(entrevista completa aqui)
Um deles seria para a Avenida Lourenço Peixinho. Para quando a intervenção no centro da cidade?
Exige muito cuidado e ponderação. Em 2007 dissemos aos comerciantes que antes de 2010 não haveria nenhuma intervenção na Avenida. Não deve ser feita a correr. Pensámos e discutimos, como é a nossa postura, envolvendo a participação das pessoas. Finalizámos o mandato com 30 princípios de intervenção. Estamos na fase de apresentar um desenho concreto. Até ao final do ano, teremos essa proposta. Seguir-se-á novo momento de discussão. No primeiro semestre do próximo ano queremos encerrar este processo.
A mobilidade será tida em conta, há quem se queixe da falta de ciclovias.
É um dos objectivos, temos ideias para reduzir o espaço de veículos automóveis sem os eliminar, alargando as zonas pedonizadas.
O Parque da Sustentabilidade vai ao encontro disso. Quem sair da estação da CP poderá chegar a Santiago em percursos pedonais, onde há prioridade sobre os veículos.
A Avenida tem ´Amigos´. Este movimento cívico, que ganhou visibilidade, pede maior urgência nessa intervenção. Sente maior pressão ?
Não sinto pressão, sinto prazer em ouvir opiniões. Muitas vezes aconteceu já fazer correcções de percurso em função de ideias brilhantes.
Como é que um programa meritório como é o Parque da Sustentabilidade, que deveria ser consensual, parece suscitar tanta polémica ?
Há pessoas que tomam posição de forma individual, não estamos a falar de associações mas de grupos informais. Isso dificulta a nossa acção. Envolvemos o maior número possível de parceiros, de instituições, que são também representantes da sociedade civil. Contrariamente a uma prática anterior, a postura não foi a Câmara fazer tudo sozinha.
Agora, com que figura legal a gente convida um grupo informal para participar?
Até que ponto uma entidade parceira pode ser independente e, por exemplo, colocar em causa a localização novo atravessamento pedonal no canal central, um dos aspectos mais controversos ?
Vejam o projecto no conjunto, não em separado. Tudo o que é institucional, que existe de facto legalmente, foi consultado, conversámos. Não posso separar este cidadão do outro. Não podemos andar a bater de porta em porta.
Quero lembrar que o boletim municipal, em 2009, publicou a planta de intervenção e alguns pormenores, não há nada escondido.
Não percebo como no passado recente se construíram grandes obras, pontes no canal, algumas sem altura para passar o barco moliceiro e não houve vontade de participação de ninguém.
Há manipulação política ?
Não compreendo tanto desinteresse em coisas que foram aprovados, no Plano de Urbanização do Polis, sem nenhuma discussão e cidadãos a participarem.
Ainda há tempos, meio ano, alguém apresentou, com legitimidade, na Assembleia Municipal, uma travessia rodoviária no canal para automóveis, para desviar da ponte-praça. Do mesmo grupo, passado meio ano, ouvimos agora que está contra ponte pedonal no mesmo local.
A Câmara não vai recuar ?
A discussão está sempre em aberto, mas decisão é muito antiga.
No célebre novo arruamento do Alboi, penaliza aquela unidade de vizinhança, que tem uma vivência própria ?
Fomos lá ter com as pessoas, levámos os projectos. A questões que ficou mais aberta seria o atravessamento da praça Conselheiro Queirós, três metros de largura, num piso elevado, pedonizado.
Quem teve a ideia, é técnica ou política ? Dizem que é sua ?
É um projecto feito por muita gente. Compreendemos as reservas no entendimento em perceber o atravessamento.
CV
Principalmente se forem colocados pinos para evitar a passagem dos carros?
Assim compreendem perfeitamente. O desenho está feito de forma que aceita a passagem ou não pelo meio. A solução admite as duas hipóteses.
O compromisso com as pessoas é esse. Quem vai decidir são os residentes. Digam-me, dentro do princípio da participação cívica dos cidadãos terem direito a decidir, qual o inconveniente ?
Na nova ponte não vai permitir uma solução dessas, tirar a ponte porque não resulta. Defende-o de forma tão convicto?
Não há problema nenhum com isso. Quem esteve anteriormente na Câmara defendeu a mesma coisa, no Plano de Urbanização Polis, um pouco mais a poente. Se conhecer o plano, nunca iria façam uma ponte onde estava prevista, ia dar em cima de uma estrada, ao pé da rotunda. Passava do Rossio para o outro lado e a dois metros tem uma estrada. Nos sei se nos próximos dez, vinte anos haverá dinheiro para intervir na zona, seriam muitos milhões para justificar apenas uma ponte.
'O site Notícias de Aveiro vai publicar na próxima semana uma entrevista ao presidente da Câmara de Aveiro em que os leitores também podem colaborar.
Envie-nos as questões que gostaria de colocar a Élio Maia parainfo@noticiasdeaveiro.pt até dia 29 de Junho.
A entrevista com o edil que cumpre o segundo mandato à frente do executivo de maioria PSD-CDS é uma produção conjunta com a Rádio Terra Nova, onde poderá ser ouvida a 30 de Junho'.
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