Apesar da hora, o debate de anteontem foi muito interessante e participado. A ACA está a produzir um levantamento da uso dos edifícios/fracções na Avenida e Rua Direita. Os dados vão ser disponibilizados em breve, mas o DA deu ontem destaque ao reduzido número de moradores na Rua Direita e ao número de fracções devolutas.
Interessante os 3.000 indivíduos presentes não residentes na freguesia da Glória (estudantes da UA, presumo).
Outro dado relevante tem a ver com as implicações na nova lei das rendas. A percepção que fica é que a Lei vai ter consequências sociais muito graves, pois vai facilitar os despejos. Por outro lado, o agravamento do IMI nos imóveis devolutos (3 vezes mais em edifícios com 1 ano sem ocupação) pode estimular formas 'mais criativas' de arrendamento.
Collectif etc
'Né à Strasbourg en septembre 2009, le Collectif Etc a pour volonté de rassembler des énergies autour d’une dynamique commune de questionnement de l’espace urbain. Par le biais de différents médiums et de différentes compétences, le Collectif se veut être un support à l’expérimentation'
http://www.collectifetc.com/a-propos/
Rua Direita, porque sim e porque não, artigo de Miguel Pedro Araújo. Ler AQUI
[Há vida nova na Rua Direita/Rua Combatentes da Grande Guerra]
'45 artesãos expõem em nova loja na Rua Direita' (DA)
http://www.diarioaveiro.pt/noticias/aveiro-45-artesaos-expoem-em-nova-loja-na-rua-direita
Quando se discute o futuro da Rua Direita (RD) surgem normalmente dois tipos de propostas. A do regresso ao passado (da rua comercial fervilhante) e a da aproximação ao modelo ‘Fórum’. Percebo-as e simpatizo com ambas, mas parece-me que nenhuma delas é, neste momento, possível, quer por falta de investidores/consumidores, quer porque o modelo de gestão e de propriedade não são compatíveis. Por tudo isto, talvez valha a pena começar a discutir um outro cenário, uma outra função, que não só a comercial, para a RD. Isso implicaria debater o novo papel que a RD pode desempenhar na cidade e quais os actores e recursos que a cidade dispõe e que se enquadram no perfil definido. Outras cidades por esse mundo fora estão a fazer experiências interessantes neste sentido, sobretudo na perspectiva ‘low-cost’ & ‘high-impact’ (recomendo http://tacticalurbanismsalon.com/, www.pps.org/ e www.renewaustralia.org/). Talvez pudéssemos conversar um dia destes sobre isto, convidar alguns colegas (de outras paragens) para nos virem falar das suas experiências. E produzir no final um pequeno programa de acção que acrescente algo às nossas palavras e aos nossos lamentos. E que faça caminho!
'A Mouraria tem uma nova casa que é de todos' (Público)
Inspirações para regenerar o centro de Aveiro.
https://www.facebook.com/renovar.a.mouraria
Miguel Pedro Araújo escreve hoje no Diário de Aveiro uma oportuna crónica sobre 'o futuro da Rua Direita', a propósito da crescente preocupação com a perda de dinamismo comercial deste espaço central da cidade (texto pode ser lido no blogue Terras de Alavarium).
O caso tem enorme relevância porque, como bem refere, a questão coloca-se na Rua Direita, na Avenida Lourenço Peixinho e em muitas outros zonas comerciais da cidade.
A revitalização funcional das zonas urbanas centrais é um tema complexo e delicado, não havendo respostas fáceis e imediatas ou soluções mágicas.
Existe a tentação de acorrer ao problema com soluções pontuais, novas funções, permanentes (serviços públicos) ou eventuais (animação de rua), arranjo do espaço público (mobiliário urbano e pavimentos), ou mesmo mudanças no sistema de mobilidade e estacionamento (no caso presente o Presidente da JF da Glória reequacionou recentemente a reabertura da rua ao trânsito, DA 23/12).
Utilizando uma metáfora culinária, bem ao jeito da quadra actual, julgo que a questão não passa só por encontrar os ingredientes (usos, funções, regras ou incentivos adequados), mas sobretudo por saber combiná-los de forma adequada e nas proporções certas (a receita certa para cada local) e por ter a equipa adequada e mobilizada para a execução da receita.
E é aqui que a questão se torna delicada. No caso de Aveiro existem ingredientes de qualidade, receitas experimentadas, e especialistas em diferentes sabores e paladares. Talvez ainda não seja claro quem se queira assumir como o ‘master-chef’ desta delicada operação. Uma coisa é certa, sem ele dificilmente teremos a ‘consoada’ desejada!
Um bom ano de 2012
José Carlos Mota
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