas e as suas qualidades e características. É a partir da criatividade de cada um e da combinação de criatividades múltiplas que se pode transformar a cidade num local melhor, num meio criativo e é neste sentido que o espaço público e, mais concretamente, o centro das cidades se assume como locus de criatividade e inovação. A ele está inerente a ideia de descoberta, de alargamento de horizontes, a ideia de desconhecido, de surpresa, experimentação e aventura. Além disso, também as oportunidades existentes nestes contextos espaciais surgem como estímulos à criatividade. Pense-se, por exemplo, naquelas que se relacionam com a pesquisa e a educação, com os canais de comunicação ou com aspectos culturais, que geram inspiração, auto-confiança, debate e troca de ideias, para além de criarem uma imagem da cidade capaz de atrair pessoas com “qualidades criativas”. Afinal, a criatividade não surge do nada. Pelo contrário, tem associada uma série de factores que, em interacção, contribuem para a sua emergência, desde factores mais pessoais, a factores mais colectivos; factores concretos e factores mais inteligíveis. Assim, parece pertinente desenvolver uma nova literacia urbana, isto é, uma nova forma de pensar a cidade, caracterizada por um carácter holístico e completo, agregador de diferentes contributos e modos de compreensão e interpretação da vida urbana. No âmbito desta nova literacia, ganha destaque a figura da “cidade aprendiz” ou da “cidade que aprende”. De facto, a cidade do futuro é uma cidade que aprende com as suas experiências e com as experiências dos outros, compreendendo-se a si mesma e reflectindo constantemente sobre essa compreensão. É, por isso, também uma cidade reflexiva. Qualquer cidade pode ser uma cidade que aprende, que é criativa na forma como lê e interpreta a sua situação e no modo como encontra soluções para os seus problemas. É essencial que a aprendizagem assuma um lugar central nas actividades da cidade para que as pessoas possam continuar a desenvolver as suas capacidades. O desafio é promover as condições para que tal ocorra. Uma cidade que aprende não é apenas uma cidade cujos membros têm elevadas competências. Mais do que isso é uma cidade em que as pessoas e as organizações são encorajadas a aprender sobre as condições em que vivem e sobre as suas transformações, é uma cidade que aprende a mudar as condições da aprendizagem democraticamente e, acima de tudo, é uma cidade que aprende a aprender, mobilizando a reflexividade como instrumento central da imaginação e inovação".
A conferência Impacto Criativo: Cidades e Bairros Criativos, será um acontecimento em si mesmo, um evento dentro do evento Fórum Cultura e Criatividade.
Pensado como um momento de benchmarking e networking , será uma grande oportunidade para trocar contactos e para conhecer experiências de referência no panorama internacional. Aos oradores já confirmados, juntam-se agora mais alguns projectos que se vêm apresentar:
-Kunsthaus Tacheles, em Berlim, representada por Martin Reiter, líder da Equipa de Gestão
-Westergasfabriek, em Amsterdão, representada por Evert Verhagen, Gestor de Projecto
-Maison Follies, em Lille, representada pelo seu Director, Jean-Baptiste Haquette.
Onde vais, cidade? é o novo movimento cívico que se propõe discutir a região do Porto
Público, 13.11.2008, Jorge Marmelo
"A antiga rua dos armazéns de tecidos é o novo centro da movida portuense
23.11.2008, João Pedro Barros
Esta rua mudou de vida nos últimos meses: quatro novos bares tornaram-na o local da moda da noite do Porto. A Baixa agradece a animação, mas nem todos estão contentes..."
in Público (João Pedro Barros)
"Galerias de arte e comércio alternativo convivem lado a lado e dão corpo à faceta mais cosmopolita do Porto. E as obras de reabilitação da rua estão finalmente a decorrer.
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Há mais ou menos dez anos, a Rua Miguel Bombarda era um local anónimo e com poucos motivos de interesse. Esta artéria estreita, de passeios exíguos e armazéns abandonados, transformou-se entretanto na versão portuense do cosmopolita bairro nova-iorquino do SoHo (não há como escapar a esta comparação, já institucionalizada). A mudança materializou-se através das galerias de arte e das lojas de comércio urbano/alternativo"
(...)
Rua de Passos Manuel com segunda noite do Alta Baixa
22.11.2008, Raquel Pinheiro
"Decorre hoje à noite no Maus Hábitos, Passos Manuel e Pitch a segunda edição do Alta Baixa. O evento conjunto dos três bares-discotecas da Rua de Passos Manuel nasceu da necessidade de unir forças para levar àqueles estabelecimentos mais pessoas. "A Alta Baixa surge como reacção à falta de público que esta parte da cidade assiste desde o aparecimento do eixo Piolho-Rua da Galeria de Paris", exemplifica Daniel Pires, do Maus Hábitos. O saldo da primeira edição, realizada a 27 de Setembro, foi positivo. E logo, a partir das 23h, o Maus Hábitos oferece um espectáculo de performance/dança de Ludger Lamers, um DJ set da Lovers & Lollypop e um concerto acústico de Rui Salgado. Mesmo em frente, o Passos Manuel tem um concerto dos Zelig e um DJ set de Nuno Coelho. No Pitch, há um concerto de Slimmy e um DJ set dos Bandido$".
"DO OBJECTO À CIDADE" é o tema escolhido para o evento NATAL na IMERGE, que a cooperativa IDEIAS EMERGENTES realiza desde 2006, e que este ano engloba sete projectos distintos, mas estabelecendo uma relação conceptual de grande proximidade no contexto das artes e cultura portuguesa contemporânea.
NATAL na IMERGE '08 é apresentado em 3 Edifícios contíguos em plena Rua Santa Catarina.
CONVITE > SÁBADO, 22 NOV. 16H
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